quarta-feira, 10 de maio de 2023
Os profissionais da educação em Pernambuco rechaçaram, em assembleia realizada nesta terça-feira (9), no Centro do Recife, a proposta apresentada pela gestão Raquel Lyra (PSDB) para pagamento do reajuste do piso salarial da categoria, uma recomposição de 14,95%.
De acordo com o Sintepe, sindicato dos profissionais da educação no Estado, a proposta apresentada na segunda-feira (8), pela secretaria de Administração de Pernambuco, não contempla qualquer previsão para que maioria da categoria, contando efetivos e aposentados, sejam beneficiados com reajustes em acordo com o piso salarial.
A possibilidade dada pelo governo foi de pagar o reajuste aos profissionais que recebem o salário-base a partir do mês de junho, os demais, teriam negociação retomada somente num momento posterior.
O Piso Salarial Nacional foi definido em 2023 por portaria do Ministério da Educação (MEC), com valor de R$ 4.420,55, incorporando atualização de 14,95% em relação ao valor do ano passado, que era de R$ 3.845,63.
“Não venha o Governo com a proposta para A, sem a proposta para B, C e D. Ninguém vai aceitar proposta dividindo a categoria. Ou é para todo mundo, ou é para ninguém. Isso é uma posição política, um posicionamento político para o governo”, diz a presidente do Sintepe, Ivete Caetano.
Segundo ela, o sindicato vai produzir 1 milhão de panfletos denunciando “o descaso com a educação por parte do governo”. Também haverá um calendário de mobilizações.
“É ela (governadora) quem vai decidir se ela vai nos empurrar para uma greve, ou não. Vamos usar todos os nossos recursos de mobilização, para ninguém dizer que não demos opções para a governadora”.
A assembleia dos professores contou com a presença de 2 mil profissionais, que após a reunião, saíram em passeata pelas ruas do Centro do Recife. Desde a segunda-feira (8), os professores estão paralisando as atividades em forma de protesto para cobrar o reajuste do piso salarial.
De acordo com a secretaria de Administração, o governo do Estado informa que mantém um diálogo aberto com os sindicatos de todas as categorias. A SAD comunica, ainda, que segue em negociação com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Pernambuco.
Já a Secretaria de Educação e Esportes (SEE) informa que aproximadamente 31% das escolas públicas estaduais aderiram totalmente à paralisação reazalidas pelos professores nesta terça-feira.
A SEE esclarece que as unidades de ensino que deixaram de funcionar em decorrência do ato receberão orientações para a realização da reposição das aulas, a fim de garantir o cumprimento do calendário letivo.
Atualmente, a Rede Estadual de Ensino conta com 1.056 escolas e atende 519.229 estudantes na educação básica.
Professores do Recife não tiveram reajuste para toda a categoria
Após deflagrarem greve, no mês passado, os professores do Recife encerram a mobilização da categoria acatando uma proposta que não contemplou o reajuste do piso para toda a carreira. A proposta da Prefeitura do Recife foi de 8,5% (graduação) e cerca de 10% para quem tem especialização, mestrado e doutorado, com complementação via abono salarial, correspondente a seis meses.
quarta-feira, 10 de maio de 2023
quarta-feira, 10 de maio de 2023
O LIDE Brazil Investments Forum serviu para que o centro da política brasileira, hoje capitaneado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), mandasse um recado claro ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva: está na hora de o Poder Executivo escolher se quer gastar sua energia nas pautas ideológicas do PT ou se dedicar a aprovar o arcabouço fiscal e a reforma tributária.
Nesse sentido, Lira coloca como a mãe das reformas preservar o que já foi feito. “A principal reforma que o Congresso brasileiro terá que brigar diariamente é a reforma de não deixar retroceder tudo o que já foi aprovado no Brasil, no sentido da amplitude do que é mais liberal. Então, não retroceder será a nossa principal reforma. Vigiar o tempo todo”, disse, em seu discurso.
Lira citou o caso recente do projeto de decreto legislativo (PDL) que sustou os decretos de Lula relativos ao marco regulatório do saneamento.
“Um PDL é um ato extremo de se revogar um decreto presidencial. E (a Câmara) não o fez por picuinha ou por maldade política”, enfatizou. “O fez porque um decreto não pode alterar uma lei aprovada pelo Congresso Nacional, atacando um ponto que foi discutido amplamente, como foi o marco do saneamento. Durante 12 dias, tentamos negociar, e não foi possível.” O deputado afirmou que espera agora a aprovação do PDL pelo Senado.
Em sua fala para a seleta plateia de 280 empresários, governadores e políticos e na entrevista que concedeu em seguida, o presidente da Câmara foi enfático: “Nossa intenção é de ajudar, de servir de ponte. Mas eu represento um parlamento que pensa, que tem diferenças ideológicas e políticas e que, em sua maioria, é conservador e liberal. Como é que vão passar pautas que sejam diferentes desses temas (mais liberais)?”, questionou.
Sem citar o governo, ele lembrou que o Congresso tem se notabilizado pela aprovação e a busca das reformas. “Aprovamos a previdenciária e a trabalhista, a reforma administrativa está pronta para ir a plenário. Precisamos de apoio político, empresarial e da imprensa”, destacou. “A reforma administrativa é feita para os 20 anos para a frente. Ela não mexe nos direitos adquiridos dos atuais servidores, portanto, não há o que temer. Não mexe uma vírgula no setor da previdência dos funcionários atuais, mas os novos ‘entrantes’, sim, esses irão para um sistema de maior contenção e de aferição de produtividade.”
O governo, porém, não deseja tratar dessa reforma administrativa tão cedo. O foco é o arcabouço fiscal, tema em que Lira e o governo convergem. A intenção do presidente da Câmara é aprovar, ainda este mês, o arcabouço fiscal e, até o fim do semestre, a reforma tributária.
O relator da tributária, deputado Aguinaldo Ribeiro — também palestrante do evento promovido pelo grupo do ex-governador de São Paulo João Doria —, lembrou que, embora todos defendam a reforma, poucos acreditam na sua aprovação.
Entre os que têm fé, está o ex-presidente Michel Temer, que abriu o segundo painel justamente sobre a atratividade do Brasil. Ele acredita na simplificação tributária: “Hoje, mais do que nunca, podemos atingir essa reforma”, frisou o ex-chefe do Executivo, que tentou aprová-la em seu governo.
Sem citar o governo, ele lembrou que o Congresso tem se notabilizado pela aprovação e a busca das reformas. “Aprovamos a previdenciária e a trabalhista, a reforma administrativa está pronta para ir a plenário. Precisamos de apoio político, empresarial e da imprensa”, destacou. “A reforma administrativa é feita para os 20 anos para a frente. Ela não mexe nos direitos adquiridos dos atuais servidores, portanto, não há o que temer. Não mexe uma vírgula no setor da previdência dos funcionários atuais, mas os novos ‘entrantes’, sim, esses irão para um sistema de maior contenção e de aferição de produtividade.”
O governo, porém, não deseja tratar dessa reforma administrativa tão cedo. O foco é o arcabouço fiscal, tema em que Lira e o governo convergem. A intenção do presidente da Câmara é aprovar, ainda este mês, o arcabouço fiscal e, até o fim do semestre, a reforma tributária.
O relator da tributária, deputado Aguinaldo Ribeiro — também palestrante do evento promovido pelo grupo do ex-governador de São Paulo João Doria —, lembrou que, embora todos defendam a reforma, poucos acreditam na sua aprovação.
Entre os que têm fé, está o
ex-presidente Michel Temer, que abriu o segundo painel justamente sobre a atratividade do Brasil. Ele acredita na simplificação tributária: “Hoje, mais do que nunca, podemos atingir essa reforma”, frisou o ex-chefe do Executivo, que tentou aprová-la em seu governo.
“Essa fase já está superada e, agora, é o momento de criar uma força central que descole um pouco das visões mais à direita e mais à esquerda e coloque o Brasil numa trajetória que permita potencializar novos investimentos e garantir segurança jurídica”, defendeu.
A contar pelo evento, com tantas autoridades, ali estava dado o primeiro passo para tentar unir o centro em torno da causa das reformas, deixando de lado a pauta ideológica de revisar o que foi feito nos governos passados.
A repórter viajou a convite do Lide
Do Correio Braziliense
quarta-feira, 10 de maio de 2023
As maiores dificuldades de moradores de favelas em todo país no acesso ao diagnóstico e tratamento do câncer estão na demora em realizar agendamentos de exames (82%) e no acesso a instituições de saúde (69%). As informações fazem parte da pesquisa Oncoguia “Percepções e prioridades do câncer nas favelas brasileiras”, realizada pelo DataFavela e o Instituto Locomotiva.
O levantamento foi divulgado nesta terça-feira (9), em Brasília. A pesquisa escutou 2.963 pessoas, maioria de raça negra, classes D e E, de todas as regiões do país, entre os dias 18 de janeiro e 1º de fevereiro deste ano. A maioria do público ouvido depende exclusivamente do SUS (82%).
Entre os entrevistados, 70% disseram que tentam cuidar da saúde, mas relatam que nunca encontram médico no posto de saúde e os exames demoram muito. A pesquisa revelou, por exemplo, que 45% dos moradores de favelas têm dificuldade para chegar na Unidade Básica de Saúde (UBS), levando, em média, uma hora nesse trajeto.
Em outro trecho, 41% dos entrevistados responderam que não costumam fazer exames ou só realizam quando estão doentes. Esse índice cai para 34% entre pessoas que têm 46 anos ou mais.
Para a fundadora e presidente do Instituto Oncoguia, Luciana Holtz, esses dados mostram a desigualdade no acesso à saúde no Brasil, além de indicarem a falta de transparência nas informações para a população.
“Tem muito tempo que a gente acompanha esses problemas e, literalmente, nada acontece. Uma coisa são as filas e a gente sabe que elas são grandes, mas a gente não sabe de que tamanho é a fila, porque demora, o que está acontecendo. E mais do que não saber enquanto sociedade, existe um paciente esperando, sabendo que o câncer dele precisa ser tratado e isso tem um impacto gigantesco e complexo – inclusive correndo o risco de a doença avançar”, disse.
Ausência do Estado
Na avaliação do fundador do Data Favela, Renato Meirelles, o estudo mostra os reflexos do abandono do Estado nestas comunidades.
“A favela não é um nicho. Se fosse um estado, seria terceiro maior do Brasil. São mais de 13.500 favelas brasileiras, com quase 18 milhões de habitantes. As favelas são concentrações geográficas pelo Brasil e formadas majoritariamente pela população preta e parda desse país”, ressaltou. “A favela concentra a desigualdade de renda porque mercado informal domina a favela, porque muita gente não contrata morador de favela pelo simples fato de eles morarem em uma favela”.
Mitos
A pesquisa identificou os principais mitos envolvendo o câncer entre os moradores de favela e apareceram respostas como: “o tabaco causa apenas câncer de pulmão” ou “alimentos cozidos no forno micro-ondas provocam câncer”.
Nas comunidades, 11% não sabem dizer se o câncer é contagioso e 19% acham que o câncer é “castigo divino”. Outros 31% acreditam que pessoas negras não têm câncer de pele.
“Muitas vezes a informação não quer ser recebida pelas pessoas. É aquela história: ‘se eu não olhar, não existe'”, disse Meirelles.
Ao todo, a pesquisa mostrou que 63% dos ouvidos fazem associação negativa relacionada ao câncer. Por outro lado, 22% fazem associações otimistas. “A primeira palavra que vêm à cabeça quando escutam a palavra câncer é: morte, seguido de sentimentos negativos e sofrimento, dor e tristeza”, indica o levantamento.
Para 84% dos moradores de favela, há casos de câncer em seu círculo social. “A experiência que essas pessoas têm com quem recebe o diagnóstico é muito negativa. Dos que responderam, 66% relataram ter parentes que morreram por câncer e 44% amigos que morreram por esse tipo de doença”, ressaltou o fundador do Data Favela.
Falta de informação
Sete em cada 10 moradores de favela acham que têm menos acesso à informação sobre prevenção e diagnóstico precoce da doença. Para 68% dos entrevistados, a prevenção é importante, mas não têm acesso às unidades de saúde adequadas.
“Educação é fundamental para prevenção, mas sem diagnóstico não resolve. Educação sem equipamento de saúde, não resolve”, destacou Meirelles.
O principal obstáculo para o diagnóstico precoce é a dificuldade para marcar exames na rede pública (40%), outros 25% indicaram a desinformação como maior problema.
Da Agência Brasil
terça-feira, 09 de maio de 2023
Tem sido frequentes os embates e a troca de acusações entre o atual e o antigo ocupante do Palácio Celso Galvão, sede do Governo Municipal de Garanhuns. Sivaldo e Izaías vivem se engalfinhando numa guerra de narrativas que deve perdurar até a campanha eleitoral de 2024, que é logo ali.
Semana passada, o Blog do Jamildo publicou uma notícia de que o Ministério Público Federal havia aberto um inquérito para investigar uma denúncia feita pela atual gestão contra o ex-prefeito Izaias Régis.
Segundo os autos, o inquérito tem como objetivo “apurar representação, formulada pelo Município de Garanhuns/PE, informando que a gestão Régis deixou de encaminhar a Matriz de Saldos Contábeis no Sistema de Informações Contábeis e Fiscal (SINCOF), no exercício de 2020”.
A decisão de abrir o inquérito foi da procuradora Polireda Medeiros. A portaria de abertura da investigação foi assinada em 2 de maio de 2023.
O V&C publicou a matéria também e solicitou uma nota a Zazá
Na resposta, Régis disse que a abertura de inquéritos é um rito normal do MPF, que é sempre realizado quando escoado o prazo inicial estabelecido para concluir tal procedimento.
“Recebo com tranquilidade a notícia de abertura de procedimento administrativo. Não é surpresa alguma que a gestão atual do município sempre cria fatos para perseguir e culpar a gestão passada, diante da ineficiência e incompetência da gestão atual”, diz o esclarecimento feito por parte do deputado tucano.
Sobre detalhes do inquérito junto ao MPF a assessoria jurídica de Izaías disse que a Matriz de Saldo Contábeis do ano de 2020, só poderia ser enviada no início do ano de 2021, onde a gestão que se iniciara mudou todas as senhas, incluindo a do acesso ao Siconfi.
A assessoria do deputado disse também que não foi notificada pelo MPF ainda, mas estranha a dificuldade da atual gestão de enviar a documentação.
“Iremos demonstrar o envio de toda a documentação à atual gestão, a qual por ser a única detentora de senhas para envio de documentação deveria ter feito, passando esta a ser omissa em sua obrigação legal, ou seja, usando como sempre de premissas falsas e inverídicas, unicamente com intuito de tentar ludibriar e justificar sua incompetência”, diz a parte final da nota enviada ao portal.
terça-feira, 09 de maio de 2023
terça-feira, 09 de maio de 2023
Após uma série de derrotas do governo no Congresso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva resolveu chamar à responsabilidade os partidos aliados. Ele exige os votos das legendas nas propostas do Executivo, apreciadas no Parlamento.
A partir de amanhã, ocorrerá uma série de reuniões com os líderes da Câmara e do Senado, assim como com os ministros que representam legendas da base.
Quem estará à frente da organização dos encontros é o ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, alvo de críticas pela crise de articulação com o Congresso.
“O presidente Lula pediu, delegou a responsabilidade. E a tarefa, como coordenador político do governo, nesta semana, é de fazer reuniões dos ministros que foram indicados pelos partidos junto com líderes da Câmara para discutirmos a ação na Câmara”, ressaltou Padilha, em coletiva de imprensa, após reunião com Lula.
Conforme destacou Padilha, os encontros com os partidos serão para discutir o calendário das proposições para o primeiro semestre.
De acordo com o ministro, a primeira reunião deve ser com o PSB, partido do vice-presidente Geraldo Alckmin — ele, inclusive, poderá participar.
Na sequência, estão o PSD e, principalmente, o MDB e o União Brasil, que deram votos decisivos para a derrota do governo sobre o Marco do Saneamento.
Padilha disse que a intenção de Lula é que essa coordenação siga sob o guarda-chuva da Secretaria de Relações Institucionais, mas frisou que, se precisar, o presidente integrará a articulação. “Toda a vez que ele (Lula) precisar entrar em campo, vai entrar. É bom demais a gente ter um Pelé da política para poder entrar em campo a hora que precisar”, comentou.
As preocupações do Palácio do Planalto são com o cumprimento do calendário de aprovação de projetos de seu interesse, especialmente as matérias de caráter econômico, como a reforma tributária e o arcabouço fiscal. Mas também há atenção especial com o PL das Fake News.
Em relação ao Marco do Saneamento, a mobilização se volta para o Senado, onde o governo tentará reverter a derrota sofrida na Câmara.
“Entendemos o que aconteceu na semana passada: uma derrota importante. Aconteceu em um momento em que você pode perder, que é o começo do campeonato. Estamos absolutamente convencidos de que iremos ganhar as vitórias mais importantes”, comentou Padilha, sobre a votação do Marco do Saneamento e do adiamento da apreciação do PL das Fake News.
As conversas com os senadores serão administradas pelos ministros da Casa Civil, Rui Costa, e das Cidades, Jader Filho.
Em evento na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), ontem, o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), sinalizou que “há uma tendência” de a Casa aprovar o decreto legislativo sobre o saneamento avalizado pela Câmara, consolidando a derrota do governo.
Pacheco frisou, ainda, que sempre há espaço para aprimoramento das relações políticas entre o Executivo e o Congresso. “O governo, embora sejam 120 dias, ainda está começando, está em fase de maturação, teve muitas dificuldades no início do ano, tivemos um 8 de janeiro, que foi uma expressão muito grave de atentado à democracia e às instituições. Então, estamos em uma fase de afirmação da democracia e do próprio governo”, argumentou.
O parlamentar defendeu que seja dado “o tempo necessário” para que o Executivo possa organizar base e articulação política.
O presidente do Congresso falou também em buscar mais equilíbrio entre os Poderes. “Vivemos 10 anos de muita turbulência no país, políticas das mais diversas, e é um momento muito propício para encontrarmos estabilidade. Estabelecemos uma agenda que seja produtiva, algo que possa evoluir o Brasil, e não involuir”, sustentou. “Essa é a minha busca constante. Vamos estabelecer essa boa relação com o Poder Executivo, com o Judiciário, e encontrar a pauta que seja relevante para o país”, enfatizou Pacheco. (Colaborou Ândrea Malcher)
Encontros periódicos
A partir de amanhã, as reuniões com partidos aliados ocorrerão de forma regular e contarão com a presença de ministros indicados pelas siglas. As cobranças serão aos titulares das pastas e a secretários que compõem o alto escalão do governo.
“Você tem, por exemplo, o ministro das Cidades (Jader Filho), que é um dos autores do decreto do saneamento, e a bancada do MDB votou contra”, citou o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha. “É um momento, inclusive, do ministro e do conjunto de representantes da bancada política explicar quais são os motivos (para votar contra)”, prosseguiu.
Além da derrota em relação ao saneamento, o governo viu a instalação de duas comissões parlamentares de inquérito (CPIs), que têm potencial de minar a popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva: a que trata dos atos golpistas de 8 de janeiro e a do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Por falta de votos, o Planalto ainda viu adiada a votação do PL das Fake News, que busca regular a atividade das redes sociais.
Segundo Padilha, esses encontros serão feitos no “ambiente mais tranquilo possível” por mais que a situação entre o governo e a base aliada seja de fragilidade e de críticas mútuas nos bastidores. Apesar de o ministro ressaltar que Lula delegou a responsabilidade sobre os encontros, nos bastidores do Planalto o presidente é apontado como o novo titular das negociações com os parlamentares.
Lula chegou a cobrar Padilha em público, na semana passada — durante a instalação do Conselho de Desenvolvimento Econômico, Social e Sustentável, o Conselhão — por causa das queixas que tem recebido de congressistas a respeito da articulação do governo.
Do Correio Braziliense
terça-feira, 09 de maio de 2023
A produtora rural Rafaela da Silva Alves, de 36 anos, tem uma pequena propriedade no povoado Maranduba, em Poço Redondo, semiárido de Sergipe. “Temos umas 15 vacas leiteiras, alguns bezerros, algumas novilhas e um boi. Esse é o nosso rebanho hoje”, conta a pedagoga de formação. “Mas sou mesmo é camponesa”, reforça. O pai dela era o dono da terra. “Ele dividiu para os quatro filhos, tenho um pouco menos de terra porque fiquei com a sede da propriedade”, conta.
No sertão do Nordeste, a agricultura familiar e de pequenos produtores vem crescendo, especialmente na produção leiteira. O produtor nessa região depende, em grande parte, da receita mensal do leite para sua sobrevivência.
Os desafios são muitos, afirma Rafaela. “Temos grandiosos desafios, considerando que estamos no sertão, no semiárido. É o desafio de sempre pensar no inverno produtivo, para ter comida suficiente para os animais, no acesso ao abastecimento de água, que é por carro-pipa, por isso temos cisternas e poço. O tamanho da terra dos pequenos agricultores também é um dos problemas que enfrentamos para ir avançando com essa produção de gado leiteiro”.
A produtora, que também é integrante e porta-voz do Movimento dos Pequenos Agricultores, diz que outro desafio é a ausência de incentivos para a produção avançar. “É uma carência muito grande de programas e políticas públicas para os pequenos agricultores que têm vaca leiteira. No último período mesmo, não tivemos acesso a nada”, lamenta.
Há carência também de acompanhamento técnico. “Ainda coloco no patamar dos desafios um acompanhamento técnico mais contextualizado para essa realidade dos pequenos e médios produtores que não têm tanta estrutura, tanta terra. Seria importante um acompanhamento para que haja melhoria genética do rebanho e condições de tratamentos mais alternativos para os pequenos agricultores que sobrevivem do leite”.
Mesmo com tantos desafios, os dados mais recentes do IBGE mostram que o Nordeste teve crescimento na produção (12,8%) e alcançou a marca de 5,5 bilhões de litros. Os dados mais recentes são referentes a 2021 e fazem parte da Pesquisa da Pecuária Municipal (PPM), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Investimentos no setor e condições climáticas mais favoráveis nos últimos anos fazem a região aumentar a produção pelo quinto ano seguido, informou o órgão.
Rafaela Alves espera que o clima favorável se mantenha no inverno que está chegando. “Nós camponeses esperamos um bom inverno, mas ao mesmo tempo estamos em dúvida por causa dos sinais que o tempo está dando. No ano passado, tivemos um inverno bem melhor, talvez um dos melhores dos últimos 30 anos!” A expectativa de produção depende do clima, observa. “A expectativa que a gente faz com a produção para o próximo período depende muito do inverno. É um grande desafio assegurar comida para o rebanho e, sem chuva, tudo isso fica muito mais complexo”, diz.
Os dados do IBGE, analisados pela Embrapa Gado de Leite, indicaram queda da produção no Brasil no primeiro trimestre de 2022, se comparado ao mesmo período de 2021, mas alguns estados do Nordeste apresentaram crescimento, Sergipe está entre eles, sendo o segundo estado com maior crescimento na produção leiteira.
De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a Região Nordeste é exceção na redução geral da produção de leite, registrando aumento de 4,1% de 2021 para 2022, com destaque para o estado de Sergipe.
“Para a Conab, o aumento da produção do Nordeste, em especial Sergipe, inclui fatores como melhora genética do rebanho, desenvolvimento da produção da palma forrageira para suplementação da alimentação e custos mais baixos, mas lembrando que isso é para a produção em geral, não específica da agricultura familiar”, detalha Ernesto Galindo, diretor substituto do Departamento de Avaliação, Monitoramento, Estudos e Informações Estratégicas do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA).
Fatores
O presidente da Cooperativa de Produtores de Leite de Alagoas (CPLA), Aldemar Monteiro, explica como a alimentação do rebanho com a palma forrageira favorece a produção no Nordeste. “A palma forrageira é a base de alimentação do gado leiteiro no Nordeste, é plantada em regiões semiáridas e sobrevive a grandes estiagens. É um cacto altamente saboroso para o gado, que se alimenta dele misturado com silagem de milho, uma combinação muito boa para o rebanho da região, caminho para o desenvolvimento da área”, afirmou Monteiro.
O presidente da CPLA informou que em Alagoas há cerca de 39 mil pequenos agricultores familiares e 2 mil médios e grandes produtores. “Mesmo numa região territorial pequena, é uma concentração muito grande de pequenos produtores”. A melhora das condições climáticas também tem sido um fator positivo, acrescenta Monteiro.
“Acredito que o crescimento no Nordeste se deve à vocação do produtor, aliado às condições climáticas, boa para a produção de leite, porque é uma região que durante o dia é quente, mas a noite é fresca, uma característica que foi fundamental para o desenvolvimento da cadeia produtiva de todo o Nordeste. Nos últimos três anos, saímos de uma condição de seca muito severa, então essa melhora nas condições climáticas começou a trazer novos negócios para Alagoas e, principalmente, para Sergipe, que despontou muito, favoreceram a silagem de milho e a produção de palma forrageira”, completa.
A produtora Rafaela, de Sergipe, conta que alimenta seu rebando com a palma. “O rebanho come palma forrageira, com rolão ou silo. Para as vacas de leite, acrescento a ração concentrada: milho moído, soja, caroço e núcleo de leite”, detalha.
Fortalecimento
Monteiro explica outros fatores que fortalecem a produção leiteira. “Alagoas conseguiu desonerar a cadeia produtiva do leite, do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS), um incentivo fiscal muito grande para as indústrias do estado. Isso fez com que conseguissem escoar sua produção. Ainda temos novas fábricas de Sergipe entrando em Alagoas, um fator também importante”.
Segundo o presidente da CPLA, outra iniciativa vai incentivar a agricultura familiar do estado. “Estamos montando a primeira secadora de leite em pó da agricultura familiar, para atender a esses 39 mil pequenos produtores do estado. A secadora vai ter capacidade para 400 mil litros de leite/dia, tudo isso cria uma condição boa para a região e facilita o escoamento”.
“Há diversas causas para esse predomínio, uma delas é o padrão histórico de ocupação fundiária com concentração de terra e muitos minifúndios”, afirma Ernesto Galindo, do MDA. Segundo ele, incentivos federais foram reforçados em anos anteriores, “apesar do enfraquecimento das políticas nos anos recentes, algo que está sendo retomado atualmente”.
Quanto aos incentivos, Galindo diz que as políticas de reforma agrária existem há décadas, reforçadas nos últimos 30 anos com políticas de crédito fundiário. “Políticas de crédito produtivo específicas para o setor surgiram no fim da década de 90, políticas de assistência técnica, acompanhadas ou não de fomento, já alcançaram centenas de milhares de agricultores. Além disso, há também políticas de garantia de preço, garantia de safra, seguro produtivo agrícola e mais recentemente, a partir da década de 2000, compras públicas. Muitas delas concentradas em número no Nordeste, mas com concentração histórica de valores na Região Sul do país”, detalha.
Característica regional
“A predominância da agricultura familiar e de pequenos produtores no sertão se deve ao fato de que o sertanejo tem experiência em conviver com a seca e fixa raízes no campo para que possa sobreviver”, observa o professor João Batista Barbosa, do Instituto Federal de Sergipe Campus Glória (IFS), na área de Laticínios/Alimentos.
No Nordeste, a produção leiteira é influenciada pelas condições climáticas, economia de cada estado, tipo de alimentação disponível para os animais, entre outros fatores, afirma Barbosa. “Vale ressaltar que nas regiões do Semiárido Nordestino a produção de leite é afetada pela seca. Nas estações primavera e verão, as temperaturas são altas e a falta de chuva dificulta a produção de leite”, explica.
De acordo com dados da Pesquisa de Leite do 4º trimestre, do IBGE, a produção de leite inspecionada no Nordeste se destaca nos estados do Ceará, de Pernambuco, Sergipe e da Bahia. “Esse fato pode ser explicado pela implantação e melhoria das indústrias presentes em cada região”, afirma o professor.
Na visão do médico veterinário George Pires Martins, o crescimento se deve ao aumento do beneficiamento do leite. “As indústrias estão crescendo e abrindo novas empresas, e a produção de alimentos, principalmente na região de Sergipe, que desponta como forte produtor de grãos, acaba barateando o leite”.
Para ele, o crescimento tecnológico também é fator de destaque. “É uma região que tem muita cultura leiteira, e agora as tecnologias estão começando a chegar, alguns produtores já estão com sistemas que produzem volume maior de leite e isso rentabiliza mais”, afirma Pires, que também é consultor de laticínios com atuação técnica no Nordeste e criador do canal Leites e Derivados, em que fala sobre a cadeia produtiva do leite.
O consultor concorda com a produtora Rafaela Alves em relação ao acompanhamento técnico. “Não temos uma política de assistência técnica rural voltada para o pequeno produtor. Acredito que essa atividade é muito mais forte por causa da cultura da região do que por incentivos ou por resultado financeiro como um todo. Então, vem muito mais da cultura da região, de quem está morando na zona rural, esse pequeno produtor acaba fazendo a diferença no volume geral produzido aqui no Nordeste”, destaca Martins.
Ele e outros especialistas do setor lácteo, como produtores de leite, cooperativas e profissionais se reúnem nos próximos dias 11 e 12 de maio em Garanhuns, Pernambuco, para o Milk Experience, evento para discutir temas relacionados ao setor lácteo e às práticas inovadoras. Segundo o Agricultural Outlook 2022-2031, relatório da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), os laticínios deverão ser o setor pecuário de mais rápido crescimento na próxima década, com a oferta global de leite prevista para aumentar em 23%.
Da Agência Brasil
segunda-feira, 08 de maio de 2023
Na sua extensa agenda cumprida em vários municípios do interior do estado neste final de semana, a deputada estadual Débora Almeida (PSDB) priorizou uma agenda informal com prefeito de Lajedo, Erivaldo Chagas (Republicanos). O encontro aconteceu na manhã deste sábado (06/5) naquela cidade.
Na conversa de bastidor, que antecedeu sua entrevista aos Podcasters Francisco Neto e Fabian Saint do ‘Tá topado’ – podcast referência no interior -, a parlamentar e o gestor lajedense fizeram uma leitura da atual conjuntura no país, as expectativas com a administração estadual e principalmente as demandas de Lajedo. Apesar de não ter votado ou apoiado Débora em 2022, Chagas foi muito receptivo à parlamentar, da qual inclusive prestigiou a festa da vitória em São Bento do Una. O candidato apoiado pelo prefeito não conseguiu ser eleito e com isso, Lajedo não conta com deputado estadual lutando na ALEPE pela população local e alinhado com a administração municipal.
Por sua vez, Débora que governou por duas vezes São Bento e mantém afinidades com os vizinhos lajedenses, colocou a sua atual legislatura à disposição do gestor e da população, se comprometendo inclusive a indicar recursos para Lajedo, por meio de emendas ao projeto de Orçamento estadual.
As indicações de emendas feitas por deputados que iniciaram seu primeiro mandato este ano, no entanto, só poderão ser efetivadas a partir do ano seguinte, no caso em 2024, quando será enfim permitida a destinação das primeiras emendas para as suas bases.
LAJEDO – Segundo avaliação recente, após levantamento realizado pela ATRICON e reconhecido pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-PE), a gestão do prefeito Erivaldo foi reconhecida como a 8ª melhor dentre os 184 municípios de Pernambuco, cumprindo diversos critérios como informações institucionais, receita, despesa, diárias, relatório de gestão fiscal, recursos humanos, dentre outros.
(Com informações da Assessoria)
segunda-feira, 08 de maio de 2023
O ambiente entre o Palácio do Campo das Princesas e a Casa de Joaquim Nabuco melhorou nos últimos dias. Depois de um período em que a relação do Executivo com o Legislativo parecia prestes a mergulhar numa crise, deputados de Pernambuco e a governadora do Estado experimentam calmaria.
Ao ponto de a candidata da preferência de Raquel Lyra (PSDB) a uma das vagas abertas recentemente no Tribunal de Contas do Estado ter voltado a se movimentar com chances reais de ser escolhida. Por alguns dias, a deputada estadual Débora Almeida (PSDB) chegou a ser tratada como um nome que não teria qualquer possibilidade de vencer. Ainda é difícil, mas possível.
O clima ficou melhor após dois movimentos, um de cada lado. Primeiro, Raquel atendeu ao pedido de alguns deputados e liberou funcionários do estado cedidos à Alepe que tinham sido convocados para suas origens no início do ano.
Em seguida, os deputados aprovaram o requerimento da governadora para um empréstimo de R$ 3,4 bilhões que servirá de desafogo financeiro numa gestão que começou toda “amarrada” pelos compromissos que Paulo Câmara assumiu no ano passado, sabendo que o governo não teria como pagar.
O carnê ficou
Essa história de fazer dívida pros outros, inclusive, é fator importante na controvérsia do início do ano sobre ter dinheiro nos cofre ou não. O PSB diz que deixou dinheiro e a nova gestão dizia que era mentira. A verdade é que a governadora Raquel Lyra precisou ter muitas conversas com prefeitos e outras lideranças políticas nos últimos meses, explicando, de um por um, caso a caso, o que poderia e o que não poderia pagar do que foi prometido pelo governo anterior.
A informação, passada à coluna por uma fonte no Palácio, é que Paulo anunciou obras, assinou autorizações e não deixou dinheiro para tudo o que havia sido prometido em 2022. “E não foi só para dificultar a vida da governadora, por ser Raquel, não. Do jeito que foi feito, ia prejudicar até se o governador eleito tivesse sido Danilo Cabral (PSB). Não tinha dinheiro e pronto”, complementou esta fonte.
Analógico
Lula tem muita dificuldade para entender a dinâmica das redes sociais e como o mundo real tradicional se relaciona com as bolhas dessas plataformas. O cálculo político que ele fez sobre o Marco Legal do Saneamento foi totalmente analógico.
O petista quis agradar seus aliados mais próximos à esquerda, acreditando que um revés (esperado) no Congresso seria um mal menor para a imagem.
Realmente, por ser algo já esperado, a derrubada dos decretos do presidente não teve grande repercussão geral, mas quando você soma o barulho feito nas bolhas dos deputados à direita, é como se o mundo tivesse virado de cabeça para baixo, o governo estivesse enfraquecido e Lula estivesse “acuado pelos deputados conservadores”.
Não é verdade, não se sustenta em números, mas muita gente acredita. E a culpa é de Lula.
Não é por acaso que os parlamentares líderes em popularidade nas redes são, quase todos, da oposição.
Estrela
Bolsonaro (PL) caminha rapidamente para ver seu capital político reduzido nos próximos meses e deve terminar inviabilizado como cabo eleitoral do PL para as eleições municipais.
Não é à toa que Michelle Bolsonaro (PL) já foi convocada para ser a “grande estrela” dos próximos programas do partido em TV e Rádio. Valdemar Costa Neto, presidente do PL, está gastando muito dinheiro do fundo partidário com o casal Jair e Michelle. Juntos, eles têm salários pagos pelo partido no valor total de R$ 83 mil.
Valdemar vai querer retorno disso.
Estratégia
Amanhã tem lançamento de livro importante para quem gosta de política e de analisar estratégias eleitorais. O estrategista político Paulo Moura assina “Inteligência Política e Estratégias nas Campanhas Eleitorais”.
Moura tem mais de 20 anos de experiência no desenvolvimento de estratégia, comunicação e marketing político, sendo vencedor, por quatro vezes, do Reed Awards, o maior prêmio do Marketing Político Internacional, além de ter sido eleito um dos 100 mais influentes estrategistas políticos do mundo.
O autor esteve, esta semana, em visita ao Jornal do Commercio para entregar o convite para o evento, que acontece amanhã, às 18h30, no auditório do Empresarial JCPM, no Pina.
segunda-feira, 08 de maio de 2023
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, afirmou neste domingo (7) que infecções pelo vírus Sars-COV 2, responsável pela covid-19, vão continuar ocorrendo e que o momento é de fortalecimento dos sistemas de vigilância, diagnóstico, assistência e vacinação.
Segundo ela, o vírus ainda sofrerá mutações e, por isso, os cuidados devem ser mantidos.
“É hora de intensificar a vacinação. As hospitalizações e óbitos pela covid-19 ocorrem principalmente em indivíduos que não tomaram as doses de vacina recomendadas”, destacou a ministra em cadeia de rádio e televisão.
“Por esta razão, o Ministério da Saúde, ao lado de estados e municípios, realiza desde fevereiro um movimento nacional pela vacinação de reforço para covid- 19. Esta é a forma mais eficaz e segura de proteger nossa população. Precisamos estar unidos pela saúde, em defesa da vida”, acrescentou.
Na última sexta-feira (5), a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou o fim da emergência de saúde pública de importância internacional. “Depois de termos passado por um período tão doloroso, nosso país recebe essa notícia com esperança”, afirmou Nísia.
“O momento é de transição do modo de emergência para enfrentamento continuado como parte da prevenção e controle de doenças infecciosas.”
Durante o pronunciamento, a ministra lembrou que o Brasil perdeu 700 mil vidas durante o surto sanitário.
“Outro teria sido o resultado se o governo anterior, durante toda a pandemia, respeitasse as recomendações da ciência. Se fossem seguidas e cumpridas as obrigações de governante de proteger a população do país. Não podemos esquecer. Precisamos preservar esta memória para construir um futuro digno”, reforçou.
Ela agradeceu os cientistas e os laboratórios que desenvolveram os imunizantes e fez uma referência especial aos trabalhadores do Sistema Único de Saúde (SUS).
“Apesar do negacionismo, dos ataques à ciência e da política de descaso, muitas vidas foram salvas devido ao SUS e ao esforço sem limites dos trabalhadores e das trabalhadoras da saúde”, destacou a ministra.
“A eles, agradeço em meu nome e em nome do presidente Lula, que tem se dedicado desde o primeiro dia de nosso governo à política do cuidado e ao fortalecimento do SUS”, reforçou Nísia.
Da Agência Brasil
domingo, 07 de maio de 2023
A Deputada Débora Almeida participou neste sábado (06) do podcast Tá Topado de Lajedo PE.
Débora conversou com Francisco Neto e Fabiano Saint durante duas horas e meia e, abordou vários assuntos de Pernambuco. Falou das comissões que ela está fazendo parte neste primeiro biênio na Assembleia Legislativa do estado. Comentou também como anda sua agenda de compromissos na ALEPE.
A Deputada também falou das suas prioridades como parlamentar no desenvolvimento de setores importantes no interior de Pernambuco, que precisam de apoio e incentivos do governo do estado, pontuou a importância dos produtores na geração de renda e emprego na região agreste e disse estar visitando muitos desses seguimentos de produção.
Débora abordou temas como educação, meio ambiente, agricultura, economia, e claro, política, reforçando a importância da mulher na política; fazendo referências de suas campanhas de quando foi prefeita de São Bento do Una até a chegada da campanha que se elegeu Deputada. O papo foi tão bom que Ela falou até de futebol com muito conhecimento de causa pra surpresa dos apresentadores.
Pra fechar, Débora falou do futuro, revelando que colocou seu nome a disposição na tentativa de conquistar uma das duas vagas à o Tribunal de Contas do Estado, ela disse que pode contribuir muito profissionalmente, uma vez que Débora é Procuradora e experiência não lhe falta e também politicamente. Será que a Assembleia vai perder uma das poucas mulheres deputadas da casa para o TCE?
Ela finalizou agradecendo ao povo de Pernambuco, aos ouvintes da Rádio Lajedo FM e telespectadores do Youtube que acompanharam simultaneamente o podcast Tá Topado, inclusive elogiando o programa que na sua opinião é o melhor podcast de Pernambuco.
domingo, 07 de maio de 2023
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), após participar da cerimônia de coroação, disse que a primeira coisa que o Rei Charles III pediu foi que ele cuide da Amazônia. Em resposta, o presidente disse que precisa de ajuda. “Para cuidar da Amazônia eu preciso ajuda e muitos recursos”, afirmou.
Lula disse que em agosto deve se reunir com demais países amazônicos para tomar uma decisão comum. “Não adianta o Brasil preservar só a nossa (floresta)”, afirmou o presidente, e reforçou que o Brasil vai cumprir a promessa de acabar com o desmatamento até 2030. “Isso é quase uma questão de honra”.
Para isso, Lula disse que será necessário dialogar com os prefeitos, com indígenas e pequenos proprietários. “O Brasil vai fazer a sua parte e queremos que os outros façam”
“E os países ricos que já desmataram precisam compreender que têm um débito na emissão de gás carbônico, e portanto eles têm que adiantar os recursos para que a gente possa preservar as nossas florestas”, cobrou.
Lula disse que o primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, se comprometeu a contribuir com o Fundo Amazônia. “A Inglaterra não disse quanto vai dar, mas eu espero que não seja menos que nos EUA”, ressaltou Lula, em entrevista após participar da cerimônia.
O presidente também disse que está pleiteando que a COP30 seja no Brasil. “Quem defende a Amazônia vai ter a chance de participar de uma COP no coração da Amazônia.”
Lula defendeu que a biodiversidade da Amazônia seja explorada corretamente para gerar renda e criar a “indústria verde”. “Precisamos levar em conta que do lado brasileiro moram mais de 25 milhões de pessoas e que essas pessoas querem ter acesso a bens materiais, querem comer, querem passear.”
Economia
O presidente brasileiro disse ainda, em coletiva após a cerimônia, que vai criar um grupo de trabalho para discutir questões comerciais com a Inglaterra. Lula disse que o governo anterior “parou de falar de negócio ou de discutir negócio” e que o fluxo comercial entre os dois países diminuiu de US$ 8,6 bilhões para US$ 6 bilhões.
Segundo Lula, a Inglaterra explora “muito pouco” o potencial de venda que tem para o Brasil, e vice-versa.
“Eu sempre disse que o ministro da Indústria e Comércio deve funcionar como um mascate, deve levar produto embaixo do braço pra vender, e dinheiro no bolso pra comprar”, destacou, acrescentando que a “boa política de relação comercial é via de duas mãos”. “Após sair da União Europeia, o mercado da Inglaterra para o Brasil aumentou exponencialmente”, completou.
domingo, 07 de maio de 2023
domingo, 07 de maio de 2023
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, neste sábado (6), durante conversa com a imprensa, em Londres, que vai lançar um novo programa Brasil Sorridente. O evento está marcado para a próxima segunda-feira (8), no Palácio do Planalto. Segundo ele, o relançamento completa o pacote de programas sociais que foram referência em gestões passadas e foram retomados pelo governo federal.
“Eu vou, segunda-feira, lançar um novo Brasil Sorridente. E nós, então, estamos retomando, em funcionamento, todas as políticas públicas que deram certo em nossos governos”, disse Lula.
O evento marcará a sanção do projeto de lei que inclui a Política Nacional de Saúde Bucal – Brasil Sorridente, na Lei Orgânica da Saúde. Segundo o governo, com isso, a política “garantirá acesso universal, equânime e contínuo aos serviços de saúde bucal, que passam a integrar o SUS [Sistema Único de Saúde] definitivamente”.
O Brasil Sorridente foi criado em 2004, durante o primeiro mandato de Lula na Presidência da República. Segundo dados do Ministério da Saúde, em 10 anos, mais de 80 milhões de pessoas foram atendidas pelo programa em todo o país, recebendo os mais diversos tipos de atendimentos odontológicos por meio de centros em milhares de municípios do país.