quarta-feira, 17 de agosto de 2022
A 44 dias do primeiro turno das eleições, Jair Bolsonaro (PL) lançou a campanha de recondução à Presidência em Juiz de Fora (MG), no mesmo local onde recebeu uma facada, em 2018. O chefe do Executivo acenou ao eleitorado evangélico e atacou seu principal opositor político, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), insinuando que o petista defende o fechamento de igrejas.
Usando colete à prova de balas e sob forte esquema de segurança, Bolsonaro se reuniu, inicialmente, no aeroclube da cidade, com comunidades evangélicas. Aos apoiadores, disse que, antes de assumir, em 2019, o país “estava à beira de um colapso, com problemas éticos, morais e econômicos, e marchava, sim, a passos largos, para o socialismo” e associou a esquerda ao fechamento de igrejas, citando Nicarágua e Venezuela como exemplos de países que “fecharam rádios religiosas” e “impediram procissões”.
O tom já havia sido dado pelas redes sociais, em postagem na qual dizia que “os que perseguiram e defenderam fechar igrejas se julgarão grandes cristãos, os que apoiam e louvam ditaduras socialistas se dirão defensores da democracia”.
Do aeroclube, o presidente seguiu em motociata o calçadão que fica na esquina das ruas Halfeld e Batista de Oliveira, no centro, local onde levou a facada em 2018. Por volta das 11h, subiu em um trio elétrico e discursou lembrando a ocorrência. Foram usadas grades para isolar o público que, em grande parte, trajava verde e amarelo. “Aqui eu renasci”, bradou, antes de lançar mais acusações ao PT ao dizer que, no governo anterior, o país “era roubado pela esquerdalha que estava no poder”.
O chefe do Executivo voltou a convocar a população para o 7 de Setembro: “Podem ter certeza, no próximo dia 7 de setembro vamos todos às ruas pela última vez. Comemorar, em um primeiro momento, a nossa independência. E, em um segundo momento, a garantia da nossa liberdade”.
Com papel de destaque, a primeira-dama, Michelle Bolsonaro, falou depois do marido e reforçou o apelo religioso do comício.
“Presidente que mente”
Lula utilizou o primeiro discurso oficial da sua campanha presidencial para alertar o público sobre “as mentiras que esse governo conta”, em referência ao seu principal oponente na disputa eleitoral, o presidente Jair Bolsonaro (PL). O comício ocorreu ontem, na porta da fábrica da Volkswagen do Brasil, em São Bernardo do Campo, no ABC Paulista — local onde iniciou a sua trajetória no sindicalismo metalúrgico e berço do Partido dos Trabalhadores (PT). Lula priorizou, em seu discurso, o combate às fake news e as mensagens para o público cristão.
Ao relembrar que foi ele quem sancionou, em 2009, a lei que criou o Dia Nacional da Marcha para Jesus — evento que tem sido usado por Bolsonaro para se aproximar dos seus eleitores —, o ex-presidente se dirigiu diretamente aos evangélicos.
“Um presidente que mente sete vezes ao dia com fake news. Um presidente que mente para os evangélicos todo santo dia. Quem criou a lei que garantiu a existência do dia de Jesus, foi no meu governo, foi o Lula. Ele está tentando manipular. É, na verdade, fariseu. Está tentando manipular a boa fé de homens e mulheres evangélicas que vão à igreja tratar da sua fé, da sua espiritualidade”, disse aos apoiadores.
Lula chamou Bolsonaro de “presidente fajuto, genocida”, em referência à posição do adversário no combate à pandemia. “Você não derramou uma única lágrima por 680 mil pessoas que morreram por covid. Você nunca se preocupou em saber quantas crianças estão órfãs, porque você foi negacionista. Você não acreditou na ciência, na medicina, não acreditou nos governadores. Você acreditou na sua mentira”, acusou. Emendou, retomando o tom evangelizador: “Porque, se tem alguém que é possuído pelo demônio, é esse Bolsonaro, que é um mentiroso”.
Lula falou de emprego para fustigar ainda mais o rival. Com números nas mãos, o ex-presidente comparou a quantidade de empregados que a fábrica tinha em 2012, quando deixou o poder (14,1 mil operários), e o número de uma década depois, já no governo Bolsonaro (7,9 mil). “Onde é que foram os outros 8 mil trabalhadores? Eles estão trabalhando, tiveram sorte ou estão dormindo na sarjeta de alguma rua dessa cidade ou desse estado? Porque esse governo não se preocupa em criar emprego, não faz parte da política econômica desse presidente que está aí”.
terça-feira, 16 de agosto de 2022
Pesquisa realizada pelo Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe) em parceria com a Folha de Pernambuco mostra as intenções de voto para presidente no estado.
O candidato Luiz Inácio Lula da Silva (PT) lidera com 61% as pretensões de voto. Jair Bolsonaro (PL), na busca pela reeleição, atingiu 23%. Ciro Gomes (PDT) alcançou 5% dos entrevistados e Simone Tebet (MDB) ficou com 1%.
Não sabem ou não responderam ficaram com 5% e votos brancos e nulos também com 5%.
A pesquisa tem 3,2 pontos percentuais de margem de erro para cima e para baixo e foi realizada entre os dias 10 e 12 de agosto de forma presencial. Ela está registrada no TRE/PE com o protocolo PE-00637/2022 e, no TSE, com o número BR-04466/2022 e ouviu cerca de mil pernambucanos.
Estratificações
Na capital, Lula é a escolha entre 52% dos entrevistados, já Bolsonaro possui 28% das intenções de voto. No interior o petista acumula 67% e o atual presidente 20%.
terça-feira, 16 de agosto de 2022
A campanha para as Eleições 2022 começou oficialmente nesta terça-feira (16). Os candidatos agora podem, de forma oficial, fazer comícios, caminhadas, divulgação na internet, jornais e revistas.
Durante todo o período, os candidatos ao Governo de Pernambuco visitarão diferentes cidades, comunidades e povoados para chegar perto da população e angariar votos.
Confira, a seguir, onde os candidatos ao Governo de Pernambuco estarão nesta terça-feira (16), primeiro dia de campanha eleitoral de 2022.
Agenda dos Candidatos ao Governo de Pernambuco nesta terça-feira (16)
Anderson Ferreira (PL)
- 12h30: Almoço no Sindicato da Indústria da Construção Civil no Estado de Pernambuco (Sinduscon)
- 14h30: Coletiva de Imprensa – Local: Rua Barão de Souza Leão, 451, Boa Viagem – Recife
- 16h30: Caminhada no bairro de Ponte dos Carvalhos – Cabo de Santo Agostinho. Concentração: Rua Diomedes Ferreira de Melo.
- 19h30: Caminhada no bairro de Cajueiro Seco – Jaboatão dos Guararapes. Concentração: Rua do Futuro.
Danilo Cabral (PSB)
- 17h00: Caminhada pelas ruas de Brasília Teimosa – Recife
João Arnaldo (PSOL)
- 9h às 10h30: Evento presencial DPU – Manifesto meninas decidem. Local: Defensoria Pública da União no Recife/PE
- 11h às 12h: Reunião presencial sobre programa de governo e comunicação. Local: R. Feliciano Gomes, 132
- 12h às 14: Almoço no Mercado da Boa Vista.
- 15h05 às 16h05: Caminhada da Câmara até Alepe. Depois, da Alepe até a sede do Psol no Derby.
- 16h às 18h: Dia Nacional de Mobilização PSOL com LULA. Praça do Derby.
Marília Arraes (Solidariedade)
- 16h: Ato oficial de lançamento de candidatura e caminhada pelas ruas de Roda de Fogo, no Recife. Ponto de Encontro: Terminal de Ônibus Sítio das Palmeiras | Cordeiro
Miguel Coelho (UB)
- 7h30: Caminhada 44 na feira de Parnamirim
- 10h: Encontro com lideranças em Terra Nova
- 13h: Carreata e motociata 44 em Orocó
- 13h44: Ato político em Orocó
- 15h: Motociata em Santa Maria da Boa Vista
- 18h44: Ato popular em Petrolina
Raquel Lyra (PSDB)
- 14h: Ato de lançamento de campanha em Caruaru, caminhada pelo comércio e inauguração do Comitê da Juventude, na avenida Agamenon Magalhães.
Os candidatos Claudia Ribeiro (PSTU), Jadilson Bombeiro (MDB), Jones Manoel (PCB), Pastor Wellington (PTB) e Ubiracy Olímpio (PCO) não enviaram suas agendas.
segunda-feira, 15 de agosto de 2022
Pesquisa do Ipec (ex-Ibope) divulgada nesta segunda-feira (15) pela TV Globo revela os índices de intenção de voto para o cargo de governador de Pernambuco. A candidata do Solidariedade, Marília Arraes, lidera a disputa com 33% das intenções de voto.
A pesquisa ouviu 1.200 pessoas entre os dias 12 e 14 de agosto em 50 cidades pernambucanas. A margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos, considerando um nível de confiança de 95%. A pesquisa foi registrada no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sob o número BR-09411_2022.
- Marília Arraes (Solidariedade): 33%
- Raquel Lyra (PSDB): 11%
- Anderson Ferreira (PL): 10%
- Miguel Coelho (União Brasil): 9%
- Danilo Cabral (PSB): 6%
- Claudia Ribeiro (PSTU): 1%
- Jadilson Bombeiro (PMB): 1%
- João Arnaldo (PSOL): 1%
- Jones Manoel (PCB): 1%
- Ubiracy Olímpio (PCO): 0%
- Pastor Wellington (PTB): 0%
- Brancos e nulos: 17%
- Não souberam: 9%
Rejeição
Veja em quem os entrevistados pela pesquisa disseram que não votariam de jeito nenhum.
Resposta estimulada e múltipla:
- Danilo Cabral (PSB): 22%
- Marília Arraes (Solidariedade): 19%
- Anderson Ferreira (PL): 18%
- Miguel Coelho (União Brasil): 18%
- João Arnaldo (PSOL): 16%
- Raquel Lyra (PSDB): 14%
- Ubiracy Olímpio (PCO): 13%
- Jadilson Bombeiro (PMB): 12%
- Jones Manoel (PCB): 12%
- Claudia Ribeiro (PSTU): 11%
- Pastor Wellington (PTB): 11%
- Poderia votar em todos (resposta espontânea): 2%
- Não sabe: 27%
Senado
Confira quais as intenções de voto para o Senado, de acordo com a pesquisa Ipec:
Resposta estimulada e única:
- André de Paula (PSD): 14%
- Teresa Leitão (PT): 12%
- Guilherme Coelho (PSDB): 9%
- Gilson Machado (PL): 7%
- Carlos Andrade Lima (União Brasil): 3%
- Esteves Jacinto (PRTB): 3%
- Roberta Rita (PCO): 3%
- Dayse Medeiros (PSTU): 2%
- Eugênia Lima (PSOL): 1%
- Teio Ramos (PMB): 1%
- Brancos e nulos: 27%
- Não souberam: 19%
segunda-feira, 15 de agosto de 2022
A candidata Marília Arraes, do Solidariedade segue liderando, com 31% das intenções de voto, a corrida para o Governo de Pernambuco, de acordo com a 2ª Pesquisa Eleições 2022 Folha de Pernambuco/Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (IPESPE). Em segundo lugar, há um empate técnico entre todos os outros candidatos mais bem pontuados: Raquel Lyra (PSDB) tem 13%; Anderson Ferreira (PL) foi o escolhido por 12% ; Danilo Cabral (PSB) ficou com 11% e Miguel Coelho, do União Brasil, com 10%. Brancos e nulos somaram 12% e não sabe/não responderam, 10%.
Esses números refletem a pesquisa estimulada, onde os eleitores recebem um cartão com todos os nomes que estão na disputa. A margem de erro é de 3,2 pontos percentuais para cima ou para baixo.
A pesquisa foi realizada entre os dias 10 e 12 de agosto e ouviu mil pernambucanos de todo o Estado. Ela está registrada no TRE/PE com o protocolo PE-00637/2022 e, no TSE, com o número BR-04466/2022.
Comparação
A primeira pesquisa teve sua coleta de dados realizada entre os dias 28 e 30 de junho deste ano. Comparando os dois levantamentos, a candidata Marília Arraes subiu dois pontos percentuais – de 29% para 31% na segunda pesquisa.
Já Raquel Lyra e Anderson Ferreira permaneceram com o mesmo percentual da primeira pesquisa. O candidato governista Danilo Cabral subiu um ponto percentual, de 10% para 11%. O mesmo aconteceu com Miguel Coelho, que passou de 9% para 10%. O empate técnico no segundo lugar leva em conta a margem de erro indicada pela pesquisa.
Ainda de acordo com o levantamento, Wellington Carneiro (PTB) tem 1% das intenções de voto. Os demais candidatos Esteves Jacinto (PRTB), Jadilson Bombeiro (PMB), Cláudia Ribeiro (PSTU), Jones Manoel (PCB), João Arnaldo (PSOL) e Ubiracy Olímpio (PCO) não pontuaram.
Rejeição
Entre os eleitores, 12% disseram que não pretendem votar em nenhum desses nomes. O mesmo resultado da primeira rodada da pesquisa. Já aqueles que disseram que ainda não sabem em quem vão votar ou não quiseram responder, passou de 15% para 10%.
Os entrevistados também foram perguntados em que candidato, não votariam de jeito nenhum. Neste caso, a maior rejeição ficou com Anderson, apontado por 25% dos pesquisados. Em seguida, vem Danilo, com 22%. Marília é a terceira mais rejeitada, tendo sido apontada por 20% dos entrevistados. Miguel e Raquel têm 16% e 15% de rejeição, respectivamente.
Entre aqueles que pretendem votar em um dos candidatos já mencionados, 73% dos entrevistados afirmaram que suas escolhas já estão definidas. Outros 26% disseram que ainda podem mudar o voto até o dia da eleição.
Resultados em grupos específicos
A 2ª Pesquisa Eleições 2022 Folha/IPESPE ainda mostrou que a candidata Marília Arraes (SD) é a preferida entre os homens, 32%, e também entre as mulheres, 29%. Já o segundo lugar, para o eleitorado masculino, ficou com Anderson Ferreira (PL), com 15%. Entre o público feminino, o segundo lugar ficou com Raquel Lyra (PSDB) com 13%.
Em terceiro lugar, para os homens, está Raquel com 14%. Danilo (PSB) vem em seguida, com 10% das intenções de voto. Já Miguel tem 10% desse eleitorado. Em relação à escolha das eleitoras pernambucanas, o terceiro colocado é Danilo (PSB), com 11%. Depois, vem Miguel com 10% e o quinto lugar é de Anderson com 9% das intenções de voto das mulheres.
Faixa etária
Por faixa etária, Marília Arraes também vence em todas elas. Entre os mais novos, de 16 a 24 anos, ela é preferida por 27%. Raquel Lyra vem em seguida, com 18%. Anderson é o escolhido por 12% ; Miguel Coelho tem 10% e Danilo Cabral, 9%.
Já na faixa etária mais velha, 60 anos ou mais, Marília Arraes é a escolhida por 32% dos entrevistados. Raquel Lyra fica em segundo, com 16%; Anderson Ferreira tem 13%; Miguel Coelho, 9% e Danilo Cabral, 8%.
Região
Quando levado em conta o domicílio do eleitor, 34% dos que moram na Capital votam em Marília Arraes. Anderson Ferreira tem 19%. Danilo Cabral ficou com 11%.
Já entre os entrevistados que moram na periferia, Marília tem 28%; Anderson, 19% e Raquel, 11%. No interior, a candidata do Solidariedade alcança 31%. Os dois ex-prefeitos de Caruaru e Petrolina empatam em segundo lugar, com 15% cada um.
segunda-feira, 15 de agosto de 2022
Bolsonaro (PL) tem um teto, um limite para crescer dentro do universo das pesquisas que mostram ele subindo e se aproximando de Lula (PT) desde que o Auxílio Brasil turbinado começou a ser pago, incluindo benefícios para taxistas e caminhoneiros.
A redução no preço da gasolina também teve impactos, por mais que tudo seja passageiro, fato é que isso aliviou a pressão sobre os números da campanha que busca reeleição.
A sustentação disso? Talvez saibamos esta semana.
O instituto Datafolha registrou nova pesquisa e já deve divulgar os resultados na próxima quinta-feira (18).
As entrevistas estão sendo feitas a partir de hoje (15) e a meta é ouvir mais de 5,7 mil eleitores.
Número bem elevado, perto de levantamentos registrados com no máximo 2 mil pessoas e alguns por telefone que estão sendo mostrados nos últimos dias.
segunda-feira, 15 de agosto de 2022
A partir desta terça-feira a campanha eleitoral começa de forma oficial. Depois de esgotado o prazo para o registro dos candidatos, os postulantes a vaga nos poderes Executivo e Legislativo terão permissões e vedações impostas pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Comícios, carros com alto-falantes, distribuição de panfletos, anúncios em jornais e propaganda eleitoral, inclusive na internet, serão mais comuns no dia a dia do eleitor, respeitando regras e prazos. Ainda não será o início da propaganda eleitoral obrigatória, prevista para o dia 26 de agosto, mas o tom da campanha e os rostos de quem concorre estarão em evidência em diversas mídias.
Já presente no período de pré-campanha, uma das novidades das eleições deste ano é permissão do impulsionamento de conteúdo na internet. A lei eleitoral proíbe, no entanto, o seu disparo em massa por meio de aplicativos de mensagem instantânea, como o Whatsapp e o Telegram, nem mesmo por meio de telemarketing. Além disso, não pode haver pedido explícito de votos e apenas as empresas cadastradas na Justiça Eleitoral poderão realizar o impulsionamento, uma vez que é necessário identificar quem contratou os serviços, o que pode ser feito exclusivamente por partidos, federações, coligações, candidatas, candidatos ou seus representantes legais. Outros tipos de veiculações de propagandas pagas no ambiente virtual estão proibidos. Entre eles, a contratação de pessoas físicas ou jurídicas para divulgar peças político-eleitorais em seus perfis, páginas, canais, redes sociais ou seus sites próprios.
Desinformação
Em época de fake news, onde a desinformação é uma preocupação latente, a veiculação de propaganda que degrade ou ridicularize candidatas e candidatos é proibida. Um acréscimo dado pela resolução que rege a questão em 2022 é que passou também a ser proibida a divulgação ou compartilhamento de fatos sabidamente inverídicos ou gravemente descontextualizados, que atinjam a integridade do processo eleitoral. Mentiras espalhadas intencionalmente para prejudicar os processos de votação, de apuração e totalização de votos poderão ser punidos com base em responsabilidade penal, abuso de poder e uso indevido dos meios de comunicação. Também está vedada a divulgação de material que ofereça, prometa ou solicite valores financeiros ou vantagens de qualquer natureza.
Preconceito e animosidade
Caluniar, difamar ou injuriar qualquer pessoa, assim como órgãos ou entidades que exerçam autoridade pública, ou depreciar a pessoa pelo sexo, cor, raça ou etnia é proibido nas peças de campanha. A propaganda eleitoral também não pode acirrar os ânimos entre as Forças Armadas, da população contra elas, ou delas contra as instituições civis.
Comícios e alto-falantes
Comícios com aparelhagem de som fixa também estão permitidos, mas a data limite é o dia 29 de setembro, entre as 8h e as 24h. A lei prevê que o horário pode ser prorrogado por mais duas horas quando se tratar de comício de encerramento de campanha. Os showmícios seguem proibidos. Alto-falantes ou amplificadores são permitidos de desta terça-feira até a véspera da eleição, dia 1º de outubro, entre 8h e 22h, respeitando a distância mínima de 200 metros das sedes dos Poderes Executivo e Legislativo da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos Tribunais Judiciais, e dos quartéis e outros estabelecimentos militares; de hospitais e casas de saúde; e de escolas, bibliotecas públicas, igrejas e teatros, quando em funcionamento.
Material gráfico e visual
Até as 22h da véspera da eleição, que ocorre no dia 2 de outubro, a distribuição de material gráfico, caminhada, carreata ou passeata, acompanhadas ou não por carro de som estão liberadas. A divulgação de anúncios pagos em jornais impressos e revistas, bem como a reprodução na internet destas mídias, limitados a até dez por veículo em datas diversas para cada candidata ou candidato, poderá ser feito até o dia 30 de setembro. Não é permitida a propaganda em outdoors, luminosos ou similares. Em veículos, é permitido aplicar somente adesivos ‘microperfurados’ até a extensão total do para-brisa traseiro ou, em outros pontos do veículo, adesivos que não excedam meio metro quadrado.
Atos governamentais
Aqueles candidatos que buscam a reeleição não poderão se valer da divulgação de veículos oficiais relacionados a seus cargos. A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter caráter educativo, informativo ou de orientação social, como já vem acontecendo no período da pré-campanha. Nomes, símbolos ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou de servidores públicos não podem ter nomes divulgados de forma que configurem abuso de autoridade. Se o responsável pela publicação irregular for o candidato, o registro de sua candidatura pode ser cancelado.
segunda-feira, 15 de agosto de 2022
A largada da campanha eleitoral será dada oficialmente na terça-feira. Candidatos poderão pedir votos de forma explícita, divulgar o número usado nas urnas e distribuir panfletos aos eleitores. O período eleitoral se estenderá até 2 de outubro e 30 do mesmo mês, caso haja segundo turno. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o prazo para registro das candidaturas, planos de governo e declarações de patrimônio se encerra nesta segunda.
Até o momento, 12 chapas já foram lançadas para disputar a presidência e a vice-presidência da República, confirmadas nas convenções nacionais de seus partidos. Até o fim da tarde deste sábado, 11 foram registradas no TSE, incluindo os planos de governo.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva lidera, até o momento, as pesquisas de intenção de voto. A chapa é composta também pelo ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin, adversário histórico do petista. A aliança significa a junção de propostas tanto do PT quanto do PSB, e foi redigida em 21 páginas. A coligação também comporta PV, PCdoB, PSol, Rede, Solidariedade, Avante e Agir, reunindo o maior tempo de propaganda gratuita no rádio e na televisão: 3 minutos e 26 segundos.
A campanha Lula-Alckmin tem se preparado para um possível governo que “escute o povo”. Foi criada ainda no início da campanha um sistema para que haja colaboração e sugestões on-line sobre as propostas, a Plataforma Popular. Entre as principais metas citadas no documento foi descrita a nova legislação trabalhista, que terá como enfoque os autônomos e, segundo o documento, “extensa proteção social.”
Outro tema defendido no programa de governo são novas políticas de segurança pública, um dos pontos mais esperados pela oposição. Segundo a proposta apresentada ao TSE, será implementada uma maior assistência aos usuários de drogas e haverá uma “substituição do atual modelo bélico”.
A dupla tem ainda como objetivo reduzir a zero o desmatamento da Amazônia. “Combateremos o crime ambiental promovido por milícias, grileiros, madeireiros e qualquer organização econômica que aja ao arrepio da lei”, segundo trecho da proposta. O programa foi produzido por representantes de sete partidos, coordenados pelo ex-ministro Aloizio Mercadante.
O presidente Jair Bolsonaro busca a reeleição com o general Walter Braga Netto ao seu lado, ex-ministro da Defesa. Além do PL, partido dos dois, a composição é apoiada ainda pelo Progressistas e pelo Republicanos, tendo um total de 2 minutos e 40 segundos de propaganda gratuita, o segundo maior, atrás de Lula.
Bolsonaro tenta um novo mandato com um histórico negativo na economia, aumento da fome e com as consequências da crise sanitária causada pela covid-19. Ele também enfrenta um grande índice de desaprovação do governo. Porém, algumas apostas para reverter a atuação já mostraram efeitos nas pesquisas. Após aprovação da PEC Kamikaze, que aumentou o valor do Auxílio Brasil para R$ 600, reajustou o vale-gás e criou benefícios para taxistas e caminhoneiros, o presidente diminuiu a distância de Lula nas pesquisas.
Segundo pesquisa BTG/FSB divulgada em 8 de agosto, a diferença entre os dois caiu de 13 para sete pontos percentuais entre julho e agosto, o menor desde o início do levantamento, em março. A redução do ICMS sobre combustíveis também foi outra medida eleitoreira de Bolsonaro para tentar conter o aumento nos preços e a inflação.
O plano de governo para a reeleição contempla, em sua maioria, a manutenção das pautas defendidas por Bolsonaro desde 2018. Segundo o documento de 48 páginas, a manutenção do auxílio de R$ 600 será “um dos compromissos prioritários do governo reeleito”. O benefício, a princípio, tem validade apenas até 31 de dezembro deste ano. O presidente também promete realizar uma reforma tributária, isentando os trabalhadores que recebem até cinco salários mínimos (R$ 6.060 atualmente) do Imposto de Renda. O programa diz ainda que “serão preservados e ampliados o direito fundamental à legítima defesa e à liberdade individual, especialmente quanto ao fortalecimento dos institutos legais que assegurem o acesso à arma de fogo aos cidadãos”.
A campanha de Bolsonaro contém ainda ataques ao sistema eleitoral e às urnas eletrônicas. O presidente tenta deslegitimar o resultado das eleições caso perca, aos moldes do que fez o presidente americano Donald Trump em 2020, culminando na tentativa de invasão ao Capitólio. Não é uma estratégia nova, uma vez que em 2018, mesmo tendo ganhado o pleito, alegou fraude nas urnas. As falas antidemocráticas, porém, sofreram fortes críticas por parte dos demais candidatos, parlamentares e entidades da sociedade civil, entre outras. O maior exemplo disso foi o manifesto pela democracia organizado pela Faculdade de Direito da USP, que ultrapassou um milhão de assinaturas na quinta passada.
Terceira via
O terceiro lugar é ocupado pelo ex-governador do Ceará Ciro Gomes. Como vice, em uma chapa puro-sangue, o pedetista tem a vice-prefeita de Salvador, Ana Paulo Matos. O candidato não conseguiu consolidar alianças nacionais com outros partidos, e terá apenas 50 segundos de propaganda gratuita. Na pesquisa Datafolha divulgada em 28 de julho, ele reuniu 8% de intenções de voto, uma distância de 21 pontos percentuais de Jair Bolsonaro.
Ciro se coloca como forte crítico da polarização entre Lula e Bolsonaro, atacando os dois adversários. Segundo ele, ambos defendem o mesmo modelo econômico e político, além de terem histórico de corrupção em seus governos. Como alternativa, em seu programa de governo, o ex-governador defende medidas mais profundas.
Uma de suas bandeiras é também a realização da reforma tributária. O tema, inclusive, é tratado por quase todos os candidatos. A versão de Ciro prevê taxação de fortunas acima de R$ 20 milhões, redução em 20% de subsídios e incentivos fiscais dados pelo governo e a recriação de um imposto sobre lucros e dividendos.
O candidato prevê que, juntas, as medidas podem gerar até R$ 200 bilhões para os cofres públicos. Também estão previstos o fim da paridade de preços internacionais da Petrobras, criação de 5 milhões de vagas de emprego em dois anos e acabar com o foro privilegiado, com exceção dos chefes dos Poderes.
A senadora Simone Tebet (MDB-MS) representa o autointitulado “centro democrático”, ao lado da também senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP). A candidatura é apoiada pelo Podemos e pelo Cidadania, costurando o terceiro maior tempo de televisão: 2 minutos e 16 segundos. Tebet foi escolhida candidata por sua baixa rejeição e potencial de crescimento durante a campanha eleitoral, em detrimento do ex-governador tucano João Doria — que saiu da vida pública logo após a indicação da senadora.
Até o fechamento desta reportagem, a chapa ainda não havia protocolado seu plano de governo junto ao TSE. Em seus discursos, Tebet defende medidas econômicas para reduzir o desemprego, acabar com a fome, a realização de uma reforma tributária nos seis primeiros meses de governo e um foco na economia verde, especialmente na área do agronegócio. Não há ainda detalhamento sobre como as medidas serão implementadas.
Demais concorrentes
Os demais candidatos pontuam menos de 1% nas pesquisas. Soraya Thronicke (União) foi escolhida como candidata do União Brasil após a saída do presidente da legenda, Luciano Bivar, do páreo. Ao lado de Marcos Cintra, a chapa defende principalmente uma reforma tributária com criação de imposto único, e tem parcela considerável do tempo de televisão: 2 minutos e sete segundos, por representar o maior partido do país.
Ainda pendente por batalha judicial em seu partido, o Pros, o coach e influencer Pablo Marçal já registrou a chapa com Fátima Pérola Neggra. Tem como proposta de governo “40 anos em 4”, defendendo que cada brasileiro tem “a missão de governar a si próprio”.
Outro político que tem se apresentado para a candidatura a fim de compor a direita brasileira é Felipe D’Avila e Tiago Mitraud , ambos do Partido Novo. A chapa tem como principais pautas a economia neoliberlal e uma direita menos conservadora nos costumes. No campo da esquerda, Sofia Manzano e Antonio Alves, do PCB, trazem “um programa anticapitalista e anti-imperialista para o Brasil”. Vera Lúcia e Raquel Tremembé (PSTU), por sua vez, defendem uma proposta pela “independência de classe” e atacar propriedades das grandes empresas para defender os trabalhadores. Léo Péricles, do UP, tem como vice Samara Martins, do mesmo partido. Ambos defendem o fortalecimento do Estado como um caminho para a redução do capital privado. Estes terão como principais atitudes a revogação do teto de gastos, a reforma trabalhista e a reforma da previdência. A chapa José Maria Eymael/João Barbosa Bravo (DC) ainda não foi registrada.
As chapas
Veja as 11 candidaturas presidenciais registradas até o fim da tarde deste sábado
Ciro Gomes (PDT); vice: Ana Paulo Matos (PDT)
Felipe D’Avila (Novo); vice: Tiago Mitraud (Novo)
Jair Bolsonaro (PL); vice: Walter Braga Netto (PL)
Léo Péricles (UP); vice: Samara Martins (UP)
Luiz Inácio Lula da Silva (PT); vice: Geraldo Alckmin (PSB)
Pablo Marçal (Pros); vice: Fátima Pérola Neggra (Pros)
Roberto Jefferson (PTB); vice: Kelmon Luís da Silva Souza (PTB)
Simone Tebet (MDB); vice: Mara Gabrilli (PSDB)
Sofia Manzano (PCB); vice: Antonio Alves (PCB)
Soraya Thronicke (União); vice: Marcos Cintra (União)
Vera Lúcia (PSTU); vice: Raquel Tremembé (PSTU)
NÚMERO
49
Quantidade de dias que faltam até o primeiro turno das eleições, marcado para 2 de outubro
sexta-feira, 12 de agosto de 2022
Levantamento do agregador JC/ODDSPOINTER divulgado nesta quinta-feira (11) mostra que a deputada federal Marília Arraes (Solidariedade), candidata a governadora de Pernambuco, é a principal cotada para chegar ao segundo turno do pleito em primeiro lugar.
A análise da plataforma aponta, ainda, forte acirramento pela segunda colocação na fase final do pleito, com a vaga sendo disputada por Raquel Lyra (25%), Miguel Coelho (24%) e Anderson Ferreira (21%).
“Marília Arraes é a favorita para passar para o segundo turno em primeiro lugar, com 42% das probabilidades, e na sequência a gente tem, praticamente empatados, Raquel, Miguel e Anderson, com probabilidades em torno de 20% de avançar ao segundo turno em segundo lugar”, comenta Vinícius Silva Alves, doutor em ciência política e diretor de dados e métodos do OddsPointer.
O agregador JC/ODDSPOINTER utiliza os dados de pesquisas de intenção de voto de cerca de 15 institutos, como Datafolha, Ipespe e Vox Populi para chegar a estes números.
Para evitar distorções, o agregador considera as peculiaridades de cada levantamento, que podem ter tamanhos de amostras diferentes, coleta de dados presenciais, por telefone ou online, entre outras particularidades.
quarta-feira, 10 de agosto de 2022
A pesquisa eleitoral Potencial, divulgada nessa terça-feira (9), trouxe as intenções de voto do eleitorado pernambucano para o Governo, Senado e presidência da República.
Na disputa para presidente, segundo os eleitores pernambucanos, Lula (PT) lidera com 50,1% das intenções de voto.
O presidente Jair Bolsonaro (PL) aparece na segunda colocação, com 27,7% dos votos válidos.
Em terceiro lugar está Ciro Gomes (PDT), que alcançou 3,5%. O candidato é seguido por Simone Tebet (MDB), que tem 1,1% das intenções de voto em Pernambuco.
CONFIRA INTENÇÕES DE VOTO PARA A PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA, SEGUNDO OS ELEITORES PERNAMBUCANOS
- Lula (PT): 50,1%
- Bolsonaro (PL): 27,1%
- Ciro Gomes (PDT): 3,5%
- Simone Tebet (MDB): 1,1%
- NS/NR: 11,4%
- B/N: 5,2%
SOBRE A PESQUISA ELEITORAL POTENCIAL
A pesquisa eleitoral foi realizada por meio de mil entrevistas por telefone, que aconteceram entre os dias 4 e 8 de agosto.
O nível de confiança é de 95% para uma margem de erro de 3,1 pontos percentuais.
terça-feira, 09 de agosto de 2022
segunda-feira, 08 de agosto de 2022
Nem um único levantamento eleitoral conseguiu prever o resultado do primeiro turno das eleições presidenciais de 2018.
O Ibope, por exemplo, divulgado na noite de 6 de outubro, véspera da eleição, errou por dez pontos: apontava Bolsonaro com 36% dos votos. O Ibope acabou fechando as portas meses depois.
Todas as 97 pesquisas sobre o primeiro turno da eleição de 2018 erraram o resultado da eleição. Alegaram “retrato do momento”, claro.
O Datafolha também divulgou pesquisa com 19 mil eleitores na véspera em 2018. Errou a votação do vencedor de Bolsonaro por dez pontos.
Na pesquisa XP/Ipespe de 10 de agosto de 2018, Bolsonaro tinha 19% contra Lula ou 23% contra Fernando Haddad. Entrou para o anedotário. O levantamento que chegou mais próximo do resultado de Bolsonaro nas urnas foi do instituto Veritá: 41,5%. Mas cravou Haddad com 19%.
Média semanal aponta Lula com 41,5% a 34,6%
Após novos levantamentos eleitorais estaduais divulgados na última semana, o petista Lula soma 41,5% das intenções de votos, contra 34,6% do presidente Jair Bolsonaro (PL). É a menor diferença entre os dois principais candidatos a presidente desde o início do estudo, há sete semanas. Lula perdeu 2,6 pontos e Bolsonaro ganhou outros dois pontos na média ponderada da Potencial Inteligência realizada para o Diário do Poder, consolidando números de 25 pesquisas estaduais.
Ciro encolhe
O candidato do PDT Ciro Gomes teve o pior resultado desde o início da a Análise Potencial de Intenção de Voto (Apiv): 6,3%.
Tebet no Z4
A senadora Simone Tebet, candidata do MDB, continua no último lugar, na média, e também está no menor nível desde junho: 1,4%.
segunda-feira, 08 de agosto de 2022
O mineiro Henrico Barboza, de 19 anos, vai votar pela primeira vez para presidente nas eleições de outubro deste ano.
Natural de Juiz de Fora e estudando para o vestibular, Henrico diz que já está decidido há algum tempo.
“Vou votar no ex-presidente Lula porque acredito no plano de governo dele em prol da democracia, do diálogo e do respeito pelas divergências”, diz o jovem que, além da simpatia pelo programa de Lula, é motivado por uma visão negativa do governo do atual mandatário e aspirante à reeleição, Jair Bolsonaro (PL).
“Além de provocar uma grave crise política e econômica em nosso país, o atual presidente causou uma grande crise institucional brigando com os poderes da República e contestando a urna eletrônica”, diz ele, que é de uma família católica que está dividida entre apoiadores do ex-presidente e eleitores de Jair Bolsonaro.
Conterrânea de Henrico, Julia Braga é natural de Formiga, no interior de Minas Gerais, e também votará pela primeira vez em 2022. Mas a jovem de 19 anos se define como parte de um estrato político totalmente oposto.
“Para mim, para que o Brasil chegue na mudança que tanto almejamos, mais quatro anos de governo do presidente Bolsonaro seriam essenciais”, diz a estudante de Medicina Veterinária.
“A liberdade, no contexto mais amplo da palavra, é uma das políticas defendidas por ele que mais me agrada, assim como os valores voltados à família, à fé e a defesa do direito de propriedade, do porte de armas e da criminalização do aborto”, afirma.
sexta-feira, 05 de agosto de 2022
Os partidos políticos e as federações partidárias têm até esta sexta-feira (5) para realizar suas convenções e escolher os candidatos e candidatas que disputarão um cargo eletivo nas eleições deste ano, bem como para decidir sobre a formação de coligações.
Este ano, as 34 legendas políticas registradas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) foram liberadas para realizar suas reuniões nacionais a partir de 20 de julho. Conforme estabelece o Calendário das Eleições 2022, após definir os nomes que disputarão a um cargo, os partidos, federações e coligações terão até o dia 15 de agosto para solicitarem o registro das candidaturas. No caso de federações partidárias, a convenção deve ocorrer de forma unificada, com a participação de todos os partidos integrantes.
Até a manhã desta quinta-feira (4), apenas quatro candidatos à Presidência da República tinham registrado suas candidaturas no TSE: Felipe D´Avila (Novo); Léo Péricles (Unidade Popular-UP); Pablo Marçal (Partido Republicano da Ordem Social-Pros) e Sofia Manzano (Partido Comunista Brasileiro-PCB). Seus vices são, respectivamente: Tiago Mitraud; Samara Martins; Fátima Pérola Neggra e Antonio Alves.
Mais de 156,45 milhões de eleitores e eleitoras estão aptos a votar no próximo dia 2 de outubro, quando os brasileiros começarão a escolher o próximo presidente da República, além dos futuros governadores, senadores e deputados federais, estaduais e distritais. A possibilidade de coligações entre partidos só se aplica à disputa pelos chamados cargos majoritários (ou seja, aqueles em que fica com a vaga o candidato que tiver mais votos, caso da escolha para presidente, governador, prefeito e senador), não valendo para as eleições proporcionais (deputados).
Propaganda eleitoral
A propaganda eleitoral somente será permitida a partir do dia 16 de agosto. Consequentemente, já a partir do próximo sábado (6), as emissoras de rádio e de televisão estarão proibidas de fazer proselitismo político, não podendo dispensar tratamento privilegiado a qualquer candidato ou partido.
As emissoras de rádio e tv também não poderão transmitir, mesmo que sob a forma de material jornalístico, entrevistas sobre intenção de voto que permitam a identificação dos eleitores. E também não poderão divulgar nomes de programas associados a candidaturas ou mesmo atrações com “alusão ou crítica a candidata, candidato, partido político, federação ou coligação, mesmo que dissimuladamente, exceto programas jornalísticos ou debates políticos”.
Em nota divulgada ontem (3), o TSE destacou que o Código Eleitoral veda propagandas alusivas a “processos violentos para subverter o regime, a ordem política e social ou de preconceitos de raça ou de classes; bem como que provoquem animosidade entre as Forças Armadas ou contra elas, ou delas contra as classes e instituições civis; incitamento de atentado contra pessoa ou bens; instigação à desobediência coletiva ao cumprimento da lei de ordem pública e que implique oferecimento, promessa ou solicitação de dinheiro, dádiva, rifa, sorteio ou vantagem de qualquer natureza”.
quinta-feira, 04 de agosto de 2022
Nova decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), proferida ao final dessa quarta (3), devolve a presidência nacional do Partido Republicano da Ordem Social (PROS) a Marcus Holanda. Dessa forma, Eurípedes Júnior é afastado novamente do cargo.
Foi justamente o fundador do partido quem articulou apoio a Lula (PT) já no primeiro turno, numa costura amarrada em São Paulo. Lá, Eurípedes se reuniu nesta semana com Geraldo Alckmin (PSB), vice na chapa do petista, para fechar o apoio.
Em Pernambuco, a mudança também afeta a corrida pelo Governo do Estado. A decisão do último dia 31 foi positiva para Marília Arraes (SD), que já contava novamente com o PROS no seu palanque. Com a volta de Marcus Holanda, o entendimento se desfaz.
Cá, foi Sebastião Oliveira (Avante), vice da candidata ao Governo de Pernambuco, quem articulou a volta do partido ao palanque de Marília. Ainda em maio, o PROS foi uma das primeiras legendas a firmar aliança com Arraes.
Em julho, o PSB usou a máquina para manter o partido, junto com o PP de Eduardo da Fonte, na Frente Popular. Com o retorno de Eurípedes, aliados de Marília Arraes já celebravam a volta do PROS ao palanque oposicionista.