domingo, 11 de dezembro de 2022
Fica bastante claro que não existe mais grupo de oposição em Calçado, dado a debandada de políticos e candidatos ao grupo do gestor, daí se alguém perguntar por quê a Oposição não consegue ganhar eleição em Calçado a resposta é bastante óbvia, o grupo de Oposição nunca teve um projeto municipal, nunca teve um projeto de campanha, aliás, nunca se teve um grupo, o que se tinha eram pessoas individualistas com projetos e interesses pessoais, revelando que nunca foi pelo povo e/ou para o povo, o Eu sempre está em primeiro lugar, uma prova disso é que na primeira oportunidade fazem seus acordos e deixam o povo de lado.
Sabemos que o transito de “eleitores” que mudam de lado é coisa normal, o vai e vem para lá e para cá é coisa corriqueira e não há nenhum mal nisso, mas quando se trata da figura política já não é a mesma coisa, não vemos como algo normal, até porque em caráter político todos sabemos que para que isso aconteça, nos bastidores existiu uma negociação.
Se existirá “Um Grupo” este partirá do próprio grupo de Situação, mas este é um outro assunto que não vamos tratar agora.
O que é inegável para quem acompanha a política em Calçado é que sempre vai existir oposição, com ou/sem grupo, sempre terá pessoas que discordam da maneira soberba, arrogante, enganadora e manipuladora com que o ex e o atual gestor administra a cidade.
Por falar no atual, este blog fez uma leitura breve do perfil do Prefeito Nogueira nesses quase seis anos de gestão e, uma de suas marcas é o poder de persuasão, fica claro como consegue manipular “pessoas” (manipuláveis) o que por um lado não é ruim para uma pessoa política, o ruim mesmo é que você não consegue manter as máscaras por muito tempo, porquê para persuadir e manipular pessoas você é obrigado de certa forma a mentir e prometer e um dos defeitos do gestor é justamente não cumprir o que promete. Uma outra marca (estratégia) que ele usa e que muitos já se deram conta é o da desmoralização política, você deve ter percebido que todos que pularam de Barco e tem sua Foto publicada ao lado do mandatário municipal, não conseguem mais uma vida política ativa, passam a ser agentes passivos, uma espécie de “pau mandado”, sem nenhuma credibilidade com o eleitorado municipal.
Parece que nem só de palavra vive o político né verdade? Ele tem que ser exemplo também.
Mas voltando as premissas da matéria, o fato é que a população de Calçado, agreste de Pernambuco, ficou surpresa na última sexta-feira (09) quando começou a circular a foto com a notícia de que o Vereador Dogival Antônio (Doge da Miné) teria mudado de lado. Doge que sempre foi oposição aos governos do ex-prefeito Zé Elias e durante este mandato e meio de Nogueira, agora faz parte da bancada do Prefeito Nogueira.
A informação da mudança de lado não demorou muito para ser confirmada, os eleitores do vereador e da oposição calçadense ficaram incrédulos com a veracidade dos fatos, isso porque recentemente o Vereador Doge gravou um vídeo negando sua ida para a situação, ao lado do ex-candidato a vereador Gilson de Bola, Doge fez questão de negar que tinha se passado, dizendo que “era um homem de palavra e que honrava as calças que veste.”
Doge sempre que usava a tribuna da Câmara vazia muitas críticas ao executivo municipal, muitas vezes ele usou o termo “vergonhoso” para demonstrar sua indignação com a administração municipal. A cada reunião na casa legislativa Ele sempre trazia os problemas do município e cobrava dos companheiros mais empenho para que os colegas governistas cobrassem do Prefeito, para que o mesmo resolvesse esses problemas, como por exemplo a passagem molhada do sítio Umbuzeiro.
Recentemente o vereador denunciou tanto na Câmara como em suas redes sociais um suposto esquema Privilegiado de Gratificações, onde segundo relatório obtido por Doge no portal da transparência de Calçado o Prefeito concedia para algumas pessoas gratificações de 100% em cima dos seus vencimentos, tinha até funcionário que recebia esse tipo de gratificação sem sequer dar expediente.
O Vereador também foi contra o projeto referente ao reajuste salarial dos professores, projeto que não deu o reajuste dos 35% do piso garantidos pelo Governo Federal à educação, o prefeito encaminhou à Câmara uma proposta que foi visto por muitos como uma covardia com a classe dos professores.
Mas se tem uma frase que faz todo sentido nesse contexto é que cada um tem o governo que merece, o povo gosta na verdade gosta é de sofrer, basta olhar a votação dos candidatos do Prefeito nas eleições ocorridas este ano.
Como este Blog disse na publicação em referência a pulada de lado do também Vereador Nobinho, o Blog volta a dizer: é um caminho perigoso para um político, quando este faz parte da oposição e muda de lado sem ao menos um motivo coerente, fazemos a ressalva de que quase todos que escolheram este caminho se deram mal nas campanhas seguintes, quase todos não conseguiram se reeleger.
A pergunta que não quer calar é a seguinte: Será que o Prefeito se redimiu dos seus erros como prefeito, pediu perdão e por esta razão o vereador resolveu ser um de seus seguidores?
ou o vereador reconheceu que ele era quem estava errado todo esse tempo em criticar a gestão do Prefeito, e para se redimir irá apoia-lo a partir de agora?
Vamos aguardar as cenas do próximo capítulo.
domingo, 11 de dezembro de 2022
O deputado estadual Álvaro Porto (PSDB) recebeu esta semana deputados da atual legislatura e nomes eleitos e reeleitos para a próximo quadriênio na Alepe, em confraternização de fim de ano promovida no Fiordes Buffet, na Rua da Aurora.
O evento reuniu, indistintamente, representantes de diferentes colorações partidárias e serviu para fortalecer antigas parcerias e estabelecer novas relações que serão intensificadas com o início do novo mandato, em fevereiro do próximo ano.
“Convidamos todos os integrantes da legislatura atual, assim como os que estão chegando ou retornando à Assembleia, com o intuito de promover encontros, marcar a etapa que se encerra e celebrar o novo ciclo de trabalho que se aproxima. A ideia era exatamente possibilitar a confraternização dos deputados e deputadas e seus familiares e vemos que o nosso propósito foi alcançado”, avaliou Porto.
Estiveram também no evento o ex-senador Armando Monteiro, o deputado federal Daniel Coelho, o conselheiro do Tribunal de Contas de Pernambuco Carlos Porto, a prefeita de Canhotinho, Sandra Paes, o prefeito de Quipapá, Alvinho Porto, e os ex-deputados Raimundo Pimentel (atual prefeito de Araripina), Odaci Amorim, Eduardo Porto e Zé Maurício.
Álvaro Porto é um dos nomes cotados para ser o próximo presidente da Assembleia Legislativa.
Parlamentar, que se reelegeu para o seu terceiro mandato, foi um dos apoiadores da candidatura de Raquel Lyra de primeira hora.
domingo, 11 de dezembro de 2022
sexta-feira, 09 de dezembro de 2022
O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) anunciou, nesta sexta-feira (9), os primeiros escolhidos para comandar ministérios de seu novo mandato.
O anúncio foi feito em coletiva de imprensa no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), sede do governo de transição, em Brasília, uma hora antes do jogo do Brasil.
Segundo Lula, alguns nomes foram antecipados para que possam montar as equipes. “Preciso que algumas pessoas comecem a trabalhar para montar a estrutura do governo e para que o governo comece a funcionar”, disse.
Os ministros de Lula:
Casa Civil: Rui Costa, governador da Bahia até dezembro.
Fazenda: Fernando Haddad, ex-ministro da Educação e ex-prefeito de São Paulo
Defesa: José Múcio Monteiro, ex-ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) e ex-ministro de Relações Institucionais
Justiça: Flávio Dino, senador eleito pelo Maranhão e ex-governador do estado.
Relações Exteriores: Mauro Vieira, ex-chanceler e embaixador do Brasil na Croácia
Os demais ministros serão anunciados na próxima semana, após a cerimônia de diplomação de Lula e do vice-presidente eleito Geraldo Alckmin.
Originalmente, a equipe do futuro governo só seria anunciada após a diplomação, mas Lula decidiu antecipar alguns nomes após a aprovação no Senado da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição.
Após anunciar os nomes, Lula falou sobre o fato de todos os ministros, até agora, serem homens e prometeu mais diversidade na apresentação dos próximos cargos, a partir da semana que vem. “Vai chegar uma hora em que vocês vão ver mais mulheres do que homens e muitos afrodescendentes”, declarou
Transição
O adiantamento dos nomes pretende desfazer impasses no Ministério da Defesa e agilizar as negociações na tramitação da PEC da Transição na Câmara dos Deputados. Na semana passada, Lula disse que estava com “80% do ministério na cabeça”, mas informou que a montagem definitiva da equipe dependia de negociações.
Agência Brasil
sexta-feira, 09 de dezembro de 2022
Está explicada a aprovação fácil no Senado, em tempo recorde, da PEC Fura-Teto, “vendida” pelo governo eleito do petista Lula como a única maneira de combater a suposta crise de “fome no país”, mantendo os R$600 do Auxílio Brasil. O custo do seu Bolsa Família petista (R$70 bilhões), no entanto, é menor que os R$75 bilhões aprovados para uso dos parlamentares inclusive no “orçamento secreto”, emendas do relator.
Na campanha, Simone Tebet (MDB) disse que o “orçamento secreto” para 2023 seria de R$ 19,4 bilhões. Só ontem aprovou R$75 bilhões.
Dinheiro na veia
A PEC também prevê que parte dos R$75 bilhões poderá ser gasta por meio de emendas parlamentares, que são impositivas.
Escândalo fake
A PEC não discrimina gastos, como no “orçamento secreto”, chamado pelos jornalões de “maior corrupção do planeta”. Esqueceram o petrolão.
Tudo para apressar
Assim como a PEC Emergencial de Bolsonaro, a PEC Fura-Teto de Lula se juntou a outra PEC na Câmara, que está em análise mais avançada.
Escolha de Vieira derrota lobby de Amorim por Laurinha
Caso se confirme o nome de Mauro Vieira para comandar o Itamaraty, será uma derrota para o ex-chanceler Celso Amorim, que fez força pela embaixadora Maria Laura da Rocha. Amorim verificou que não agrada à equipe de transição o seu pretendido retorno à chefia do Ministério das Relações Exteriores, e tentou viabilizar a escolha de uma diplomata conhecida por lhe prestar obediência: a embaixadora “Laurinha”.
Velha conhecida
Maria Laura foi chefe de gabinete de Celso Amorim entre 2008 e 2010, quando ele era chanceler durante o governo Lula.
Bem conectado
Mauro Vieira foi chanceler de Dilma e depois se aproximou do senador Davi Alcolumbre, que lutou para mantê-lo na ONU, em Nova York.
Encantador de autoridades
Vieira é chamado no serpentário de ‘guarda-chuvas mais rápido do Itamaraty’, referência à habilidade do diplomata de encantar autoridades.
Inteligência
A inteligência da Polícia Militar do DF captou movimentos de possível grande manifestação em Brasília neste sábado (10). São manifestantes pró-Bolsonaro contra a diplomação de Lula, na segunda (12).
Pra ontem
Com a inquietude do mercado e para acalmar militares, Lula resolveu antecipar nomes de ministros para esta sexta-feira (9). O planejamento inicial era revelar os nomes só na terça-feira (13), após a diplomação.
Ruim para o mercado
A predefinição do ministério do ‘Lula III’ e a aprovação da PEC Fura-Teto fizeram a Bolsa de Valores cair e fechar no menor patamar desde agosto. Apenas este mês, a queda no índice Ibovespa já superou 4,6%.
Fogo amigo
Petistas que fritam Simone Tebet (MDB-MS) e não querem a senadora no Ministério da Cidadania, levaram ao presidente eleito Lula o nome de Tereza Campello para comandar a pasta, em 2023.
Verbete fake
Até o verbete do partido Peru Livre, de Pedro Castillo, no Wikipédia em português, foi alterado para dizer que o partido é supostamente “conservador”. Em inglês continua “partido político marxista do Peru”.
Invenção
Maldosamente plantam que o ministro Paulo Guedes (Economia) recusa a Secretaria da Fazenda de São Paulo achando o cargo “menor” que o atual. Nada disso, ele quer descansar e cuidar dos próprios negócios.
Reserva
O suplente Fernando Dueire (MDB) tomou posse e assumiu a vaga de Jarbas Vasconcelos (MDB-PE) no Senado. O veterano pediu afastamento do cargo para tratamento de saúde.
Além da margem
sexta-feira, 09 de dezembro de 2022
O novo governo que assume o país em 1º de janeiro começa, hoje, a ganhar rostos e nomes. O presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva anuncia, nesta manhã, no CCBB, integrantes do seu primeiro escalão. Em princípio, serão anunciados o ex-ministro Fernando Haddad para a pasta da Fazenda; o ex-deputado e ex-presidente do Tribunal de Contas da União (TCU) José Múcio Monteiro para a Defesa; o governador da Bahia, Rui Costa, para a chefia da Casa Civil; o ex-governador do Maranhão e senador eleito Flávio Dino para Justiça e Segurança Pública; e o embaixador do Brasil na Croácia, Mauro Vieira, para o Itamaraty.
O presidente também decidiu abrir os nomes dos novos comandantes das Forças Armadas para acalmar a caserna — o oficialato ainda é muito ligado ao presidente Jair Bolsonaro, derrotado nas eleições.
A decisão de iniciar agora a divulgação dos nomes de seu gabinete foi tomada pelo presidente eleito com o objetivo de reduzir a especulação em torno dos escolhidos e permitir que eles já comecem a trabalhar, ainda no âmbito do governo de transição, com a autoridade de quem vai comandar as respectivas pastas, consideradas as mais sensíveis no redesenho da Esplanada dos Ministérios.
“(O presidente eleito) estava querendo deixar (o anúncio) para depois da diplomação, mas acha que tem muita especulação. Então, aquilo que ele já tem certeza, que é certo, já quer começar a divulgar amanhã (hoje)”, disse a presidente do PT e coordenadora política da transição, Gleisi Hoffmann (PT-PR).
A ideia original de Lula era só iniciar esse processo a partir da diplomação pelo Tribunal Superior Eleitoral (STF) no cargo de presidente da República, na segunda-feira.
A escolha de Dino para a Justiça teve como base não só a confiança do presidente eleito, mas os resultados do trabalho que comanda no grupo de transição correlato. O ex-governador do Maranhão coordenou um amplo levantamento sobre a situação das armas nas mãos de civis, por meio dos chamados CACs (colecionadores, atiradores e caçadores), estimulada por Bolsonaro.
Alas do PT e de partidos aliados defendia a divisão do Ministério da Justiça em dois, com a criação da pasta da Segurança Pública. Dino foi contra e emplacou seu ponto de vista para manter a atual estrutura.
Haddad, por sua vez, circula há mais de duas semanas por Brasília como interlocutor de Lula para questões ligadas à economia. Ele tem, nos próximos dias, um dever de casa: definir, com os membros do grupo de economia da transição, o futuro do Ministério do Planejamento. O ex-prefeito defende que a pasta — a ser recriada a partir da cisão do superministério da Economia de Paulo Guedes — não incorpore as áreas de Orçamento e Gestão, que podem ficar no guarda-chuva do novo Ministério da Fazenda. A terceira parte dessa divisão vai virar o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços.
Nordeste
Rui Costa surgiu como nome para ocupar a Casa Civil por sua habilidade política e, também, pelo excelente resultado nas eleições na Bahia, quando fez o sucessor no governo estadual (Jerônimo Monteiro) e ajudou Lula a ganhar de Bolsonaro por ampla maioria: mais de 70% dos eleitores baianos votaram no petista. Ele também será um dos representantes do Nordeste no novo governo, região em que Lula foi amplamente vitorioso em outubro.
Para fechar a primeira lista de “convocados”, está o embaixador Mauro Viana, que foi chanceler no governo de Dilma Rousseff. Ele dirige atualmente a Embaixada do Brasil na Croácia.
Haddad e Rui Costa são do PT. José Múcio e Mauro Viana têm, em seus currículos, passagens pelos governos anteriores de Lula e Dilma. No caso de José Múcio, ele chefiou a Secretaria de Relações Institucionais da Presidência da República, com status de ministério.
Flávio Dino, por sua vez, representa o primeiro nome do PSB do vice eleito Geraldo Alckmin, que pleiteia, pelo menos, mais duas pastas: Cidades e Ciência e Tecnologia.
Sobre a presença majoritária de nomes ligados ao PT nessa primeira lista, Gleisi Hoffmann considera “natural”. “Têm áreas que nós achamos estratégicas e importantes para o partido estar presente. Além de ser do partido, (o escolhido) tem que ser de muita confiança do presidente”, comentou.
Correio Braziliense
quinta-feira, 08 de dezembro de 2022
O Senado aprovou na noite de hoje (7), em dois turnos, a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) chamada de PEC da Transição. Em primeiro turno, o placar foi 64 votos a 16 e, no segundo turno, 64 votos a 13. A matéria vai a Câmara dos Deputados. A proposta visa garantir recursos para programas sociais no Orçamento da União de 2023, como a continuidade do pagamento do Auxílio Brasil de R$ 600 e o aumento real do salário mínimo a partir de janeiro.
A PEC traz uma espécie de expansão do teto de gastos, criado em 2016 no governo Michel Temer. A proposta, de interesse do presidente eleito Lula, é expandir esse teto em R$ 145 milhões para, com esse dinheiro, viabilizar o pagamento do Auxílio Brasil, que voltará a se chamar Bolsa Família em 2023. O teto de gastos foi criado para limitar as despesas do governo, reduzir o gasto público e evitar que esse gasto fosse maior que a arrecadação no ano.
A previsão da PEC é pagar o valor de R$ 600 mensais, mais R$ 150 por criança de até 6 anos a partir de janeiro de 2023. Além disso, a PEC também prevê um valor “extra-teto” para pagamento do auxílio, cifras extras para despesas com programas socioambientais e de combate às mudanças climáticas. O texto foi alinhado ontem (6) na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), quando foi aprovado e de onde seguiu para o plenário da Casa.
Um ponto alvo de debates no plenário foi o prazo de duração da expansão dos gastos. O futuro governo quer dois anos, e assim ficou no relatório do senador Alexandre Silveira (PSD-MG). Outros senadores, ligados ao atual governo ou considerados independentes, pediam um prazo menor, de um ano. O texto seguiu com os dois anos propostos pelo relator.
No seu parecer apresentado em plenário, Silveira incluiu todas as Instituições Científicas, Tecnológicas e de Inovação (ICTs), e não apenas a Fundação Oswaldo Cruz, como estava no relatório aprovado ontem na CCJ. O trecho da proposta prevê que não está incluído no limite do teto de gastos as despesas custeadas com receita própria, doações ou convênios de instituições federais de ensino e ICTs.
O relatório também prevê o alongamento do prazo para os municípios continuarem usando, no ano que vem, os recursos já recebidos do Fundo Nacional de Saúde e pelo Fundo Nacional de Assistência Social diretamente aos fundos de saúde para combate à pandemia de covid-19.
Assim como firmado na CCJ, a PEC prevê que o presidente da República deverá encaminhar ao Congresso Nacional, até 31 de agosto de 2023, uma nova proposta de regime fiscal, chamado de “âncora fiscal”, que, na prática, substituirá o teto de gastos e, segundo a PEC, garantiria a estabilidade econômica do país.
Matéria atualizada às 23h24 para acréscimo de informação.
Agência Brasil
quarta-feira, 07 de dezembro de 2022
A governadora eleita, Raquel Lyra (PSDB), recebe em casa, nesta quarta-feira, os prefeitos dos municípios pernambucanos. Independentemente de partido, os 184 chefes de Executivo foram convidados. O encontro acontecerá no Espaço Renato Machado, PE-95, KM 01, em Caruaru, cidade do Agreste que a futura governadora administrou por seis anos e onde ainda mora com a família. O encontro também terá a presença da vice-governadora eleita, Priscila Krause (Cidadania), coordenadora da equipe de transição.
As futuras gestoras querem dar aos prefeitos o mesmo recado que repassaram à bancada de deputados estaduais (os atuais e os da próxima legislatura) com quem se reuniram no dia 16 de novembro em um hotel em Boa Viagem, na Zona Sul do Recife; e aos deputados federais, com os quais Raquel Lyra conversou em Brasília no começo do mês passado. Vão dizer a eles que desde o dia 31 de outubro, quando já se sabia o resultado do pleito, os palanques foram desmontados. E desejam, principalmente, deixar os caminhos abertos para discutirem projetos e prioridades locais e para o Estado.
Para o presidente da Associação Municipalista de Pernambuco (Amupe), o ex-prefeito de Afogados da Ingazeira e deputado eleito, José Patriota (PSB), a iniciativa “é salutar”. “Ela está sendo coerente com o discurso feito logo após o resultado do segundo turno, quando avisou que a campanha acabou e é hora de trabalhar por Pernambuco”, destacou Patriota, que participou do encontro com os estaduais e estará em Caruaru nesta quarta.
“Ela (Raquel) é uma importante ponte com o Governo Federal, pois há questões decididas em nível nacional que repercutem diretamente nos Estados e também nos municípios”, lembrou, citando como exemplos a redução do percentual do ICMS e o piso nacional da enfermagem. “Esses e outros temas precisam ser discutidos conjuntamente”, enfatizou Patriota.
No balanço logo após o encontro com a bancada estadual, a governadora eleita disse não fazer reunião para tirar retrato. “Nossa ideia é mantermos um diálogo permanente e cumprirmos os compromissos com a população de Pernambuco. Pedir união em torno de um projeto só: o de fazer Pernambuco voltar a crescer, com mais igualdade, sem deixar ninguém para trás”, declarou, no Beach Class Convention Resort, em Boa Viagem, onde aconteceu a reunião.
Na mesma ocasião, Priscila Krause reforçou que o encontro era mais um processo que faz parte da transição. “Estamos abrindo as portas de um governo que se inicia e dizendo que o nosso diálogo se dará de forma permanente”, avisou.
terça-feira, 06 de dezembro de 2022
terça-feira, 06 de dezembro de 2022
terça-feira, 06 de dezembro de 2022
segunda-feira, 05 de dezembro de 2022
Candidato a governador pelo União Brasil, o ex-prefeito de Petrolina, Miguel Coelho, teve papel determinante para a vitória da governadora Raquel Lyra (PSDB) na disputa contra Marília Arraes (SD) durante o segundo turno. O ex-gestor petrolinense não esperou qualquer conversa com a tucana e declarou automaticamente seu apoio.
Até o presente momento não há informação oficial sobre qual papel Miguel Coelho irá desempenhar no governo Lyra, mas o sentimento comum é o de que ele deverá ser secretário. Durante uma entrevista ao Folha Política na semana passada, Miguel afirmou que irá ajudar a governadora eleita independente da função que poderá desempenhar, mas é fundamental que a tucana o acione para o secretariado por diversos fatores, o primeiro é o da competência comprovada do gestor petrolinense, que realizou muitas entregas na sua cidade em pouco mais de cinco anos de gestão. Ele transformou Petrolina num verdadeiro canteiro de obras, além disso Raquel estará emitindo um sinal para a classe política de que sabe valorizar os aliados com atitudes de reciprocidade.
Com cinco deputados estaduais eleitos, o União Brasil tem a terceira maior bancada da Alepe, o que ajudará a tucana na governabilidade a medida que o partido é prestigiado no governo. Dentre as possíveis pastas, se fala em pelo menos três para serem ocupadas por Miguel Coelho, todas estratégicas para o governo e com necessária capacidade de entrega do ocupante que são Desenvolvimento Econômico, Infraestrutura ou Agricultura.
Todas, de alguma maneira, estariam de bom tamanho para o ex-prefeito, pois conhece bem o ramo de atividade de cada pasta. Há quem aposte também em Saúde ou Educação, que seriam igualmente estratégicas, com forte necessidade de entregas, porém com menores chances de avanço, devido a possibilidade de Raquel optar por quadros mais técnicos nestas áreas. O fato é que independente de qual pasta, Raquel estará acertando com a escolha de Miguel Coelho para sua equipe, pois terá um aliado comprometido com o êxito do seu governo e com muita disposição para alcançar os objetivos que foram apontados por ambos na campanha eleitoral.
PL – Após muitas idas e vindas, o PL deverá integrar a base de Raquel Lyra na Alepe. Pelo fato de Anderson Ferreira não ter declarado voto em Raquel no segundo turno, muita gente apostava numa independência do PL, mas as últimas declarações de integrantes do partido sinalizaram para que Raquel terá, pelo menos por enquanto, vida tranquila na Alepe, uma vez que contará com o apoio do União Brasil, do PL, do PP, do PSDB e de parte do PSB.
Expectativa – Outro partido que deverá emplacar ao menos uma secretaria no governo Raquel Lyra é o PP, que elegeu oito deputados estaduais. As opções para a função seriam Kaio Maniçoba ou Roberta Arraes, que seria contemplada em qualquer das duas alternativas, uma vez que ficou na primeira suplência e apoiou a tucana no segundo turno.
Inocente quer saber – Se confirmado na equipe de Raquel Lyra, qual pasta Miguel Coelho irá ocupar?
domingo, 04 de dezembro de 2022
Neste sábado (03), o empresário e novo proprietário do Twitter, Elon Musk relatou em sua conta da rede social que existe a possibilidade da antiga equipe da plataforma ter privilegiado um lado das eleições 2022 no Brasil.
Musk relata que Twitter pode ter privilegiado candidatos de esquerda nas eleições 2022 do Brasil
Segundo Musk, os tweets que vem observando podem indicar que “o pessoal do Twitter tenha dado preferência a candidatos de esquerda“.
Após essa declaração, o dono da Tesla não apresentou nenhuma prova sobre o fato, apenas especulando uma afirmação grave sobre a situação. Musk é conhecido como um grande defensor de uma maior liberdade de expressão e vem aumentando o espaço da extrema direita mundial dentro do Twitter.
Um de seus atos mais marcantes desde a compra do Twitter foi o desbloqueio da conta do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump e de vários líderes políticos vinculados à direita radical, o ato foi comemorado pelo filho 03 do presidente Jair Bolsonaro (PL), o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP).
Visto como defensor de um Twitter mais “livre”, Musk vem demitindo uma forte massa de funcionários da empresa e diminuindo as práticas de moderação de conteúdo, que já tinha criticado publicamente.
Segundo informações do Center for Countering Digital Hate e a Anti-Defamation League, as mensagens de discurso de ódio no Twitter aumentaram desde a entrada de Musk na administração.
domingo, 04 de dezembro de 2022
O mercado tem se mostrado bastante preocupado com a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Transição e seu impacto nas contas públicas e no endividamento do governo, que pode chegar a 90% do Produto Interno Bruto (PIB) antes do fim do novo mandato do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PL).
A peça orçamentária de 2023, enviada pelo Executivo em agosto, é considerada fictícia e fora da realidade por analistas e integrantes do novo governo. O texto prevê rombo de R$ 65,9 bilhões, ou 0,6% do Produto Interno Bruto (PIB), dado que não inclui uma série de despesas já comprometidas para o próximo ano, inclusive, o auxílio de R$ 600. E, com a PEC 32/2022, a tendência é que o rombo fiscal do ano que vem vai piorar se o texto for aprovado como está, podendo ultrapassar os R$ 200 bilhões.
Conforme nota produzida por técnicos da Câmara dos Deputados sobre a PEC 32/2022, o choque nas despesas primárias será de 1,7 ponto percentual em relação ao PIB, “o que levaria o resultado fiscal do próximo exercício para um deficit primário de 2,3% do PIB, ante 0,6% atualmente previsto no Projeto de Lei Orçamentária Anual (Ploa)”.
Com isso, pelas projeções dos técnicos da Câmara, a dívida pública bruta aumentaria em quase 10 pontos percentuais ao longo de quatro anos, passando de 79% do PIB no fim de 2022, para 89,8% do do PIB em 2026. Algumas estimativas do mercado são até mais pessimistas e apontam a dívida pública bruta ultrapassando 100% do PIB, patamar insustentável para países emergentes — cuja média da dívida pública bruta gira em torno de 60% do PIB. E, para piorar, os prêmios de risco sobem, porque os títulos públicos brasileiros não têm grau de investimento desde 2015 e, portanto, são considerados “lixo” entre os credores, na comparação com outros países.
Um dos principais problemas apontados pela PEC é a falta de contrapartida de receitas para fazer frente ao aumento de despesas. Além disso, se o governo quisesse apenas financiar o novo Bolsa Família, para garantir uma renda mínima aos mais pobres, não seria preciso mexer na Constituição.
Uma medida provisória bastaria, criando crédito extraordinário em vez de uma PEC, de acordo com artigo recente dos especialistas em contas públicas Élida Graziane Pinto, procuradora do Ministério Público de Contas do Estado de São Paulo; Leonardo Ribeiro, economista e consultor do Senado Federal; e José Roberto Afonso, economista e professor do Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP).
Vale lembrar que existem R$ 105,7 bilhões previstos para o Auxílio Brasil de R$ 400 em 2023, que já estão inicialmente programados no Ploa do próximo ano e, até agora, a equipe de transição não conseguiu explicar porque precisa tirar esse volume de recursos do teto de gastos para abrir mais espaço para despesas. A nota técnica alerta para o fato de que a PEC 32/2022 abre uma margem de R$ 129,5 bilhões no Orçamento para o próximo governo gastar sem cortar uma única despesa.
Promessas
Luis Otavio de Souza Leal, economista-chefe do Banco Alfa, avalia que, em vez dos R$ 198 bilhões de gastos fora do teto previstos na PEC, algo ao redor de R$ 140 bilhões já seria mais do que suficiente para cumprir com todas as promessas de campanhas do presidente eleito, incluindo o novo Bolsa Família de R$ 600,00, o adicional de R$ 200 no benefício, e o adicional de R$ 150 por criança até seis anos.
Pelas projeções de Leal, o impacto da aprovação dos quase R$ 200 bilhões de gastos extras fora da regra do teto por quatro anos na dívida pública bruta poderá ficar entre 12 e 15 pontos percentuais, e, consequentemente, o custo dos juros da dívida poderia aumentar em mais de R$ 760 bilhões.
“Antes de começar a falar do BCB propriamente dito, devemos discutir uma falácia tantas vezes repetida que acabou tomando ares de verdade: a dívida brasileira não é tão alta na comparação com outros países como os EUA (124% do PIB), a Itália (150% do PIB) ou mesmo o Japão (262% do PIB) e, portanto, não haveria problema elevá-la. Intuitivamente já podemos derrubar esse argumento ao classificar os países por divisões como no futebol. Os três países acima seriam times da Série A, já o Brasil estaria na Série B, portanto, dadas as receitas recebidas, os primeiros teriam uma capacidade de endividamento maior do que os últimos”, destaca Leal em relatório aos clientes.
Segundo ele, “a falácia cai por terra mesmo quando comparamos as taxas de juros que são cobradas das dívidas dos EUA, da Itália e do Japão com a do Brasil”. “Enquanto por aqui as taxas são 10,5%, nos EUA são 2,0%; na Itália, 4,5% e, no Japão, 1,3%. Em termos monetários, o custo dos juros sobre a nossa dívida é de R$ 766,2 bilhões ao ano, mas, se tivéssemos uma taxa americana, seria de R$ 146 bilhões; com uma taxa italiana, seria de R$ 328,4 bilhões e, com uma taxa japonesa, de R$ 95 bilhões”, acrescenta.
Leal também não descarta a volta do risco da dominância fiscal — quando a piora nas contas públicas faz com que a alta dos juros acabe não surtindo efeito na inflação, como ocorreu durante o governo da ex-presidente Dilma Rousseff. O economista Luiz Gonzaga Belluzzo, professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e eterno conselheiro de Lula, por sua vez, minimiza os riscos e demonstra otimismo em relação à confusão em torno da PEC da Transição.
Em artigo recente, ele não poupa críticas ao mercado financeiro. “No Brasil da Transição, esquentou a refrega sobre a relação dívida/PIB. Na visão dos inquisidores da ortodoxia econômica, o risco fiscal está associado a uma trajetória ‘insustentável’ da dívida pública. Insustentável, porque esta vileza vai mortificar os mais jovens e os que ainda não vieram à luz com o aumento da carga de impostos ou, na pior das hipóteses, com um calote devastador na riqueza financeira que frequenta os balanços de bancos, fundos, gestoras de ativos e seus clientes do dinheirão e do dinheirinho”, ironiza Belluzzo, acrescentando que o Estado é quem emite a moeda em circulação. Mas quando o governo emite muita moeda para pagar dívidas, existe um problema que o brasileiro conhece bem: a inflação dispara. Logo, é preciso saber dosar dos dois lados.
Correio Braziliense
sábado, 03 de dezembro de 2022
O Supremo Tribunal Federal (STF) formou maioria, nesta sexta-feira (2/12), para rejeitar a notícia-crime contra o ministro Alexandre de Moraes, protocolada pelo presidente Jair Bolsonaro (PL), pelo suposto abuso de autoridade. Em maio, Dias Toffoli, relator da ação, votou pelo arquivamento do caso e afirmou que os argumentos do chefe do Executivo “não constituem crime e que não há justa causa para o prosseguimento do feito”.
Até o momento, votaram: Ricardo Lewandowski, Edson Fachin, Luiz Fux, Cármen Lúcia, Luís Roberto Barroso e Gilmar Mendes. Alexandre de Moraes se declarou impedido. Ainda faltam votar André Mendonça, Nunes Marques e Rosa Weber — presidente da Corte.
No dia 17 de maio deste ano, Bolsonaro acusou Moraes de cometer “sucessivos ataques à democracia, desrespeito à Constituição e desprezo aos direitos e garantias fundamentais”. Ele ainda alegou que o ministro comete abuso de autoridade por conta da relatoria do inquérito que investiga a existência e atuação das milícias digitais.
Para Toffoli, Moraes não cometeu nenhum crime por ser relator das ações contra o presidente. “Com efeito, não constam da “notícia-crime” nenhum destes elementos, razão pela qual o simples fato de o referido Ministro ser o relator do INQ 4.781/DF não é motivo para se concluir que teria algum interesse específico, tratando-se de regular exercício da jurisdição”, escreveu.
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