segunda-feira, 15 de agosto de 2022

A largada da campanha eleitoral será dada oficialmente na terça-feira. Candidatos poderão pedir votos de forma explícita, divulgar o número usado nas urnas e distribuir panfletos aos eleitores. O período eleitoral se estenderá até 2 de outubro e 30 do mesmo mês, caso haja segundo turno. Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o prazo para registro das candidaturas, planos de governo e declarações de patrimônio se encerra nesta segunda.
Até o momento, 12 chapas já foram lançadas para disputar a presidência e a vice-presidência da República, confirmadas nas convenções nacionais de seus partidos. Até o fim da tarde deste sábado, 11 foram registradas no TSE, incluindo os planos de governo.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva lidera, até o momento, as pesquisas de intenção de voto. A chapa é composta também pelo ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin, adversário histórico do petista. A aliança significa a junção de propostas tanto do PT quanto do PSB, e foi redigida em 21 páginas. A coligação também comporta PV, PCdoB, PSol, Rede, Solidariedade, Avante e Agir, reunindo o maior tempo de propaganda gratuita no rádio e na televisão: 3 minutos e 26 segundos.
A campanha Lula-Alckmin tem se preparado para um possível governo que “escute o povo”. Foi criada ainda no início da campanha um sistema para que haja colaboração e sugestões on-line sobre as propostas, a Plataforma Popular. Entre as principais metas citadas no documento foi descrita a nova legislação trabalhista, que terá como enfoque os autônomos e, segundo o documento, “extensa proteção social.”
Outro tema defendido no programa de governo são novas políticas de segurança pública, um dos pontos mais esperados pela oposição. Segundo a proposta apresentada ao TSE, será implementada uma maior assistência aos usuários de drogas e haverá uma “substituição do atual modelo bélico”.
A dupla tem ainda como objetivo reduzir a zero o desmatamento da Amazônia. “Combateremos o crime ambiental promovido por milícias, grileiros, madeireiros e qualquer organização econômica que aja ao arrepio da lei”, segundo trecho da proposta. O programa foi produzido por representantes de sete partidos, coordenados pelo ex-ministro Aloizio Mercadante.
O presidente Jair Bolsonaro busca a reeleição com o general Walter Braga Netto ao seu lado, ex-ministro da Defesa. Além do PL, partido dos dois, a composição é apoiada ainda pelo Progressistas e pelo Republicanos, tendo um total de 2 minutos e 40 segundos de propaganda gratuita, o segundo maior, atrás de Lula.
Bolsonaro tenta um novo mandato com um histórico negativo na economia, aumento da fome e com as consequências da crise sanitária causada pela covid-19. Ele também enfrenta um grande índice de desaprovação do governo. Porém, algumas apostas para reverter a atuação já mostraram efeitos nas pesquisas. Após aprovação da PEC Kamikaze, que aumentou o valor do Auxílio Brasil para R$ 600, reajustou o vale-gás e criou benefícios para taxistas e caminhoneiros, o presidente diminuiu a distância de Lula nas pesquisas.
Segundo pesquisa BTG/FSB divulgada em 8 de agosto, a diferença entre os dois caiu de 13 para sete pontos percentuais entre julho e agosto, o menor desde o início do levantamento, em março. A redução do ICMS sobre combustíveis também foi outra medida eleitoreira de Bolsonaro para tentar conter o aumento nos preços e a inflação.
O plano de governo para a reeleição contempla, em sua maioria, a manutenção das pautas defendidas por Bolsonaro desde 2018. Segundo o documento de 48 páginas, a manutenção do auxílio de R$ 600 será “um dos compromissos prioritários do governo reeleito”. O benefício, a princípio, tem validade apenas até 31 de dezembro deste ano. O presidente também promete realizar uma reforma tributária, isentando os trabalhadores que recebem até cinco salários mínimos (R$ 6.060 atualmente) do Imposto de Renda. O programa diz ainda que “serão preservados e ampliados o direito fundamental à legítima defesa e à liberdade individual, especialmente quanto ao fortalecimento dos institutos legais que assegurem o acesso à arma de fogo aos cidadãos”.
A campanha de Bolsonaro contém ainda ataques ao sistema eleitoral e às urnas eletrônicas. O presidente tenta deslegitimar o resultado das eleições caso perca, aos moldes do que fez o presidente americano Donald Trump em 2020, culminando na tentativa de invasão ao Capitólio. Não é uma estratégia nova, uma vez que em 2018, mesmo tendo ganhado o pleito, alegou fraude nas urnas. As falas antidemocráticas, porém, sofreram fortes críticas por parte dos demais candidatos, parlamentares e entidades da sociedade civil, entre outras. O maior exemplo disso foi o manifesto pela democracia organizado pela Faculdade de Direito da USP, que ultrapassou um milhão de assinaturas na quinta passada.
Terceira via
O terceiro lugar é ocupado pelo ex-governador do Ceará Ciro Gomes. Como vice, em uma chapa puro-sangue, o pedetista tem a vice-prefeita de Salvador, Ana Paulo Matos. O candidato não conseguiu consolidar alianças nacionais com outros partidos, e terá apenas 50 segundos de propaganda gratuita. Na pesquisa Datafolha divulgada em 28 de julho, ele reuniu 8% de intenções de voto, uma distância de 21 pontos percentuais de Jair Bolsonaro.
Ciro se coloca como forte crítico da polarização entre Lula e Bolsonaro, atacando os dois adversários. Segundo ele, ambos defendem o mesmo modelo econômico e político, além de terem histórico de corrupção em seus governos. Como alternativa, em seu programa de governo, o ex-governador defende medidas mais profundas.
Uma de suas bandeiras é também a realização da reforma tributária. O tema, inclusive, é tratado por quase todos os candidatos. A versão de Ciro prevê taxação de fortunas acima de R$ 20 milhões, redução em 20% de subsídios e incentivos fiscais dados pelo governo e a recriação de um imposto sobre lucros e dividendos.
O candidato prevê que, juntas, as medidas podem gerar até R$ 200 bilhões para os cofres públicos. Também estão previstos o fim da paridade de preços internacionais da Petrobras, criação de 5 milhões de vagas de emprego em dois anos e acabar com o foro privilegiado, com exceção dos chefes dos Poderes.
A senadora Simone Tebet (MDB-MS) representa o autointitulado “centro democrático”, ao lado da também senadora Mara Gabrilli (PSDB-SP). A candidatura é apoiada pelo Podemos e pelo Cidadania, costurando o terceiro maior tempo de televisão: 2 minutos e 16 segundos. Tebet foi escolhida candidata por sua baixa rejeição e potencial de crescimento durante a campanha eleitoral, em detrimento do ex-governador tucano João Doria — que saiu da vida pública logo após a indicação da senadora.
Até o fechamento desta reportagem, a chapa ainda não havia protocolado seu plano de governo junto ao TSE. Em seus discursos, Tebet defende medidas econômicas para reduzir o desemprego, acabar com a fome, a realização de uma reforma tributária nos seis primeiros meses de governo e um foco na economia verde, especialmente na área do agronegócio. Não há ainda detalhamento sobre como as medidas serão implementadas.
Demais concorrentes
Os demais candidatos pontuam menos de 1% nas pesquisas. Soraya Thronicke (União) foi escolhida como candidata do União Brasil após a saída do presidente da legenda, Luciano Bivar, do páreo. Ao lado de Marcos Cintra, a chapa defende principalmente uma reforma tributária com criação de imposto único, e tem parcela considerável do tempo de televisão: 2 minutos e sete segundos, por representar o maior partido do país.
Ainda pendente por batalha judicial em seu partido, o Pros, o coach e influencer Pablo Marçal já registrou a chapa com Fátima Pérola Neggra. Tem como proposta de governo “40 anos em 4”, defendendo que cada brasileiro tem “a missão de governar a si próprio”.
Outro político que tem se apresentado para a candidatura a fim de compor a direita brasileira é Felipe D’Avila e Tiago Mitraud , ambos do Partido Novo. A chapa tem como principais pautas a economia neoliberlal e uma direita menos conservadora nos costumes. No campo da esquerda, Sofia Manzano e Antonio Alves, do PCB, trazem “um programa anticapitalista e anti-imperialista para o Brasil”. Vera Lúcia e Raquel Tremembé (PSTU), por sua vez, defendem uma proposta pela “independência de classe” e atacar propriedades das grandes empresas para defender os trabalhadores. Léo Péricles, do UP, tem como vice Samara Martins, do mesmo partido. Ambos defendem o fortalecimento do Estado como um caminho para a redução do capital privado. Estes terão como principais atitudes a revogação do teto de gastos, a reforma trabalhista e a reforma da previdência. A chapa José Maria Eymael/João Barbosa Bravo (DC) ainda não foi registrada.
As chapas
Veja as 11 candidaturas presidenciais registradas até o fim da tarde deste sábado
Ciro Gomes (PDT); vice: Ana Paulo Matos (PDT)
Felipe D’Avila (Novo); vice: Tiago Mitraud (Novo)
Jair Bolsonaro (PL); vice: Walter Braga Netto (PL)
Léo Péricles (UP); vice: Samara Martins (UP)
Luiz Inácio Lula da Silva (PT); vice: Geraldo Alckmin (PSB)
Pablo Marçal (Pros); vice: Fátima Pérola Neggra (Pros)
Roberto Jefferson (PTB); vice: Kelmon Luís da Silva Souza (PTB)
Simone Tebet (MDB); vice: Mara Gabrilli (PSDB)
Sofia Manzano (PCB); vice: Antonio Alves (PCB)
Soraya Thronicke (União); vice: Marcos Cintra (União)
Vera Lúcia (PSTU); vice: Raquel Tremembé (PSTU)
NÚMERO
49
Quantidade de dias que faltam até o primeiro turno das eleições, marcado para 2 de outubro
sexta-feira, 12 de agosto de 2022

Levantamento do agregador JC/ODDSPOINTER divulgado nesta quinta-feira (11) mostra que a deputada federal Marília Arraes (Solidariedade), candidata a governadora de Pernambuco, é a principal cotada para chegar ao segundo turno do pleito em primeiro lugar.
A análise da plataforma aponta, ainda, forte acirramento pela segunda colocação na fase final do pleito, com a vaga sendo disputada por Raquel Lyra (25%), Miguel Coelho (24%) e Anderson Ferreira (21%).
“Marília Arraes é a favorita para passar para o segundo turno em primeiro lugar, com 42% das probabilidades, e na sequência a gente tem, praticamente empatados, Raquel, Miguel e Anderson, com probabilidades em torno de 20% de avançar ao segundo turno em segundo lugar”, comenta Vinícius Silva Alves, doutor em ciência política e diretor de dados e métodos do OddsPointer.
O agregador JC/ODDSPOINTER utiliza os dados de pesquisas de intenção de voto de cerca de 15 institutos, como Datafolha, Ipespe e Vox Populi para chegar a estes números.
Para evitar distorções, o agregador considera as peculiaridades de cada levantamento, que podem ter tamanhos de amostras diferentes, coleta de dados presenciais, por telefone ou online, entre outras particularidades.
quarta-feira, 10 de agosto de 2022

A pesquisa eleitoral Potencial, divulgada nessa terça-feira (9), trouxe as intenções de voto do eleitorado pernambucano para o Governo, Senado e presidência da República.
Na disputa para presidente, segundo os eleitores pernambucanos, Lula (PT) lidera com 50,1% das intenções de voto.
O presidente Jair Bolsonaro (PL) aparece na segunda colocação, com 27,7% dos votos válidos.
Em terceiro lugar está Ciro Gomes (PDT), que alcançou 3,5%. O candidato é seguido por Simone Tebet (MDB), que tem 1,1% das intenções de voto em Pernambuco.
CONFIRA INTENÇÕES DE VOTO PARA A PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA, SEGUNDO OS ELEITORES PERNAMBUCANOS
- Lula (PT): 50,1%
- Bolsonaro (PL): 27,1%
- Ciro Gomes (PDT): 3,5%
- Simone Tebet (MDB): 1,1%
- NS/NR: 11,4%
- B/N: 5,2%
SOBRE A PESQUISA ELEITORAL POTENCIAL
A pesquisa eleitoral foi realizada por meio de mil entrevistas por telefone, que aconteceram entre os dias 4 e 8 de agosto.
O nível de confiança é de 95% para uma margem de erro de 3,1 pontos percentuais.
terça-feira, 09 de agosto de 2022

segunda-feira, 08 de agosto de 2022

Nem um único levantamento eleitoral conseguiu prever o resultado do primeiro turno das eleições presidenciais de 2018.
O Ibope, por exemplo, divulgado na noite de 6 de outubro, véspera da eleição, errou por dez pontos: apontava Bolsonaro com 36% dos votos. O Ibope acabou fechando as portas meses depois.
Todas as 97 pesquisas sobre o primeiro turno da eleição de 2018 erraram o resultado da eleição. Alegaram “retrato do momento”, claro.
O Datafolha também divulgou pesquisa com 19 mil eleitores na véspera em 2018. Errou a votação do vencedor de Bolsonaro por dez pontos.
Na pesquisa XP/Ipespe de 10 de agosto de 2018, Bolsonaro tinha 19% contra Lula ou 23% contra Fernando Haddad. Entrou para o anedotário. O levantamento que chegou mais próximo do resultado de Bolsonaro nas urnas foi do instituto Veritá: 41,5%. Mas cravou Haddad com 19%.
Média semanal aponta Lula com 41,5% a 34,6%
Após novos levantamentos eleitorais estaduais divulgados na última semana, o petista Lula soma 41,5% das intenções de votos, contra 34,6% do presidente Jair Bolsonaro (PL). É a menor diferença entre os dois principais candidatos a presidente desde o início do estudo, há sete semanas. Lula perdeu 2,6 pontos e Bolsonaro ganhou outros dois pontos na média ponderada da Potencial Inteligência realizada para o Diário do Poder, consolidando números de 25 pesquisas estaduais.
Ciro encolhe
O candidato do PDT Ciro Gomes teve o pior resultado desde o início da a Análise Potencial de Intenção de Voto (Apiv): 6,3%.
Tebet no Z4
A senadora Simone Tebet, candidata do MDB, continua no último lugar, na média, e também está no menor nível desde junho: 1,4%.
segunda-feira, 08 de agosto de 2022

O mineiro Henrico Barboza, de 19 anos, vai votar pela primeira vez para presidente nas eleições de outubro deste ano.
Natural de Juiz de Fora e estudando para o vestibular, Henrico diz que já está decidido há algum tempo.
“Vou votar no ex-presidente Lula porque acredito no plano de governo dele em prol da democracia, do diálogo e do respeito pelas divergências”, diz o jovem que, além da simpatia pelo programa de Lula, é motivado por uma visão negativa do governo do atual mandatário e aspirante à reeleição, Jair Bolsonaro (PL).
“Além de provocar uma grave crise política e econômica em nosso país, o atual presidente causou uma grande crise institucional brigando com os poderes da República e contestando a urna eletrônica”, diz ele, que é de uma família católica que está dividida entre apoiadores do ex-presidente e eleitores de Jair Bolsonaro.
Conterrânea de Henrico, Julia Braga é natural de Formiga, no interior de Minas Gerais, e também votará pela primeira vez em 2022. Mas a jovem de 19 anos se define como parte de um estrato político totalmente oposto.
“Para mim, para que o Brasil chegue na mudança que tanto almejamos, mais quatro anos de governo do presidente Bolsonaro seriam essenciais”, diz a estudante de Medicina Veterinária.
“A liberdade, no contexto mais amplo da palavra, é uma das políticas defendidas por ele que mais me agrada, assim como os valores voltados à família, à fé e a defesa do direito de propriedade, do porte de armas e da criminalização do aborto”, afirma.
sexta-feira, 05 de agosto de 2022

Os partidos políticos e as federações partidárias têm até esta sexta-feira (5) para realizar suas convenções e escolher os candidatos e candidatas que disputarão um cargo eletivo nas eleições deste ano, bem como para decidir sobre a formação de coligações.

Este ano, as 34 legendas políticas registradas no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) foram liberadas para realizar suas reuniões nacionais a partir de 20 de julho. Conforme estabelece o Calendário das Eleições 2022, após definir os nomes que disputarão a um cargo, os partidos, federações e coligações terão até o dia 15 de agosto para solicitarem o registro das candidaturas. No caso de federações partidárias, a convenção deve ocorrer de forma unificada, com a participação de todos os partidos integrantes.
Até a manhã desta quinta-feira (4), apenas quatro candidatos à Presidência da República tinham registrado suas candidaturas no TSE: Felipe D´Avila (Novo); Léo Péricles (Unidade Popular-UP); Pablo Marçal (Partido Republicano da Ordem Social-Pros) e Sofia Manzano (Partido Comunista Brasileiro-PCB). Seus vices são, respectivamente: Tiago Mitraud; Samara Martins; Fátima Pérola Neggra e Antonio Alves.
Mais de 156,45 milhões de eleitores e eleitoras estão aptos a votar no próximo dia 2 de outubro, quando os brasileiros começarão a escolher o próximo presidente da República, além dos futuros governadores, senadores e deputados federais, estaduais e distritais. A possibilidade de coligações entre partidos só se aplica à disputa pelos chamados cargos majoritários (ou seja, aqueles em que fica com a vaga o candidato que tiver mais votos, caso da escolha para presidente, governador, prefeito e senador), não valendo para as eleições proporcionais (deputados).
Propaganda eleitoral
A propaganda eleitoral somente será permitida a partir do dia 16 de agosto. Consequentemente, já a partir do próximo sábado (6), as emissoras de rádio e de televisão estarão proibidas de fazer proselitismo político, não podendo dispensar tratamento privilegiado a qualquer candidato ou partido.
As emissoras de rádio e tv também não poderão transmitir, mesmo que sob a forma de material jornalístico, entrevistas sobre intenção de voto que permitam a identificação dos eleitores. E também não poderão divulgar nomes de programas associados a candidaturas ou mesmo atrações com “alusão ou crítica a candidata, candidato, partido político, federação ou coligação, mesmo que dissimuladamente, exceto programas jornalísticos ou debates políticos”.
Em nota divulgada ontem (3), o TSE destacou que o Código Eleitoral veda propagandas alusivas a “processos violentos para subverter o regime, a ordem política e social ou de preconceitos de raça ou de classes; bem como que provoquem animosidade entre as Forças Armadas ou contra elas, ou delas contra as classes e instituições civis; incitamento de atentado contra pessoa ou bens; instigação à desobediência coletiva ao cumprimento da lei de ordem pública e que implique oferecimento, promessa ou solicitação de dinheiro, dádiva, rifa, sorteio ou vantagem de qualquer natureza”.
quinta-feira, 04 de agosto de 2022

Nova decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), proferida ao final dessa quarta (3), devolve a presidência nacional do Partido Republicano da Ordem Social (PROS) a Marcus Holanda. Dessa forma, Eurípedes Júnior é afastado novamente do cargo.
Foi justamente o fundador do partido quem articulou apoio a Lula (PT) já no primeiro turno, numa costura amarrada em São Paulo. Lá, Eurípedes se reuniu nesta semana com Geraldo Alckmin (PSB), vice na chapa do petista, para fechar o apoio.
Em Pernambuco, a mudança também afeta a corrida pelo Governo do Estado. A decisão do último dia 31 foi positiva para Marília Arraes (SD), que já contava novamente com o PROS no seu palanque. Com a volta de Marcus Holanda, o entendimento se desfaz.
Cá, foi Sebastião Oliveira (Avante), vice da candidata ao Governo de Pernambuco, quem articulou a volta do partido ao palanque de Marília. Ainda em maio, o PROS foi uma das primeiras legendas a firmar aliança com Arraes.
Em julho, o PSB usou a máquina para manter o partido, junto com o PP de Eduardo da Fonte, na Frente Popular. Com o retorno de Eurípedes, aliados de Marília Arraes já celebravam a volta do PROS ao palanque oposicionista.
quinta-feira, 04 de agosto de 2022

A presença do presidente Jair Bolsonaro (PL) na Marcha para Jesus do Recife, que será realizada no próximo sábado, às 14h, na avenida Boa Viagem, zona Sul da cidade, está confirmada. A informação é do deputado federal André Ferreira (PL), dos um dos coordenadores em Pernambuco da campanha à reeleição de Bolsonaro.
Até então, a visita do presidente ao Recife estava pré-agendada por questões logísticas em relação à segurança dele durante a marcha. A confirmação foi obtida por André em um culto, ontem pela manhã, em Brasília, do qual ambos participaram.
Além da marcha, Bolsonaro participará de uma motociata até o local do evento, segundo o candidato a senador Gilson Machado (PL-PE), que está em Brasília. A participação na Marcha para Jesus do Recife será o primeiro evento público de Bolsonaro após as convenções. A escolha por Pernambuco, segundo André, comprova a importância e a atenção que o líder do Executivo Federal tem para com o estado e o Nordeste.
quarta-feira, 03 de agosto de 2022

O deputado federal e pré-candidato a vice-governador de Pernambuco na chapa de Marília Arraes (SD), Sebastião Oliveira (Avante), concedeu entrevista ao Blog do Alberes Xavier. Confiante, o parlamentar avaliou que a pré-candidata do Solidariedade poderá vencer a disputa estadual ainda no primeiro turno. Sebastião também falou sobre sua saída da Frente Popular.
“A gente procura viver o presente. O presente mostra que a candidatura de Marília tem ganho aderência e tem crescido em todas as regiões. O povo tem se identificado com as propostas de Marília, o nosso plano de governo será apresentado hoje domingo e tenho certeza que Marília tem condições de levar essa disputa no primeiro turno”, falou Sebastião.
O pré-candidato a vice-governador ainda explicou como ocorreu o seu desembarque da Frente popular. “Esse movimento [de saída da Frente Popular] foi feito depois de ouvir as minhas bases em todo o estado de Pernambuco, desde a Litoral até o Sertão. Passamos em todos os lugares, ouvimos todo mundo e o anseio do povo era por mudança e essa mudança tem nome: se chama Marília Arraes”.
quarta-feira, 03 de agosto de 2022

Plataforma que compila dados de várias pesquisas de intenção de voto para governador, senador e presidente da República para traçar a evolução das preferências do eleitorado até as eleições de 2022, o agregador JC/ODDSPOINTER divulgou os resultados do seu primeiro levantamento.
De acordo com a análise feita pelo SJCC em parceria com a ferramenta de prognósticos eleitorais OddsPointer, os estudos que avaliaram, de janeiro deste ano até aqui, as tendências de voto para presidente entre eleitores da região Nordeste, os resultados se mostram “relativamente estáveis e amplamente favoráveis ao ex-presidente Lula (PT)”.
Conforme as informações que constam no relatório do levantamento, assinado pelo doutor em ciência política e diretor de dados e métodos do OddsPointer, Vinícius Silva Alves, e pelo coordenador de Desk Research da empresa, Pedro Paulo de Assis, “Lula concentra mais da metade das intenções de voto no 1º e no 2º turnos, atingindo, respectivamente, 58% e 63,1% na medição mais recente do agregador”.
O texto diz, ainda, que o presidente Jair Bolsonaro (PL) chega a 21,1% das intenções de voto no 1º turno, e 27,8% no 2º turno na região.
“Na Região Nordeste, o potencial de crescimento para um terceiro competidor ao Palácio do Planalto é modesto, com o principal candidato da terceira via (Ciro Gomes) atingindo apenas 7,5% dos votos”, completa a análise.
quarta-feira, 03 de agosto de 2022

O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Pernambuco divulgou a data para as eleições suplementares para escolha dos prefeitos de Pesqueira, no Agreste de Pernambuco, e Joaquim Nabuco, na Mata Sul. As eleições vão acontecer no dia 30 de outubro, havendo ou não votação em 2º turno para presidente da República e/ou governador. Em havendo 2º turno, os eleitores das duas cidades votarão nesta data também para prefeito.
Os prefeitos eleitos em 2020 nas duas cidades foram cassados e os respectivos recursos foram rejeitados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Uma resolução do TRE Pernambuco irá disciplinar os prazos para inscrição dos candidatos, atos preparatórios, propaganda municipal e todas as questões envolvendo o pleito.
Em Joaquim Nabuco, o ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, manteve a cassação da chapa do prefeito e vice-prefeito, Neto Barreto (PTB) e Eraldo Veloso (MDB), respectivamente. Em 2020, o vice foi flagrado jogando dinheiro para eleitores após a divulgação do resultado das eleições.
De acordo com a decisão, tanto o prefeito quanto o vice estão inelegíveis por 8 anos e ainda foram multados em R$ 20 mil “em razão do oferecimento de dinheiro e vantagens a eleitores em troca de voto, bem como do arremesso de dinheiro a eleitores, por Eraldo de Melo Veloso, da sacada de sua residência”.
terça-feira, 02 de agosto de 2022

O plenário do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinou, nesta segunda-feira (1º), a convocação pelo Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco (TRE-PE) de novas eleições para prefeito e vice-prefeito de Pesqueira, no Agreste do Estado.
Por maioria de votos, os ministros do TSE confirmaram o indeferimento do registro e a inelegibilidade de Marcos Luidson de Araújo, conhecido como Cacique Marquinhos Xukuru (Republicanos), candidato mais votado para a prefeitura de Pesqueira em 2020.
Cacique Marquinhos recebeu 51% dos votos válidos, mas não pôde assumir o cargo por ter sido condenado pela Justiça Federal, em 2015, por crime contra o patrimônio privado, por incêndio a residência particular provocado em 2003, e considerado inelegível com base na Lei de Inelegibilidade (LC nº 64/1990).
O cargo de prefeito de Pesqueira vem sendo ocupado interinamente pelo presidente da Câmara de Vereadores, Sebastião Leite da Silva Neto, conhecido como Bal de Mimoso.
No recurso ao TSE, Marquinhos Xukuru sustentou duas teses centrais: a de que o crime de incêndio, por estar inserido entre os delitos contra a incolumidade pública, não atrairia a inelegibilidade descrita na alínea “e” do inciso I do artigo 1º da LC 64/90; e a de que o prazo de inelegibilidade deveria ser contado a partir da decisão condenatória em segundo grau, e não do cumprimento integral da pena, sob pena de ofensa ao princípio constitucional da proporcionalidade.
A maioria dos ministros, ficando vencido o presidente Edson Fachin, acompanhou o voto do relator, ministro Sérgio Banhos, que referendou a decisão do Regional de indeferir o registro de candidatura e determinar a inelegibilidade.
Para o relator, o crime de incêndio, por estar inserido no capítulo do Código Penal que trata dos crimes contra a incolumidade pública, não se afasta da esfera dos delitos praticados contra o patrimônio.
segunda-feira, 01 de agosto de 2022

Pesquisa Simplex/CBN sobre as intenções de voto para o Governo de Pernambuco divulgada nesta segunda-feira (1º) aponta a candidata Marília Arraes (Solidariedade) à frente, com 23,5%. A seguir, aparece Raquel Lyra (PSDB), com 10,7%% empatada quase numericamente com Anderson Ferreira (PL) que tem 10,2% .
O candidato do União Brasil, Miguel Coelho, teve na sondagem 5,3%, seguido de Danilo Cabral (PSB), que apareceu com 4,9%. Raquel, Anderson Miguel e Danilo estão empatados tecnicamente dentro da margem de erro, que é de 3,1%.
Os candidatos Esteves Jacinto (PRTB), Jonas Manoel (PCB) e João Arnaldo (PSOL) não chegaram a 1%. Outros 2,6% não responderam a pesquisa.
INDECISOS – Segundo a Simplex, 30% do eleitorado pernambucano ainda está indeciso. Outros 11,6% optaram por brancos/nulos.
A pesquisa foi registrada no TSE sob o código PE- 06161/2022, e foi realizada por telefone entre os dias 18 a 22 de julho. Foram realizadas 1.067 entrevistas nesse período.
Toda responsabilidade da coleta e tabulação dos números pertecem a Simplex.
segunda-feira, 01 de agosto de 2022

A candidata ao Governo de Pernambuco Marília Arraes (Solidariedade) convocou os eleitores de Pernambuco a se unirem para conseguir votos e garantir a vitória dela e do ex- presidente Lula à Presidência da República ainda no primeiro turno. O discurso, que durou aproximadamente 20 minutos, aconteceu durante a homologação da chapa majoritária em evento no fim da tarde de ontem no Classic Hall, em Olinda, Grande Recife.
“Vamos evitar o salto alto, não vamos sair daqui dizendo que já ganhamos. Vamos abraçar os adversários, fazer as pazes com quem brigamos. É junto que a gente supera a tirania”, ressaltou a deputada que tem antigos adversários como companheiros de chapa: os deputados federais Sebastião Oliveira (Avante), candidato a vice, e André de Paula (PSD), candidato ao Senado. “A capacidade de juntar quem muitas vezes pensa diferente não é fácil”, reconheceu.

A convenção homologa a chapa majoritária do PL, que, além de Anderson, conta com Izabel Urquiza, como candidata a vice-governadora, e Gilson Machado, para o Senado, ambos do PL. Anderson disse que os adversários, em suas respectivas convenções, devem “estar puxando Pernambuco para baixo”. “Eu vou sempre puxar Pernambuco para cima”, afirmou. Ainda se referindo aos adversários, o candidato a governador os culpou pela falta de iniciativas que melhorem o Estado. “Eles sempre culpam alguém e não trabalham. Culparam Dilma (Rousseff), (Michel) Temer e Bolsonaro, mas não apresentam resultados”.
Em seu discurso na convenção do partido, que ocorre neste domingo (31), no Clube Português do Recife, no bairro das Graças, o candidato a governador pelo PL, Anderson Ferreira, disse que “não é um político de promessas, mas de propostas”. Segundo o ex-prefeito de Jaboatão dos Guararapes, foi assim que ele que conseguiu transformar Jaboatão de um problema em uma referência. “Vamos fazer o mesmo com Pernambuco”, garantiu.

Com o anúncio oficial do candidato ao Senado, o União Brasil realizou, neste domingo (31), a sua convenção partidária que confirmou as candidaturas de Miguel Coelho para o Governo do Estado e Alessandra Vieira na vice. O ex-candidato a prefeito do Recife Carlos Andrade Lima vai disputar o Senado. O evento aconteceu no Clube Internacional do Recife e reuniu apoiadores de todo o Estado, bem como as caravanas dos candidatos a deputado estadual e federal.
Antes dos nomes que compõem a chapa majoritária falarem, o presidente nacional do partido, Luciano Bivar anunciou a sua desistência de concorrer à Presidência da República. A chapa também apresentou o nome que vai ser usado durante a campanha: “Pernambuco com força de novo”. Antes de chegar à convenção, o ex-prefeito de Petrolina explicou que “o nome foi inspirado pelo passado grandioso do estado e com o desejo de motivar o eleitorado a ter esperança em dias melhores”.

Em seu primeiro discurso como candidata oficial do PSDB ao governo, durante convenção realizada neste sábado (30) no Clube Português do Recife, Raquel Lyra afirmou que “Pernambuco não é capitania hereditária, não é de uma família só, é de todos“. A ex-prefeita de Caruaru também ressaltou que pode até não ter muito tempo no horário de propaganda política, mas tem o povo, complementando com a afirmativa de que “para aqueles que pensam que Pernambuco não precisa mudar, eu digo que meu compromisso é com as próximas gerações e não com as próximas eleições“, discursou.
Já a candidata a vice na chapa de Raquel, Priscila Krause, discursou afirmando que em sua trajetória política aprendeu a enxergar o Recife como uma cidade diversa. “São vários Recifes, cada um com uma dificuldade diferente e que me estimulava a ir em frente”, ressaltou.
Priscila também falou sobre a importância dela, de Raquel e de Guilherme Coelho – candidato ao Senado da chapa – referindo-se ao histórico político de cada um para disputar as eleições. “Esse time não chegou aqui por acaso sem saber de onde veio nem pra onde vai”.

A convenção que vai oficializar o nome de Danilo Cabral e dos demais integrantes de sua chapa acontecerá no próximo dia 05/08 no Clube Português.





