Na manhã do último domingo (30) morreu o guarda municipal José Enderlan Simões, de 24 anos, que foi baleado na cabeça no dia 20 de abril em uma tentativa de homicídio registrada em Caruaru, no Agreste. José estava internado no Hospital Regional do Agreste (HRA) e o estado de saúde era considerado grave.

A vítima era guarda municipal da cidade de Lajedo. Ele foi atingido pelo disparo na cabeça em frente ao Terminal Leste, em um ponto de vendas de espetinho, enquanto o suspeito do crime atirava na direção de outra pessoa que era o alvo da tentativa de homicídio.

O sargento Farani Salvador Freitas Júnior, da Polícia Militar de São Paulo, foi dos quadros da corporação. De acordo com a Corregedoria da PM, ele teria sido o mandante do assassinato do cabo Wanderley Oliveira de Almeida Júnior, 38, morto a tiros em 5 de fevereiro de 2020.

A vítima havia feito um dossiê contra o militar, onde o apontava envolvimento de Farini com traficantes de drogas. Segundo a Polícia, ele havia comentado com os colegas que recebia R$ 200 mil por mês do PCC. Porém, por esse caso, foi absolvido pelo 1º Tribunal do Júri da Capital em 12 de agosto de 2022.

De acordo com o Uol, Farani também responde por lavagem de dinheiro na 2ª Vara de Crimes Tributários, Organização Criminosa e Lavagem de Bens e Valores da Capital. Também foi aberto um Inquérito Policial Militar, onde ele é acusado “de receber vantagem financeira por parte de facção criminosa atuante no estado de São Paulo”. De acordo com as movimentações bancárias, a Corregedoria “apurou rendimento extremamente superior aos auferidos licitamente pelo cargo público que ocupa”.

Os policiais militares Bruno Rafael da Silva e Wilson Luiz Pereira de Brito Júnior devem ir a júri acusados de matar o jovem Chris Wallace da Silva, que tinha câncer, em decorrência de uma abordagem policial, em Goiânia, de acordo com uma decisão da Justiça. Chris ficou seis dias em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) após ser agredido na cabeça pelos PMs. Os policiais chegaram a ficar presos durante cinco meses em um presídio militar. Cabe recurso da decisão.

A decisão de que os PMs passem por júri foi publicada na última segunda-feira (24), pela desembargadora Carmecy Rosa Maria Alves de Oliveira. Ela acolheu o parecer do Ministério Público de Goiás (MPGO), que entrou com recurso contra uma decisão que tinha desclassificado a conduta inicialmente imputada aos réus, de homicídio qualificado, para o delito de lesão corporal seguida de morte.

“De tudo somado, presente a materialidade e indícios de autoria delitiva, bem como não havendo prova segura quanto a ausência do animus necandi [intenção de matar] dos réus que devem ser submetidos ao Conselho dos jurados, juízes naturais dos delitos praticados contra a vida, prevalecendo o princípio in dubio pro societate [na dúvida, cabe à sociedade]”, entendeu.

O g1 não localizou a defesa dos policiais militares até a última atualização desta reportagem. Eles trocaram de advogado durante o processo.

O advogado Emanuel Rodrigues, que fazia a defesa da família de Chris anteriormente, explicou a decisão da Justiça. Ele disse que somente o Tribunal do Júri poderá desclassificar a conduta dos PMs.

“Somente o Tribunal do Júri pode desclassificar a conduta dos PMs, caso os jurados entendam que eles não tiveram a intenção de matar e também não assumiram o risco de matar ao bater em alguém que tinha câncer nos ossos após serem avisados dessa situação. Cabe à sociedade decidir. Por isso, o princípio usado ‘in dúbio pro societate’, que significa ‘na dúvida, cabe a sociedade’”, explicou.

Processo na Justiça

Antes disso, em 19 de agosto de 2022, o juiz Eduardo Pio Mascarenhas tinha entendido que os militares não tiveram a intenção de matar Chris Wallace e, por isso, tinha mudado a classificação do crime de homicídio para lesão corporal.

Deixando de responder por homicídio simples, que tem pena de 6 a 20 anos de prisão, os militares poderiam ser condenados a pena mais branda, de 4 a 12 anos.

A mudança na tipificação do crime se deu após a Justiça entender que, após a abordagem dos policiais, Chris deixou o local andando, “não havendo indicação de comprometimento neurológico”.

“Não há elementos que comprovem que os réus agrediram com intenção homicida, já que até aquele momento a vítima não demonstrou estar com alguma lesão neurológica. Não houve perseguição, pelo contrário, após as supostas agressões, os réus a liberaram da abordagem, não prosseguiram com alguma ação que eventualmente pudesse desencadear a morte da vítima”, ponderou o magistrado.

Contudo, última na segunda-feira, os desembargadores votaram o novo recurso do MP, e decidiram mandar os réus a júri. A desembargadora Carmecy ponderou que no Laudo de Perícia Criminal e no Exame Cadavérico constam que a morte do rapaz foi causada por traumatismo cranioencefálico provocado por ação contundente.

“No tocante aos indícios de autoria do crime, denota-se que também restaram demonstrados, em face dos depoimentos das testemunhas ouvidas na fase judicial, as quais apontaram os réus como os autores das agressões que culminaram na morte da vítima Chris Wallace”, descreveu a desembargadora.

Morte após abordagem

Chris Wallace foi abordado e espancado com socos, chutes e pancadas de cassetete pelos policiais, em 10 de novembro de 2021. O relatório médico atestou que ele teve traumatismo na cabeça por espancamento, contusões no abdômen e nos pulmões.

Chris tinha saído de casa para ir a uma distribuidora de bebidas comprar refrigerante, no Residencial Fidélis. Na rua de casa, ele foi abordado e agredido pelos PMs, segundo a investigação.

Por causa da gravidade dos ferimentos, o jovem precisou ser internado em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas não resistiu e morreu seis dias depois.

A família disse que ele lutava contra um câncer nos ossos, chamado mieloma múltiplo, há cerca de 10 anos. O boletim de ocorrência conta que o rapaz teria dito aos PMs que tinha câncer e pediu para não ser agredido por causa da saúde fragilizada. Contudo, conforme o inquérito, a agressão continuou.

À época, a mãe contou ainda que o filho chegou em casa e correu para o banheiro, onde teve crises convulsivas e vomitou sangue. Uma ambulância foi chamada pela família e levou o rapaz ao hospital.

Os PMs ficaram presos em presídio militar por cinco meses, entre 10 de dezembro de 2021 e 11 de maio deste ano. O Ministério Público pediu a prisão preventiva no momento que fez a denúncia por homicídio, para que eles não ameaçassem testemunhas do processo, que optaram por falar em sigilo.

Uma policial militar foi assassinada a tiros dentro de casa em Sepetiba, na zona oeste do Rio de Janeiro, na madrugada desta sexta-feira (28/4). Segundo a investigação, o marido da vítima, que também é PM, é o principal suspeito.

Policiais militares chegaram até a residência do casal e encontraram Liana de Souza Vaz Fernandes morta com um tiro na cabeça. Os agentes também se depararam com o marido da vítima, Diogo Barcellos da Luz, morto, a principal hipótese é de que ele se suicidou após cometer o crime.

Liana trabalhava no 14º BPM (Bangu), enquanto Diogo estava lotado no 5º BPM (Praça da Harmonia). A casa dos policiais foi isolada para a perícia da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), que investiga o caso. As informações são do Metrópoles.

Segundo a Polícia Civil do Rio de Janeiro, duas armas foram apreendidas e serão encaminhadas para exame pericial. Além disso, testemunhas estão sendo ouvidas para tentar esclarecer os fatos.

Além de policial militar, Liana se formou em biomedicina no final do ano passado.O casal deixa uma filha de 6 anos.

A violência continua fazendo vítimas no município do Cabo de Santo Agostinho, na Região Metropolitana do Recife. Uma chacina foi registrada na madrugada desta sexta-feira (28).

De acordo com as primeiras informações, três homens e uma mulher foram mortos a tiros em uma casa localizada no Engenho Tapugi de Baixo. Os criminosos fugiram em seguida.

Os nomes e idades das vítimas ainda não foram informados.

No local, por enquanto, estão apenas policiais militares, que isolaram a área e aguardam a chegada de peritos criminais.

Em nota, a Polícia Civil de Pernambuco informou que “as equipes estão neste momento em diligências no local” e que “mais informações serão repassadas em breve”.

Até agora, nenhum suspeito foi preso.

NÚMEROS DA VIOLÊNCIA NO CABO DE SANTO AGOSTINHO

De 1º de janeiro a 31 de março de 2023, a polícia já somou 27 homicídios no Cabo de Santo Agostinho.

Desse total, 24 vítimas eram do sexo masculino e três do sexo feminino.

Já no mesmo período de 2022, a polícia registrou 56 homicídios no município.

Do total, 54 eram do sexo masculino, um do sexo feminino e um não informado.

Quatro homens suspeitos de integrar uma quadrilha que praticava sequestros de servidores de instituições bancárias em Pernambuco foram alvos de mandados de prisão cumpridos nesta terça-feira (26).

Os suspeitos, que já estavam presos preventivamente, são investigados pelo sequestro do gerente da agência do Banco do Brasil de Palmares, na  Mata Sul, em 2022.

O grupo, segundo a Polícia Civil, estudava as rotinas das vítimas (pessoas que têm acesso facilitado ao dinheiro nas agências bancárias) e os levavam, junto a familiares, a um cativeiro.

No local, os funcionários dos bancos eram coagidos a voltarem à agência no dia seguinte e sacar a maior quantia em dinheiro possível em troca da liberação da família. A prática, de acordo com a polícia, é conhecida informalmente como “sapatinho”.

A Operação Scarpa, iniciada em setembro de 2022, foi motivada pelo sequestro do gerente do Banco do Brasil do município de Palmares, que foi sequestrado junto com a esposa e dois filhos, com idades entre sete e dez anos. Na ocasião, a família foi ameaçada com armas de fogo e explosivos.

As informações são da FolhaPE

O crescimento dos casos de apreensão de drogas no Aeroporto Internacional do Recife Guararapes – Gilberto Freyre tem chamado a atenção da Polícia Federal. Em menos de quatro meses, foram sete registros, com as prisões de sete pessoas – incluindo três mulheres.

Por causa da percepção de aumento do tráfico de drogas e também da previsão de crescimento na circulação de passageiros, a Polícia Federal em Pernambuco pretende transformar a Delegacia de Imigração, que está sediada no aeroporto, numa Delegacia Especial do Aeroporto Internacional (Deain).

“Ao longo do ano passado, tivemos um número bastante expressivo de pessoas tentando sair do País levando droga, como cocaína, por isso o aeroporto é um dos locais que vamos fortalecer nossa presença”, explicou o superintendente da Polícia Federal em Pernambuco, Antônio de Pádua.

Há unidades especializadas semelhantes nos aeroportos internacionais de São Paulo, Rio de Janeiro e Brasília. Em Minas Gerais, o modelo também deve ser adotado.

Segundo Pádua, a mudança da delegacia vai garantir mais autonomia, “com a descentralização, com a possibilidade de aumentar recursos” para combater os crimes no aeroporto internacional. “A gente está enxergando no aeroporto um aumento de 60% na circulação de passageiros. Então a gente tem que olhar para o aeroporto, que é uma porta de entrada e de saída do tráfico de drogas”, explicou.

“Estamos finalizando o relatório sobre a movimentação e realidade do Aeroporto Internacional do Recife para apresentar e defender o projeto junto à direção-geral da PF, acreditando que se tudo for aprovado poderemos instalar a Deain no final do segundo semestre ou início de 2024”, completou.

Nos sete casos descobertos durante fiscalizações de rotina no Aeroporto Internacional do Recife neste ano, a Polícia Federal conseguiu apreender, no total, 16 quilos de cocaína e 36,5 quilos de skunk (também conhecida como supermaconha).

O caso mais recente de tráfico de drogas descoberto pela Polícia Federal no Aeroporto Internacional do Recife foi de uma mulher de 26 anos que estava usando uma cinta presa ao corpo com cerca de 4,2 quilos de pasta base de cocaína.

A prisão aconteceu na última terça-feira (25), por volta das 11h, após policiais desconfiarem do comportamento dela. Durante abordagem, ela começou a se contradizer. Ela passou por revista pessoal, realizada por policiais femininas, e a droga foi descoberta grudada ao corpo, na altura da barriga.

A suspeita confessou à polícia que pegou a droga em Porto Velho (Rondônia) e que, após desembarcar no Aeroporto Internacional do Recife, pegaria uma condução até João Pessoa, na Paraíba, onde entregaria o material entorpecente. Ela receberia R$ 2 mil pelo transporte.

A Polícia Federal também descobriu que a mulher possui antecedentes criminais. Ela já foi presa transportando maconha para o Rio Grande Norte.

A mulher foi autuada pelo tráfico de drogas e foi encaminhada para audiência de custódia. A pena, em caso de condenação pode variar de cinco a 15 anos de prisão.

Um homem de 25 anos foi preso suspeito de obrigar uma garota a enviar vídeos íntimos e ameaçá-la de morte. A prisão em flagrante aconteceu no município de Carpina, Zona da Mata Norte de Pernambuco, nessa quarta-feira (26). (Veja vídeo mais abaixo)

O suspeito foi autuado em flagrante por stalking, crime que trata da perseguição reiterada a uma vítima, com ameaças à integridade física ou psicológica dela. O crime foi inserido no Código Penal Brasileiro em 2021.

De acordo com o delegado Thiago Henrique, responsável pelas investigações, o homem fazia as ameaças à adolescente de 17 anos por meio da rede social Facebook.

“Ele coagia a menor, que vive no município de Buenos Aires, a enviar fotos e vídeos íntimos. As exigências eram feitas mediante várias ameaças de morte. Por causa disso, a vítima começou a desenvolver problemas psicológicos”, contou o delegado, em vídeo postado no Instagram logo após a prisão do suspeito.

O homem vai passar por audiência de custódia nesta quinta-feira (27).

PENA PARA O CRIME DE STALKING

O Código Penal prevê uma pena de pena de seis meses a dois anos de prisão e multa para quem comete o crime de stalking.

O tempo de prisão pode aumentar se a perseguição for cometida contra menores de 18 anos, idosos e mulheres.

A pena também pode ser maior nos casos em que o crime é cometido com o emprego de arma ou por duas ou mais pessoas contra a mesma vítima.

NOVELA TRAVESSIA, DA TV GLOBO, ABORDA TEMA

A novela Travessia, da TV Globo, vem retratando ameaças a menores de 18 anos, que são obrigados e enviar fotos e vídeos íntimos.

Na novela, a personagem Karina, interpretada pela atriz Danielle Olímpia, acha que conheceu uma nova amiga pela internet, mas se trata de um pedófilo, que fica pedindo imagens da garota sem roupa.

O pedófilo usa programas de inteligência artificial que simula a voz e aparência de outra pessoa.

As cenas de ficção servem de alerta aos pais para os cuidados que devem ter o acesso dos filhos à internet.

A operação integrada entre policiais civis e militares tem como objetivo combater os homicídios, roubos e a violência contra mulher nas cidades do Agreste Meridional.

A Polícia Civil realizou diligências no sentido de concluir inquéritos policiais relacionados aos crimes, levando criminosos à justiça – no dia de hoje foram 09, bem como cumprir mandados de prisão e/ou busca e apreensão.

A Polícia Militar realizou o patrulhamento ostensivo com abordagens a pessoas, veículos e bares, saturando a zona urbana e rural.

Resultados:

Polícia Civil: foram instruídos 13 inquéritos policiais; 08 pessoas foram ouvidas em depoimentos e relatados 09 inquéritos, destes, 03 relacionados à violência doméstica, 04 por crime de receptação dolosa, 01 por estupro de vulnerável e outro relativo a idoso. Diligências externas foram realizadas 08 relativas a locais de crimes e busca por criminosos.

Polícia Militar: foram abordadas 180 pessoas e realizadas 08 revistas em bares do município, além de 45 veículos.

Conforme a Polícia Civil, a operação segue para outro município do Agreste Meridional com data de retorno já programada. OUTRAS IMAGENS…

Delegado Marcos Omena – Seccional de Garanhuns

Delegada Polyanna Nery – Delegacia de Calçado/PE

TC. Emanoel Soares – Comandante da 11ª CIPM

Com Informações do Portal Agreste Violento