quinta-feira, 17 de outubro de 2024


Em Manari, no Sertão de Pernambuco, a população do pequeno município convive com um racionamento de 28 dias sem água e apenas 2 com abastecimento. Diante das torneiras vazias, famílias enfrentam uma rotina de carregar baldes e garrafões, peregrinando em busca de água.

Assim como os moradores da cidade sertaneja de Manari, metade dos pernambucanos vive o drama dos rodízios. Diminuir o intervalo do abastecimento é um dos quatro eixos do programa Águas de Pernambuco, apresentado oficialmente pela governadora Raquel Lyra nesta quarta-feira (16), durante evento no Centro Cultural Cais do Sertão, no Bairro do Recife.

A importância do anúncio pôde ser medida pela quantidade de prefeitos presentes: foram 19 de todas as regiões do Estado; além de empresários, parlamentares e secretários de governo. A governadora prefere falar em institucionalização do programa, ao invés de lançamento. Isso porque a iniciativa vem sendo pensada desde o início do governo, mas só agora foi possível apresentar oficialmente, em função da viabilização dos recursos de R$ 6,1 bilhões.

O Águas de Pernambuco está distribuído em quatro eixosSegurança Hídrica; Abastecimento de Água; Coleta e Tratamento de Esgoto; e Saneamento Rural. Do total de R$ 6,1 bilhõesR$ 3,9 bilhões serão destinados à água e R$ 2,2 bilhões a esgoto. A iniciativa prevê a realização de 1.0407 obras e ações, que incluem execução e conclusão de obras, construção de novas barragens, reestruturação de unidades, substituição de equipamentos e implantação de novas tecnologias.

Os investimentos também vão pivilegiar localidades com maior número de famílias para garantir maior  efetividade. Na distribuição por região do Estado, o Sertão vai receber R$ 1,2 bilhão;  o Agreste R$ 2 bilhões; as zonas da mata R$ 600 milhões e a Região Metropolitana R$ 2,3 bilhões. Os recursos virão de fontes como a União (R$ 1,9 bilhão), o Governo do Estado (R$ 1,3 bilhão, por meio de operação de crédito); Compesa (R$ 1,4 bilhão, também por operação de crédito) e de Parceria Público Privada (R$ 1,5 bilhão).

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