sexta-feira, 26 de agosto de 2022
O corpo da servidora da rede estadual de educação de Goiás, Cleide Aparecida dos Santos, 60 anos, assassinada por um ex-aluno em Inhumas, na Grande Goiânia, foi sepultado na tarde de quarta-feira (24), no Cemitério São Judas Tadeu, sob forte comoção e revolta. Identificado apenas como Henrique Marcos, o acusado, de 24 nos, é ex-aluno da pedagoga e afirmou à polícia que cometeu o crime acidentalmente. “Não queria matar, apenas dar um susto nela”, disse, em depoimento, alegando, ainda, que atacou a professora “por vingança”.
Cleide Aparecida foi morta a facadas na madrugada de quarta. O suspeito, que estudou com a professora até 2014, foi preso em seguida por policiais militares logo após o crime, ao buscar atendimento em um hospital público. A saída dele, às pressas, da casa da professora, foi registrada por uma câmera de segurança. Ele teria invadido a casa para cometer o crime.
De acordo com a Polícia Civil, Henrique Marcos estava encapuzado e invadiu a casa da vítima por uma janela. Ainda segundo a polícia, Cleide Aparecida teria percebido a invasão e alertado seu filho, que chegou a ser ferido no braço pelo agressor, que pulou o muro, se ferindo na fuga.
O Corpo de Bombeiros chegou a ser acionado para socorrer a vítima, que foi encaminhada a uma unidade de saúde, mas não resistiu aos ferimentos. A escola onde a professora lecionava não funcionou nesta quinta-feira, em sinal de luto.
Em depoimento à polícia, Henrique Marcos, que trabalha como auxiliar de produção, confessou ter cometido o crime para se vingar de fatos que teriam ocorridos há uma década anos. Ele alegou que sua intenção era se vingar de “broncas” que levou na época em que estudava com ela. As supostas perseguições teriam ocorrido por três anos seguidos, mas a ideia de vingança foi levada a cabo porque ela o ignorou recentemente, quando ele a cumprimentou na rua. A polícia não informou se o suspeito apresenta sinais de transtornos mentais.