quarta-feira, 21 de dez de 2022


As fortes chuvas por todo o Brasil têm provocado mortes e muita destruição. Os temporais causaram ao menos 11 óbitos, em Minas Gerais, Santa Catarina e Bahia.

Em Belo Horizonte, a situação pode piorar já que as tempestades tendem a se intensificar. De acordo com o secretário nacional de Defesa Civil, coronel Alexandre Lucas, a previsão é que o cenário para os 34 municípios que integram a Grande BH fique mais crítico até hoje. “Estamos prevendo chuvas muito fortes em Minas, principalmente para a Região Metropolitana de Belo Horizonte”, disse.

Líder comunitária da Vila do Chaves, Geni Mendes, de 50, explica que o problema com as chuvas é recorrente. Ela conta que o local na capital mineira é considerado um “ponto crítico”, já que foi construído sobre um aterro sanitário. “Chega esta época de chuva e a gente não dorme, preocupada com os pais e mães que têm que sair para trabalhar e deixar os filhos dentro de casa. É um sofrimento muito grande”, desabafa.

A situação climática de Belo Horizonte é semelhante ao restante de Minas Gerais. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), 770 municípios mineiros, incluindo os da Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH), estão em perigo de chuvas intensas.

Em Santa Catarina, o mau tempo matou duas pessoas. Até ontem, havia 131 desabrigados e 55 desalojados. Um trecho da rodovia SC-418 foi interditado para veículos pesados. O litoral norte e a Grande Florianópolis foram os mais atingidos. Balneário Camboriú, Barra do Sul e Navegantes decretaram estado de emergência.

Duas mortes ocorreram em Balneário, na madrugada de segunda-feira. Ketlin Arno Ribeiro, 16 anos, e Elaine Soares Marques, 17 anos, dormiam em uma casa, no bairro de Jardim Aliança, quando houve um deslizamento de terra. Elas foram socorridas por equipes do Samu e do Corpo de Bombeiros, mas não resistiram aos ferimentos. A irmã caçula de uma delas, de 9 anos, foi levada ao hospital, mas foi liberada. Além desse episódio, foram registradas ocorrências em seis municípios.

A Bahia também enfrenta situação difícil. Até o momento, foi registrada uma morte no estado. Há 14.576 desalojados, e 56 municípios em estado de emergência.

Outro estado que está com alerta vermelho é o Espírito Santo. A Defesa Civil aponta um total de 1.400 desabrigados somente em São Mateus, mas não há nenhum óbito registrado. Em Nova Venécia, além do risco de inundação, há o aviso de um possível rompimento de represa.

Correio Braziliense

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