A Secretaria de Defesa Social (SDS) publicou portarias, nesse fim de semana, determinando punições para policiais civis que estavam sendo investigados por irregularidades nas condutas adotadas durante o exercício de suas atividades.
As investigações, após denúncias recebidas, foram conduzidas pela Corregedoria da SDS. As punições foram determinadas pela secretária de Defesa Social, Carla Patrícia Cunha.
A primeira punição foi dada ao escrivão da Polícia Civil Afrânio dos Santos. Ele foi denunciado por falta de urbanidade e, segundo colegas, por falta de higiene pessoal, coletiva e de segurança na Delegacia de Tacaratu, no interior do Estado.
“Restou demonstrado que o sindicado, por mais de uma vez, deixou a porta da delegacia aberta durante a noite, negligenciando na segurança da unidade policial”, cita a portaria que determinou a punição.
“O sindicado utilizou o micro-ondas de uso comum da delegacia, e por duas vezes deixou de adotar as cautelas necessárias de segurança e higiene do aparelho”, diz outro trecho.
“O sindicado apresentava problemas de convívio social com os colegas da unidade policial, revelando, no mínimo, o desprezo com as mais comezinhas regras de convivência social e urbanidade, assim como àquelas legais e institucionais a que está sujeito”, completa a portaria.
A secretária de Defesa Social determinou que o policial civil seja suspenso por quatro dias.
A segunda portaria puniu o comissário da Polícia Civil José Roberto Vieira de Barros.
O texto, assinado pela secretária estadual, cita que o policial agiu com “total desrespeito”, “falta de urbanidade e no uso de postura agressiva, desrespeitosa e sem educação” na tentativa de frustrar uma fiscalização promovida pela Corregedoria Geral da SDS, cuja inspeção foi realizada no Departamento de Repressão ao Narcotráfico (Denarc), em 23 de novembro de 2021.
O policial ainda teria chamado o chefe da equipe de fiscalização de “covarde”.
Diante das provas coletadas, a secretária estadual decidiu pela suspensão do policial por dois dias.
A agente da Polícia Civil Marcilene Ferreira dos Santos, à época lotada na Delegacia de Barreiros, na Mata Sul de Pernambuco, também foi punida por tratar mal policiais militares, durante o registro de uma ocorrência em 26 de janeiro de 2021.
“Restou demonstrado nos autos que a sindicada tratou os militares com mau humor, má vontade, deselegância e sem polidez, oportunidade em que asseverou que não era nem para atender porque estava em horário de almoço, faltando, portanto, com o dever de urbanidade”, diz a portaria.
A punição para a policial foi de suspensão por dois dias.
O agente da Polícia Civil Bruno José Alves também foi punido. Segundo a portaria, houve “descompromisso com o trabalho “e descumprimento da determinação de seu chefe imediato com relação à confecção de um boletim de ocorrência para registrar situação envolvendo uma viatura policial na cidade de Ipubi, no interior do Estado, em 2019.
“Ao receber mensagem em grupo de WhatsApp de sua chefia imediata, cujo teor se referia à necessidade de comprometimento, o imputado teria respondido com a mensagem ‘bora tomar uma’ e publicou um vídeo com duas cervejas”, revela portaria da SDS.
Por causa do descumprimento do dever, o policial foi suspenso por dez dias.