Os rodoviários, que encerraram, na semana passada, uma grave de ônibus que paralisou o Grande Recife, entraram nesta terça-feira (8) com uma ação na Justiça como um alerta de que nem tudo foi resolvido como parecia ter sido. De acordo com o sindicato da categoria, houve um suposto descumprimento de partes que foram definidas diante do Tribunal Regional do Trabalho da 6ª região (TRT 6, que costurou a conciliação com a Urbana-PE, o sindicato patronal das empresas de ônibus. A ação se dá no Ministério Público do Trabalho de Pernambuco (MPT-PE).

O combinado foi um reajuste linear de 4%, abaixo, inclusive, do que era pedido pela categoria, mas estendido às cláusulas de origem remuneratória, como ticket refeição e gratificações. O problema, contudo, está nas questões relacionadas ao abono das faltas. O acordo prevê um abono de 70%, ou quatro dias do tempo parado, e compensação do restante em um prazo de até 90 dias. A greve durou, ao todo, seis dias, começando em 26 de julho. Apesar das reclamações, contudo, não há indicativo de novos movimentos.

De acordo com o Sindicato dos Rodoviários, a Urbana-PE está descumprindo o acordo em vários itens, como no corte do ticket alimentação e cortes nas horas extras, ao invés de nas horas trabalhadas.  As empresas negaram. “A Urbana-PE informa que as suas associadas estão cumprindo estritamente o que foi estabelecido no acordo coletivo com a categoria dos rodoviários. A compensação das horas-extras não trabalhadas na greve está ocorrendo precisamente conforme o acordo celebrado. A Urbana-PE estranha a insistência do Sindicato dos Rodoviários em retomar discussões que já foram tratadas perante a Justiça do Trabalho”, disse, em nota.