Professores do Recife deflagram greve por tempo indeterminado

30 de março de 2023 Política
Fabiano Saint por Fabiano Saint

Os professores da rede municipal de ensino do Recife decidiram, nesta quarta-feira (29) deflagrar greve por tempo indeterminado. Com isso, os cerca de 9 mil profissionais que atuam nas unidades educacionais paralisam as atividades de forma imediata, o que implica na não realização das aulas. 

A categoria realizou uma nova assembleia após rodada de negociação com a Prefeitura do Recife. Neste ano, os professores pedem que o prefeito João Campos (PSB) aplique o reajuste do piso salarial a todos os professores, sem restrição apenas à base salarial, no percentual de 14,95%. 

Na última rodada de negociações, de acordo com o sindicato dos professores (Simpere), foi proposto pela prefeitura o pagamento de 7,5% com aplicação para toda a carreira, a partir do mês de março, além de 7,45% em forma de abono, a partir de julho. O percentual defendido pela categoria é o reajuste integral de 14,95%.

O que diz a Prefeitura do Recife

A este JC, a Prefeitura do Recife já informou que, desde o mês de janeiro, faz o cumprimento do piso salarial dos professores, garantindo que nenhum profissional, conforme a Lei nº 11.738 (de 16 de julho de 2018), receba abaixo do piso nacional, estabelecido pelo Governo Federal em R$ 4.420,55 para o ano de 2023.

Mas com relação aos profissionais que possuem vencimentos acima deste patamar, a gestão ainda vinha discutindo um acordo.

Antes da negociação de hoje, a prefeitura já havia proposto 6,95% de reajuste salarial acrescido de 8% de abono, o que impactaria para este ano em 14,95%, cujo percentual é equivalente ao reajuste do piso.

“A gestão municipal lamenta a deflagração da greve e a possível interrupção de atividades em parte das unidades escolares e entende que não caberia greve com negociações em andamento. A paralisação de atividades dos professores que venham a aderir ao movimento grevista em escolas e creches vai impactar diretamente a vida de milhares de estudantes da rede, que podem ter prejuízos de aprendizagem e problemas no cumprimento do calendário no ano letivo, além de prejuízos do acesso à alimentação escolar, pois não há condições de receber estudantes nas escolas e creches sem a presença dos professores. A decisão vai prejudicar as crianças e suas famílias”, diz em nota.

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