sábado, 10 de maio de 2025
Professores da rede municipal do Recife deflagraram greve nesta sexta-feira (9). Os trabalhadores criticam o reajuste de 2,5% oferecido e buscam um maior reajuste salarial.
Segundo a Prefeitura da Cidade do Recife (PCR), “todos os profissionais de educação da rede municipal do Recife recebem o piso salarial ou acima do piso salarial da categoria”.
A decisão pela greve foi tomada por unanimidade durante assembleia geral realizada pelo Sindicato Municipal dos Profissionais de Ensino da Rede Oficial do Recife (Simpere), no Clube Português, após mais uma rodada de negociação sem avanços significativos com a Prefeitura.
Deflagramos a greve porque não há mais espaço para enrolação. A cada mesa de negociação, a prefeitura se nega a apresentar uma proposta digna. Estamos em greve por respeito, por valorização e pela educação pública do Recife”, afirmou Jaqueline Dornelas, coordenadora geral do Simpere.
Por meio de nota, a PCR lamentou a deflagração e citou que isso prejudicaria a vida da população.
“A Prefeitura do Recife estranha e lamenta a deflagração da greve com as negociações em andamento, pois entende que a medida impacta diretamente a vida de milhares de estudantes que podem ter prejuízos de aprendizagem, problemas no cumprimento do calendário do ano letivo, além de prejuízos no acesso à alimentação escolar”, diz a nota.
Além da rejeição pelo reajuste apresentado pela prefeitura, os educadores também cobram a valorização da carreira docente, a reestruturação dos interstícios, o pagamento justo para aposentadas e aposentados, o acréscimo de carga horária e o cumprimento da aula-atividade, entre outros pontos que impactam diretamente na qualidade da educação pública.
Com a deflagração da greve, as escolas da rede municipal do Recife estão com as atividades paralisadas a partir da tarde desta sexta-feira. O Simpere reforça que a luta é por educação de qualidade, e convoca a população a se somar ao movimento, em defesa de melhores condições de trabalho, valorização docente e respeito aos direitos de quem constrói a escola pública todos os dias.