quinta-feira, 21 de ago de 2025


O presidente da Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), deputado Álvaro Porto (PSDB), usou há pouco a tribuna da Casa para acusar o secretário-executivo de Informações Estratégicas do governo do estado, Manoel Medeiros, de ser responsável por uma “milícia digital” que atua para atacar parlamentares. Porto disse que foi o secretário que fez a denúncia anônima contra a deputada Dani Portela (PSOL) junto ao Ministério Público de Contas (MPCO) e à imprensa.

Segundo Porto, o material teria sido divulgado a partir de uma lan house existente em um shopping, um dia antes da denúncia ter vindo à tona. O motivo, diz ele, foi o fato de Dani ser autora do requerimento de criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Publicidade para apurar os gastos do governo, inclusive, com a mesma “milícia digital”.

Ela foi denunciada por ter contratado, desde 2023, uma suposta empresa fantasma que pertenceria a um tio do seu marido para prestar serviços de “consultoria e trabalhos técnicos” ao seu gabinete na Alepe.

A parlamentar rebateu as acusações, afirmando não haver irregularidade na contratação da empresa, que teria passado por análise da Procuradoria da Alepe e que, na verdade, seria uma cortina de fumaça para desviar o foco da CPI dos contratos de comunicação do governo do estado.

Em aparte ao discurso de Porto, Dani se emocionou e agradeceu pelo esclarecimento do caso pouco tempo depois de a denúncia ter sido divulgada. Ela informou que, após a sessão, vai comparecer à delegacia com o material colhido pelo serviço de inteligência da Assembleia e entrar com uma notícia-crime contra o ocorrido.

Já o deputado Renato Antunes (PL) também fez um aparte e disse não acreditar que a governadora Raquel Lyra tivesse conhecimento do ocorrido. “Se houve um servidor que fez essa denúncia de forma anônima, ele precisa ser exonerado”, ressaltou.

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