Chamou atenção a não participação do senador Humberto Costa (PT) nas agendas do ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, ontem (17), no Recife. De acordo com fontes da legenda, o motivo seria a presença e o protagonismo dado a Mozart Sales, que conta com a simpatia de alas do partido para ser vice de João Campos (PSB) em 2024.

Não é que Humberto seja contra o seu partido indicar o vice de João. A questão é que o cacique petista trabalha internamente para que seja alguém ligado ao seu grupo político, a exemplo da vereadora Liana Cirne e do deputado estadual João Paulo. O nome do secretário municipal Ermes Costa também já foi lembrado, mas ele deve concorrer a uma vaga na Câmara do Recife.

Enquanto as tendências petistas não se entendem, João Campos tem ganhado tempo, retardando esse debate. Por ser coordenador nacional do Grupo de Trabalho Eleitoral (GTE) do PT, qualquer decisão no Recife precisa passar por Humberto, que em outras ocasiões já exerceu sua influência, contrariando resoluções aprovadas em instâncias partidárias para atender interesses individuais.