quarta-feira, 10 de ago de 2022


A Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) prendeu, no final da tarde dessa terça-feira (9/8), um motorista de transporte por aplicativo acusado de estuprar uma passageira, de 22 anos, durante uma corrida, no Setor Sul do Gama. O homem, de 35 anos, se chama Tiago Lima Costa. Ele teve a foto divulgada pela corporação por ser suspeito de cometer crimes semelhantes na região.

Correio teve acesso em primeira mão à denúncia do Ministério Público do DF (MPDFT) e ao inquérito policial. O crime ocorreu na noite de 31 de março de 2021. A jovem acionou o motorista por meio de um grupo privado do Facebook. Tiago cobrou R$ 15 pela corrida, que seria entre o Gama e o Novo Gama (GO).

Como consta na denúncia do MPDFT, no trajeto, enquanto passava pela rodovia DF-290, na altura da Quadra 11, o homem ameaçou a jovem gravemente, tomou o celular dela, o dinheiro e parou o carro em uma área de mata. Em um tom ameaçador, o agressor disse: “Se você for boazinha eu não vou te machucar”. Em seguida, obrigou a garota a ir para o banco de trás do veículo e tirar a roupa.

No banco de trás do carro, Tiago deu continuidade aos abusos e estuprou a vítima. A jovem foi abandonada no meio da rodovia e posteriormente socorrida por um outro rapaz. Em depoimento, o responsável por ajudar a moça contou que viu o autor fugir no carro em alta velocidade e relatou que a vítima estava abalada e envergonhada.

Investigações

Durante um ano e cinco meses, investigadores da 14ª Delegacia de Polícia (Gama) deram início a uma série de diligências para identificar o criminoso. Os policiais colheram depoimentos de testemunhas e da vítima, analisaram imagens do circuito interno de segurança e chegaram a ouvir o suspeito na delegacia, após ele ser intimado a depor. Na unidade policial, o homem prestou declarações, mas recusou-se a fornecer qualquer material.

No interrogatório, Tiago afirmou estar dirigindo o veículo e “ganhar o sustento” com corridas, mas negou ter praticado o estupro. As investigações também constataram que o autor “se preocupou” em não deixar nenhum vestígio de sêmen na vítima.

 

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