Mendonça Filho prevê votação da PEC da Segurança e defende rigor no combate ao crime: “Bandido tem que ser punido”

16 de dezembro de 2025 Política
Jorge Calcado por Jorge Calcado

Deputado federal, relator da proposta na Câmara, destaca fim das 'saidinhas', endurecimento do sistema prisional e mais integração entre as forças policiais.

O deputado federal e relator da PEC da Segurança, Mendonça Filho (União Brasil-PE), demonstrou otimismo quanto à votação da proposta ainda nesta legislatura. Em entrevista ao comunicador Francisco Neto, o parlamentar detalhou os principais pontos do texto, que busca endurecer o sistema penal brasileiro, integrando as forças de segurança e retirando benefícios de lideranças criminosas.

Segundo Mendonça, a expectativa é que a matéria seja apreciada nos próximos dias, tanto na comissão especial quanto no plenário da Câmara. “Está bem encaminhada… a depender de algumas últimas negociações para fechar o texto”, afirmou.

Progressão Zero e Controle dos Presídios

O ponto central da Proposta de Emenda à Constituição (PEC) relatada por Mendonça Filho é o que ele chamou de “progressão zero” e “benefício zero” para líderes de facções criminosas. O objetivo é isolar chefes do crime organizado e impedir que continuem comandando ações de dentro dos presídios.

“A PEC prevê progressão zero, ou seja, benefício zero para faccionado e líder de facção. Ao mesmo tempo, a revisão de todo o sistema prisional brasileiro para que a gente possa tirar o comando do crime de dentro dos presídios”, explicou o deputado.

O texto também propõe maior integração entre as polícias Civil, Militar e Federal, além de garantir mais recursos para o aparelhamento das forças de segurança.

Embate Ideológico

Questionado sobre a viabilidade política da proposta, Mendonça Filho admitiu que o tema gera polarização. Ele criticou o que chamou de postura “leniente” da esquerda em relação à segurança pública, defendendo uma abordagem mais rigorosa, que ele associou à direita.

“A esquerda é muito mais leniente, muito mais passiva diante do crime… A direita quer mais rigidez, punição, controle, organização e disciplina”, argumentou. O relator reforçou que, embora os direitos humanos devam ser preservados, não se pode fazer segurança pública “passando a mão na cabeça de bandido”.

“Os homens e as mulheres de bem têm que estar protegidos. O bandido, se cometeu crime, ele tem que ser punido”, concluiu.

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