quinta-feira, 06 de out de 2022

Universidades e institutos federais, que já estavam com situação financeira preocupante, foram surpreendidos com mais um bloqueio de verbas por parte do governo federal.
O Ministério da Educação (MEC) informou aos reitores que serão retidos 5,8% dos orçamentos das instituições, o que equivalente a R$ 328 milhões para as universidades. Nos institutos, soma R$ 147 milhões. A pasta terá contingenciamento de R$ 2,4 bilhões.
O bloqueio foi feito na última sexta-feira (30 de setembro), dois dias antes do primeiro turno das eleições. A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) ressalta que mais uma diminuição de verbas põe em risco o funcionamento do ensino superior federal.
A entidade marcou uma reunião emergencial, nesta quinta-feira (06), para discutir o assunto e debater ações e providências.
Para as duas maiores universidades federais de Pernambuco, UFPE e UFRPE, o contingenciamento será de quase R$ 12 milhões.
Na UFPE, que tem comunidade acadêmica formada por cerca de 47 mil pessoas, entre professores, alunos, técnicos e terceirizados, o bloqueio é de R$ 8,7 milhões, segundo o reitor Alfredo Gomes.
Na Rural, que soma 22 mil pessoas entre estudantes, docentes, servidores e terceirizados, o corte é de R$ 3 milhões, de acordo com o reitor Marcelo Carneiro Leão.
No Instituto Federal de Pernambuco (IFPE), o impacto será de R$ 2,6 milhões a menos na conta, conforme a assessoria da instituição. O instituto tem câmpus em 16 cidades pernambucanas e além do ensino superior oferece cursos técnicos. São cerca de 29 mil alunos.
Situação difícil em universidades públicas de Pernambuco por causa do bloqueio de verbas
“Infelizmente cada vez mais fica inviável a manutenção do funcionamento adequado de nossas instituições. Na UFRPE, o bloqueio orçamentário representou R$ 3.020.740,86”, diz o reitor Marcelo Carneiro Leão.
“Tínhamos cerca de R$ 6,5 milhões disponíveis para empenho neste momento. Agora só poderemos empenhar até R$ 3,5 milhões”, explica o reitor.
Ele lembra que o orçamento desse ano já havia sofrido corte de 32,5% se comparado com 2021. “E que foi agravado, no meio deste ano, com um novo corte na ordem de 14% na rubrica de funcionamento”, destaca Marcelo Carneiro Leão.





