segunda-feira, 15 de agosto de 2022
As primeiras informações colhidas pela Polícia Civil de Pernambuco (PCPE) são de que o assassinato de homem de 32 anos, na noite dessa sábado (13), em Itapissuma, Grande Recife, aconteceu após ele ter reclamado da falta de iluminação pública em uma quadra da cidade. O principal suspeito do crime é um guarda municipal.
O caso aconteceu por volta das 19h, em uma quadra de futebol da Rua Caxias do Sul, no distrito de Mangabeira. Hélder dos Santos Silva tinha saído de casa para passear com a família como costumava fazer nas horas de lazer, e denunciou que a falta de luz estaria atraindo a criminalidade para o local.
De acordo com o delegado Sérgio Ricardo, do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), ao ouvir a reclamação, o agente – que não teve o nome revelado – sacou um revólver calibre 38. A vítima tentou correr, mas foi baleada nas costas.
Logo após o crime, o guarda municipal fugiu do local. Ainda segundo o delegado Sérgio Ricardo, o suspeito possui 31 anos de profissão.
Hélder foi o fundador de um time local, o Belota, e participava de um projeto social pra ajudar crianças e adolescentes.
A esposa dele, Rayany Maria, contou que o marido vendia ostras para complementar a renda da casa.
Vídeos que circulam nas redes sociais mostram a população revoltada com o crime, inclusive familiares da vítima denunciando a guarda municipal de Itapissuma como a autora dele.
Na manhã deste domingo (14), a comunidade fez um protesto por justiça na PE-35, entre os municípios de Igarassu e Itapissuma.
A via foi fechada com galhos de árvores em chamas. A Polícia Militar acompanhou o ato.
Por nota, a Polícia Civil informou que deu início às investigações do crime, que seguem até elucidação do caso.
GUARDA MUNICIPAL PODE USAR ARMA DE FOGO?
A morte acende a questão do uso de armas de fogo por guardas municipais. A Prefeitura de Itapissuma, entretanto, afirma em nota que não permite esse tipo de armamento em seu quadro, e que a arma utilizada no homicídio pertence ao próprio guarda municipal, não à prefeitura.
onfira a nota:
“Se consternando com a família enlutada, esclarecendo que a guarda municipal não tem autorização para usar arma de fogo, tem apenas autorização para uso de armas não letais; que a arma utilizada no ocorrido não é da prefeitura; que tudo que for de responsabilidade da administração municipal será feito, inclusive no auxílio aos órgãos competentes para apurar os fatos, que são a justiça criminal e a polícia civil, e que por fim irá usar o rigor da lei aos indicado(s) culpado(s), no tocante ao fato que entristeceu a todos”.
A nota veio assinada pelo secretário de segurança da cidade, Carlos Araújo.