quarta-feira, 03 de jul de 2024


Como forma de combater o avanço do crime organizado no País e evitar a comunicação de presos de alta periculosidade com quem está em liberdade, o governo federal propõe o fim das visitas íntimas e a adoção de escutas nos parlatórios nos presídios de segurança máxima administrados pelos estados.

A ideia foi revelada pelo secretário nacional de Políticas Penais, André Garcia, em visita ao Recife na última semana. Segundo ele, 72 facções criminosas agem nas unidades prisionais.

Na avaliação do gestor, compartilhada por quem trabalha com segurança pública, muitas das ordens de líderes de facções para a continuidade da prática de cromes são repassadas por meio de advogados ou de familiares, durante as visitas íntimas.

O pronunciamento de Garcia ocorreu, na sexta-feira (28), durante um seminário promovido pela Comissão de Segurança Pública e Combate ao Crime Organizado da Câmara dos Deputados, na Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe).

A Penitenciária Barreto Campelo, em Itamaracá, no Litoral Norte de Pernambuco, classificada como de segurança máxima, é um exemplo da falta de controle no sistema prisional brasileiro. Fugas em massa, confusões e até mortes por armas de fogo foram registradas nos últimos anos. Em agosto de 2023, diante de uma série de denúncias de facilitação da entrada de materiais ilícitos, como drogas e bebidas alcoólicas, o Ministério Público chegou a cobrar reforço policial na unidade.

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