quarta-feira, 06 de jul de 2022
Após o Conselho Regional de Enfermagem de Pernambuco (Coren-PE) determinar, nesta quarta-feira (6), a interdição ética dos serviços de enfermagem das alas vermelha e laranja 1 e 2 do Hospital da Restauração (HR), o diretor-geral do HR, Miguel Arcanjo, garantiu, em coletiva de imprensa, que os serviços seguem normalizados e que receberam com surpresa e indignação a notificação. Ele classificou a medida como “irresponsável e unilateral” e afirmou que o HR entrou com uma ação judicial para impedir a interdição.
De acordo com o médico, em comparação ao mês de maio, o hospital tem de 35% a 40% pacientes a menos nas alas vermelha e laranja. Atualmente, 50 pacientes estão internados na ala vermelha e 62 na laranja 1 e 2.
“Recebemos com surpresa e indignação a maneira pela qual ela [a intervenção] foi feita. Quando houve aquele rompimento do cano, no dia 6 de maio, nós recebemos a notificação do Coren, assim como recebemos do Conselho Regional de Medicina, e do Sindicato dos Médicos, e nós respondemos a todos. A do Conselho Regional de Enfermagem, especificamente, todos os problemas que nós tínhamos mais graves foram solucionados e todas as respostas foram dadas. No dia 10 de junho isso foi protocolado para o Coren e a partir daí nós não recebemos mais nenhuma notificação”, afirmou Miguel Arcanjo.
Segundo o médico, a enfermagem tem um papel fundamental na assistência ao paciente. Além disso, um diálogo entre a equipe de enfermeiros e o HR foi firmado e os serviços continuam normalizados.
Em nota, a Secretaria Estadual de Saúde (SES-PE) afirmou que a ação de interdição “não seguiu os ritos e os trâmites necessários e só coloca em risco a assistência à população pernambucana”. E que “ A SES-PE já está tomando todas as medidas necessárias para reverter o processo instaurado pelo Coren-PE”.
Em relação aos problemas existentes no HR, Miguel Arcanjo destacou que os principais foram sanados e que o prédio está “em plena condição de trabalho”.
“Os problemas principais foram sanados, e estamos com duas licitações estruturais grandes, uma de R$7 milhões, e outra em torno de R$2 milhões e meio, além de licitação de equipamentos, que estão correndo em paralelo. Mas o hospital funciona a pleno vapor, principalmente nas alas vermelha e laranja. Quando terminar a licitação, haverá uma obra completa do prédio”, acrescentou.
De acordo com a SES-PE, a secretaria tem atuado para modernizar a estrutura e qualificar a assistência no Hospital da Restauração.