O Programa de Jornada Extra da Segurança (PJES), destinado aos policiais de Pernambuco que aceitam trabalhar em plantões extras nos dias de folga, deve passar por mudanças. Um grupo de trabalho foi criado pela Secretaria de Defesa Social (SDS) para discutir o assunto.
O PJES foi instituído por decreto em 1999, pelo então governador Jarbas Vasconcelos, como forma de ampliar o número de policiais nas ruas e nas delegacias, por causa do déficit histórico – e permanente – de efetivo.
Atualmente, em Pernambuco, o Portal da Transparência prevê um mínimo de 27 mil policiais militares. Mas só há pouco mais de 16 mil na ativa. Há déficit em todas as operativas, como Polícia Civil, Corpo de Bombeiros e Polícia Científica.
O mais recente decreto estadual com alterações no PJES é do ano de 2012, por isso a necessidade de mudanças.
Faz alguns anos que os policiais – principalmente os militares – reclamam que são “obrigados” pelos comandantes a participarem do PJES, sob ameaças de transferências para outros municípios. Eles reclamam das jornadas exaustivas e do baixo valor pago pelas horas extras.
Há ainda denúncias de falta de controle nos pagamentos e de que parte dos profissionais recebe valores sem efetivamente participar dos plantões.
O último reajuste de valores aconteceu em 2017, quando os praças (soldados, cabos, sargentos e subtenentes) e agentes da Polícia Civil passaram a receber R$ 200 para cada plantão de 12 horas. Antes era R$ 120.
Para quem faz policiamento a pé nas ruas (praças, basicamente), o plantão previsto em decreto é de oito horas.
Já os oficiais (tenentes, capitães, majores, tenentes-coronéis e coronéis), delegados e peritos criminais passaram a receber R$ 300 (antes era R$ 270). Quase sete anos depois, os valores seguem os mesmos.