segunda-feira, 03 de jun de 2024


Quem já sofreu pela morte de um familiar ou um amigo, já deve ter ouvido a frase de acolhimento: “o tempo ajuda a curar as feridas”. Mas quando o luto está atrelado a um processo criminal sem conclusão, a expressão perde todo o sentido. Para Mirtes Renata Santana, o tempo é sinônimo de “tortura” e as feridas seguem abertas há quatro anos.

No dia 2 de junho de 2020, ela encontrou o filho Miguel Otávio Santana da Silva, de 5 anos, gravemente ferido depois de cair de uma altura de 35 metros em um edifício de luxo no bairro de São José, na área central do Recife. Ele chegou a ser socorrido e encaminhado para o Hospital da Restauração, mas faleceu. Mirtes era empregada doméstica e levou o menino para o trabalho porque a creche estava fechada.

O período era de pandemia da Covid-19 e ela não tinha com quem deixar o filho. O governo de Pernambuco havia definido que o trabalho doméstico não era essencial, mas Mirtes teve de manter a rotina para não perder o emprego.

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