terça-feira, 05 de ago de 2025


O Escritório de Assuntos do Hemisfério Ocidental, órgão americano vinculado ao Departamento de Estado dos EUA, criticou a decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes que colocou o ex-presidente Jair Bolsonaro em prisão domiciliar. A publicação foi feita em português e inglês.

O texto compartilhado nas redes faz menção à decisão anunciada na última quarta-feira de aplicar as sanções previstas na lei Magnitsky contra o ministro Moraes. Segundo o Escritório de Assuntos do Hemisfério Ocidental, o governo americano responsabilizará aqueles que “auxiliarem e incentivarem a conduta sancionada”.

“O ministro Alexandre de Moraes, já sancionado pelos Estados Unidos por violações de direitos humanos, continua usando as instituições brasileiras para silenciar a oposição e ameaçar a democracia. Impor ainda mais restrições à capacidade de Jair Bolsonaro de se defender publicamente não é um serviço público. Deixem Bolsonaro falar!”, diz o perfil do Departamento de Estado, pasta comandada pelo republicano Marco Rubio.

Em maio, o perfil do Escritório de Assuntos do Hemisfério Ocidental fez uma publicação em português após Marco Rubio anunciar uma nova política de restrição de vistos para “autoridades estrangeiras e pessoas cúmplices na censura de americanos”. Ao comentar o post do secretário de Estado sobre o tema, o órgão escreveu que “nenhum inimigo da liberdade de expressão dos americanos será perdoado”. Na época, a publicação foi entendida por apoiadores do ex-presidente como uma indireta ao STF.

Como revelou a colunista da GLOBO Malu Gaspar, a determinação de prisão domiciliar a Bolsonaro deve precipitar novas sanções contra autoridades do Judiciário brasileiro, segundo afirmam bolsonaristas com interlocução junto à Casa Branca de Donald Trump.

Link Curto: