As informações disponíveis no site do MJSP são referentes aos primeiros quatro meses deste ano, comparados ao mesmo período de 2024. Este levantamento abrange homicídios dolosos, latrocínios, feminicídios, lesões corporais que resultaram em morte e óbitos ocasionados por ações policiais.

Entre janeiro e abril deste ano, foram registradas 1.108 mortes em Pernambuco pela polícia. Isso representa uma diminuição de 15,42% em relação aos primeiros quatro meses de 2024, quando 1.311 pessoas faleceram devido à violência.

Apesar de uma série de reduções entre maio de 2024 e abril de 2025 (exceto em outubro), Pernambuco ainda se encontra como o terceiro estado com o maior número de mortes durante o primeiro quadrimestre, atrás da Bahia (1.951) e do Rio de Janeiro (1.207). Esses dados evidenciam o desafio para a polícia de Pernambuco em reduzir os crimes contra a vida, especialmente ao desmantelar organizações envolvidas no tráfico de drogas.

Ao observar as taxas, nota-se que o Amapá enfrenta uma situação ainda mais alarmante. Foram registrados 54,31 mortes para cada 100 mil habitantes nesse período. Com apenas 16 municípios, o estado tem enfrentado uma intensa disputa entre facções rivais pelo controle do Porto de Santana para a movimentação de drogas. Ademais, o aumento dos números é atribuído a mortes resultantes de intervenções policiais.

A Bahia, com uma taxa de 39,36 mortes por 100 mil habitantes, ocupa a segunda posição no país. A rivalidade entre facções e os incidentes de violência policial estão interligados a essa elevada taxa. Para ilustrar, 516 mortes (26,4%) resultaram de intervenções das forças de segurança no primeiro quadrimestre.

Alagoas, com 34,84 mortes por 100 mil habitantes, ocupa o terceiro lugar. A maior parte dos crimes contra a vida está ligada a disputas entre grupos pelo domínio do tráfico de drogas e outras atividades criminosas.

FEMINICÍDIOS EM AUMENTO NO ESTADO

Ao avaliar os dados de feminicídios no Brasil, Pernambuco também se destaca de maneira negativa. O estado é o quarto em número absoluto de casos entre janeiro e abril deste ano, somando 35 vítimas oficialmente. No mesmo intervalo de 2024, o total foi de 27.

São Paulo lidera com 61 casos. Minas Gerais é o segundo, com 44 ocorrências, e a Bahia ocupa a terceira posição com 37.

O programa Juntos pela Segurança, criado pela governadora Raquel Lyra, visa uma redução de 30% nos principais indicadores de violência no estado até o final de 2026, em comparação com 2022 – ano anterior ao início da gestão.