Profissionais do Hospital Getúlio Vargas, Zona Oeste do Recife, vêm compartilhando uma sensação crescente de insegurança: em grupos de mensagens, alertam uns aos outros sobre ameaças recebidas durante os plantões.

Neste fim de semana, um médico, um estudante de Medicina e três assistentes sociais foram encurralados por familiares de uma paciente numa das salas da unidade de saúde. Diante da notícia do falecimento da paciente, a porta foi bloqueada por um deles e o grupo de profissionais plantonistas foi xingado e ameaçado. O médico chegou a ser arranhado ao tentar filmar a situação. Além das ameaças à integridade física dos profissionais, porta e parede da unidade foram danificadas pelo grupo.

Seguranças do HGV precisaram intervir e, após tentativas de desbloquear o acesso à sala, contiveram a situação. A polícia foi acionada e todos os envolvidos foram escoltados até a Central de Plantões da Capital (Ceplanc) para depor.

O clima de insegurança se repete no contato entre médicos e familiares e, ainda, na rotina de enfermeiros que acompanham a triagem de pacientes, preocupando os profissionais de saúde em exercício no local.