Apesar de ser uma medida necessária e urgente para a segurança pública, o início do uso de câmeras nas fardas dos policiais militares de Pernambuco foi adiado mais uma vez. Os equipamentos que gravam sons e imagens, conhecidos como bodycams, já foram adquiridos, mas a empresa vencedora da licitação ainda não os entregou.
O caso de violência policial contra uma mulher na saída de uma festa, em Primavera, Zona da Mata Sul do Estado, no dia 16 de abril, é mais um exemplo da importância das câmeras durante as rondas da Polícia Militar. Felizmente, uma testemunha conseguiu filmar as agressões praticadas contra a vítima, o que levou a Secretaria de Defesa Social a determinar o afastamento dos dois PMs por 120 dias – além da instauração de um procedimento administrativo disciplinar.
Sobre o uso das câmeras, a Polícia Militar de Pernambuco informou, em nota oficial, que o pagamento previsto em contrato foi encaminhado e confirmado pela empresa fornecedora no último dia 12. A partir desta data, o prazo de entrega é de até 90 dias, mas o tempo pode ser prorrogado, “caso haja algum impedimento claramente justificado”.
Isso significa que, possivelmente, só no segundo semestre de 2023, as primeiras bodycams começarão a ser usadas pelos policiais militares.
Foram adquiridas 187 câmeras corporais, além do conjunto de baterias extras e estações computadorizadas de armazenamento das imagens captadas, no valor de R$ 419 mil.
O 17º Batalhão, com sede em Paulista, no Grande Recife, será o primeiro a receber os equipamentos. A PM afirmou que a obra de uma sala para armazenamento dos equipamentos já foi concluída no batalhão.
O projeto-piloto estava previsto para ser iniciado em dezembro de 2021, mas sofreu vários atrasos por causa do lento processo de licitação.
Além de identificar possíveis excessos praticados durante as abordagens policiais, as câmeras também vão garantir que falsas denúncias de violência por parte da PM também sejam esclarecidas. Ou seja, a tecnologia também vai ajudar o policial que trabalha de forma correta.