sexta-feira, 09 de set de 2022


A única visita da Rainha Elizabeth II ao Brasil, entre os dias 1º e 11 de novembro de 1968, começou pelo Recife e gerou comoção na capital de Pernambuco. Acompanhada do Príncipe Philip, a monarca presenciou um apagão, provou e aprovou suco de pitanga e passou uma imagem de simplicidade para quem acompanhou tudo.

Foi o que contou o escritor Leonardo Dantas, de 76 anos. Ele era repórter do Jornal do Commercio e assessor do cerimonial de Paulo Fernando Craveiro, que na época era secretário da Casa Civil de Pernambuco. Por isso, foi o escolhido e credenciado para a cobertura.

A Rainha Elizabeth II morreu nesta quinta (8) aos 96 anos no castelo de Balmoral, na Escócia. O anúncio foi feito pelas redes sociais da família real britânica.

Na quarta (7), dia da comemoração dos 200 anos de independência do Brasil, a monarca enviou uma mensagem ao povo brasileiro e lembrou “com carinho”, em um dos seus últimos comunicados, da sua visita ao país.

Quando esteve no Recife, Elizabeth II tinha 42 anos de idade e 16 de reinado. Ela chegou na cidade em avião oficial em 1º de novembro de 1968 às 16h15. Veio a bordo de uma aeronave da Real Força Aérea, um modelo VC-10.

Do aeroporto, o casal seguiu em carro aberto pelas ruas da capital pernambucana até o Palácio do Campo das Princesas, sede do governo estadual na área central da cidade, onde foi oferecida uma recepção que durou quase uma hora. Era um período de ditadura militar no Brasil.

Na sede do executivo estadual, o casal real foi recebido pelo então governador Nilo Coelho (1920-1983). Participaram da recepção, entre outros, o escritor e antropólogo Gilberto Freyre (1900-1987), autor de “Casa-Grande & Senzala” (1933) e o religioso Dom Hélder Câmara (1909-1999), arcebispo de Olinda e Recife.

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