sexta-feira, 19 de ago de 2022


Candidato do PT à Presidência da República, Luiz Inácio Lula da Silva fez, ontem, em Belo Horizonte, seu primeiro grande ato de campanha. Em palanque montado na Praça da Estação, no centro da capital, ele discursou por cerca de 20 minutos e usou o tempo para afagar Alexandre Kalil (PSD), postulante ao governo mineiro com o apoio petista.
Lula aproveitou para criticar o presidente Jair Bolsonaro (PL) e prometeu conduzir o Brasil ao que chamou de “nova independência”. A declaração se relaciona, ainda que indiretamente, ao desejo do atual chefe do Executivo de arquitetar movimentos populares de rua no próximo 7 de Setembro.
Kalil, por sua vez, afirmou que os adversários de Lula têm “medo” da possível volta do petista ao governo federal e criticou o governador Romeu Zema (Novo), seu rival no pleito estadual.
O ex-presidente recorreu a Tiradentes, mártir da Inconfidência Mineira, que morreu enforcado, para defender a “nova independência”. “Se em 1792 eles esquartejaram, cortaram a carne, salgaram e penduraram em um poste para que nunca mais lembrasse de independência, quero que os esquartejadores saibam: estamos de volta para fazer uma nova independência neste país. Uma independência que garanta a dignidade, o respeito e a harmonia do nosso povo”, disse.
Milhares de pessoas se aglomeraram para assistir ao comício. Por diversos momentos, Lula se recusou a citar Bolsonaro nominalmente. “Não estamos fazendo uma campanha normal. Não é uma campanha comum, um partido contra o outro, uma ideia contra a outra. O que está em jogo, neste instante, é a democracia contra o fascismo; a democracia ou a barbárie”, ressaltou. “É heresia falar o nome de Deus em vão, como vem falando esse cidadão de quem não quero falar o nome. Esse cidadão está mais para fariseu do que para cristão. Ele não respeita ninguém. Não respeita mulher, não respeita negro. Não respeitou sequer as 680 mil vítimas da pandemia.”
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